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Crônicas e Artigos

Ano 8 - N° 367 - 15 de Junho de 2014

JOSÉ LUCAS
jcmlucas@gmail.com
Óbidos, Portugal

 
 
 

AVC espiritual?


Mais um dia de trabalho para o Joaquim no Hospital central onde é psiquiatra. O dia chuvoso trouxe-lhe poucos pacientes. Entretanto, foi chamado para ver um doente que tinha entrado nas urgências com um AVC (acidente vascular cerebral).

Perguntava-se ele: “para um psiquiatra?!“

Habituado às idiossincrasias diárias da vida de um médico psiquiatra que praticamente já vira de tudo, lá disse à auxiliar que podia mandar entrar o doente com o AVC, mas que aquele assunto não era da sua especialidade.

A enfermeira e a auxiliar insistiam que aquele AVC era “diferente”, pois tinha sido analisado pelos médicos da urgência: o doente não tinha nada e, quando é assim…, manda-se para o psiquiatra!

Joaquim contava as horas para sair do serviço, regressar ao aconchego do lar, revendo os familiares.

O paciente lá entrou e, depois de examinar atentamente o seu registo, de fato, aparentemente, não tinha qualquer patologia, pensava Joaquim. No entanto, o mesmo aparentava todos os sinais de um AVC.

Um familiar – a esposa que o acompanhava – disse que o doente costumava passar por situações “esquisitas”: – “Sabe, doutor, parece daquelas coisas que se falam por aí…”.

Joaquim perguntou que coisas.

– “Aquelas coisas de médiuns…”, já ouviu falar? Às vezes lhe acontecem estas coisas, sabe, senhor Dr…?!!!!”

– “Hummm…” – foi a resposta discreta do médico.

De repente, fez-se-lhe luz.

Joaquim, além de médico psiquiatra, era um entendido e estudioso da mediunidade (percepção extrassensorial) e da doutrina espírita (ou Espiritismo), e as coisas começaram a compor-se no seu “puzzle” mental.

Apercebeu-se de que o doente era apenas um médium deseducado, sem conhecimento da faculdade que possuía (o sexto sentido ou mediunidade) e daí os achaques e as doenças fantasmas.

Apercebeu-se também, pela sua sensibilidade espiritual, da presença de um ser já falecido junto do paciente, começando a falar com o Espírito (embora ambos, paciente e familiar, pensassem que o médico estivesse falando com o próprio doente), e, mentalmente, foi pedindo ajuda espiritual para aquele ser que teria falecido com AVC, cujos sintomas, o médium, sem saber, captava telepaticamente.

Os médicos precisam urgentemente conhecer o Espiritismo e a mediunidade, para melhor poderem entender o ser humano, na sua condição de Espírito imortal temporariamente num corpo carnal

Passados uns 10 minutos de evangelização e apelo à confiança em Deus, o doente foi recuperando a lucidez, até voltar ao “normal”, enquanto o falecido com AVC era recolhido pelos amigos espirituais do médico (guias ou anjos da guarda).

Joaquim informou ao paciente que estava tudo bem e que podia ir para casa; que não se preocupasse e, em que pese o alívio do mesmo, o seu familiar não se conformava: – “Mas, oh! senhor doutor, não lhe vai receitar nada?”.

Joaquim, habituado à psicologia do quotidiano, ripostou: – “Olhe, a senhora acredita naquelas coisas que falou há pouco?”

“Acredito sim, senhor doutor.”

– “Então, pegue o seu familiar e leve-o a um centro espírita, na localidade X, que lá ele poderá ser ajudado, pois o caso dele não é físico, mas espiritual.”

O sorriso da esposa do doente (como que dando a entender que até que enfim alguém a entendia) foi o melhor pagamento que o médico poderia ter tido naquela noite chuvosa.

E enquanto paciente e familiar se despediam no meio de mil agradecimentos, Joaquim, médico, psiquiatra, espírita desde pequeno, ficava a meditar em quanto sofrimento haveria por aí nesse mundo afora, com pessoas cuja doença seja, apenas, ser portador de uma faculdade espiritual (mediunidade, sexto sentido ou percepção extrassensorial) que os psiquiatras, não conhecendo o Espiritismo, rapidamente etiquetam de psicóticas e as encaminham para um internamento desnecessário.

Naquela noite, Joaquim tinha tratado o seu primeiro “AVC espiritual” – pensava ele, sorridente, agradecendo a Deus a oportunidade de ter sido útil àquele ser angustiado.

Estamos a crer que, um dia, os currículos de medicina contemplarão as faculdades espirituais do ser humano, a fim de não serem catalogadas como patologias.

Que venha depressa esse tempo…
 


 

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita