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Crônicas e Artigos

Ano 8 - N° 368 - 22 de Junho de 2014

ANSELMO FERREIRA VASCONCELOS
afv@uol.com.br
São Paulo, SP (Brasil)

 
 
 

Brasil: Coração do Mundo?


Todos nós Espíritas sinceros fomos brindados, em algum momento de nossas vidas, com a leitura das maviosas páginas do livro Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho, ditado pelo Espírito Humberto de Campos (psicografia de Francisco Cândido Xavier). Trata-se, sem dúvida alguma, de uma obra de extraordinário valor na literatura espírita e que coloca o nosso país no centro de grandes responsabilidades. Em linhas gerais, faz um mergulho na história explicando os antecedentes de importantes decisões tomadas pelo próprio Cristo de Deus e os seus desdobramentos posteriores.

Os relatos colhidos pelo autor espiritual revelam que Jesus vaticinou que:

“A região do Cruzeiro, onde se realizará a epopeia do meu Evangelho, estará, antes de tudo, ligada eternamente ao meu coração. As injunções políticas terão nela atividades secundárias, porque, acima de todas as coisas, em seu solo santificado e exuberante estará o sinal da fraternidade universal unindo todos os Espíritos [...]”.  

Diante de tão belas exortações e explanações, como devemos entender o que se passa na atualidade em nossa pátria? A pergunta é pertinente devido aos desastrosos acontecimentos hodiernos. Já não é de hoje, aliás, que o sentimento de fraternidade, lato senso, tem minguado no Brasil. Com efeito, um olhar mais apurado e desapaixonado da realidade revela que estamos perigosamente perdendo a percepção do outro – pilar do sentimento fraternal – em nossas vidas. Desafortunadamente, a sociedade brasileira vem se transformando num imenso campo de reivindicações sociais (algumas extemporâneas outras que ferem a lógica e a racionalidade) desencadeadas por grupos aguerridos embalados pela ausência de responsabilidade e consideração pelos semelhantes.

À guisa de exemplos, vale lembrar que é raro não termos, num único ano, uma pletora de greves protagonizadas por professores, bancários, funcionários dos correios, motoristas e cobradores de ônibus, metroviários, ferroviários, funcionários da receita federal e por aí vai. Chega a causar perplexidade observar até mesmo a existência de greves de policiais, deixando algumas cidades brasileiras à mercê de bandidos e saqueadores sem compaixão. No momento, somos obrigados a conviver com o onipresente fenômeno das passeatas questionando decisões das autoridades públicas ou reivindicando coisas absurdas ou insensatas por meio de ameaças ou destruição do patrimônio público. No geral, tais manifestações simplesmente infernizam e atazanam a vida de quem quer produzir e ser útil ao mundo. Basicamente acrescentam mais peso às nossas cruzes pessoais. Em suma, há sinais notórios de que a sociedade brasileira está doente e espiritualmente estiolada.

Em algum momento perdeu-se o senso do razoável, do justo, do certo, enfim. A impressão que temos é de que tem prevalecido a inquietante mentalidade do “salve-se quem puder” ou “quem pode mais, chora menos”, levando-se em conta a profusão de arbitrariedades que estamos assistindo principalmente em algumas capitais. De certa maneira, a inflação renitente, a violência endêmica, a corrupção irrefreável e o comportamento destrutivo refletem o pensamento acima exarado. Afinal, o Brasil tem se saído mal ou muito mal em importantes indicadores sociais nacionais e internacionais.  

Mas, o que está acontecendo na terra do Cruzeiro? É certo que o Brasil está passando por uma grave crise. É certo também que aqui se abrigam almas profundamente enfermas e que têm contribuído para o estado de caos vigente. O excesso de permissividade e tolerância, conjugados com leis frouxas, só tornam as coisas mais difíceis de controlar. O Espírito Emmanuel assevera, no prefácio da obra acima citada, que: “O Brasil não está somente destinado a suprir as necessidades materiais dos povos mais pobres do planeta, mas, também, a facultar ao mundo inteiro uma expressão consoladora de crença e de fé raciocinada e a ser o maior celeiro de claridades espirituais do orbe inteiro”.

O referido benfeitor espiritual é merecedor de todo o nosso respeito. Não obstante o egoísmo, a indiferença e a frieza observáveis na sociedade brasileira atual, conforme atestam a realidade dos fatos, acreditamos que chegará um momento de exaustão. Todos tendem a perder com tal estado de espírito predominando nos corações. E quando isso acontecer, e só Deus sabe quando, haveremos – de minha parte, conservo essa esperança – de retomar o caminho destinado ao Brasil. No entanto, como bem orienta Emmanuel, até chegarmos lá:

“[...] Peçamos a Deus que inspire os homens públicos, atualmente no leme da Pátria do Cruzeiro [nesse sentido, lembremos as eleições que se avizinham e do imperativo de escolhermos pessoas ética e moralmente à altura dos cargos postulados], e que, nesta hora amarga em que se verifica a inversão de quase todos os valores morais, no seio das oficinas humanas, saibam eles colocar muito alto a magnitude dos seus precípuos deveres. E a vós, meus filhos, que Deus vos fortaleça e abençoe, sustentando-vos nas lutas depuradoras da vida material”.   

 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita