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Crônicas e Artigos

Ano 8 - N° 364 - 25 de Maio de 2014

MARCELO TEIXEIRA
maltemtx@uol.com.br
Petrópolis, RJ (Brasil)

 
 
  
 

Caridade com meias sujas


 
Aconteceu numa casa espírita do Estado do Rio de Janeiro. Um frequentador chegou com uma sacola de roupas infantis para serem doadas. Entre as roupas, e em evidência, um par de meias sujas. Tão em evidência que foram notadas pelo voluntário da casa espírita assim que a sacola passou para a mão dele.

De início, a vontade desse colaborador foi chorar. De tristeza. Afinal, o bom senso recomenda que não se deve fazer caridade com meias sujas. Por falar nisso, o que é caridade?

Não há (e nem sei se houve um dia), no currículo escolar brasileiro, uma disciplina chamada etimologia. E o que é etimologia? É a ciência que estuda de onde vêm as palavras, mostrando como são formadas e o que significam.

Caridade não deixa de ser sinônimo de amor. Os teólogos cristãos empregam, de forma distinta, duas palavras para o amor. Eros (deus grego do amor) é o amor carnal; ágape (banquete fraterno do início da era cristã), o amor espiritual. Pois bem, o amor ágape, que é o amor da reunião, do estar junto de forma fraterna, dividindo tudo com prazer, é traduzido na língua portuguesa por caridade, palavra derivada do latim, caritas, que significa grande amor.

O apóstolo Paulo, em Coríntios, cap. 13, versículos 1 a 3, diz:

- Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, se eu não tivesse a caridade, seria como um bronze que soa ou como o sino que tine. E se eu tiver o dom de profecia, e conhecer todos os mistérios, e quanto se pode saber; e se tiver toda a fé, até o ponto de transportar montes, e não tiver caridade, não sou nada. E se eu distribuísse todos os meus bens em o sustento dos pobres, e se entregasse o meu corpo para ser queimado, se todavia não tivesse caridade, nada disso me aproveitaria.

Em suma, se eu não tiver o amor em forma de movimento, amor fraterno que compartilha tudo de forma prazerosa, nada serei.

Eis por que Allan Kardec, em “O Livro dos Espíritos”, nomeia a última Lei Moral como Lei de Justiça, Amor e Caridade. Amor é a força que rege o universo, que vitaliza. Justiça é o amor que corrige, educa e leva ao amadurecimento. Caridade é o amor dinamizado, é a prática pela qual deixamos fluir o amor, seja na forma de bondade, compaixão... Basta consultar a questão 886 da obra citada. Está lá: “Caridade, segundo Jesus, não se restringe somente à esmola, mas abrange todas as relações com os nossos semelhantes, sejam eles nossos inferiores, nossos iguais ou nossos superiores”.

Por que tantas definições e explicações? Para dizer que doar meias sujas a pessoas carentes não é fazer caridade. Se a caridade abrange todas as relações com os nossos semelhantes, devemos dar a quem precisa roupas e objetos que façam o necessitado se sentir valorizado, nunca inferiorizado ou humilhado.

Amigos meus de outras religiões já me contaram da quantidade de quinquilharias que recebem de doação para encaminhamento aos socialmente carentes: móveis quebrados, roupas sujas e rasgadas, remédios e mantimentos fora do prazo de validade, livros despencados... No meio espírita acontece a mesma coisa. Infelizmente, muitas pessoas não conhecem nem praticam o real significado da palavra caridade. Se conhecessem, não tirariam do armário as tralhas para serem doadas.

Caridade nunca será sinônimo de dar qualquer coisa aos pobres. São pobres, não é mesmo? Então, qualquer bugiganga serve? Nada disso! Caridade é doar com prazer tudo que estiver em bom estado, na certeza de que o necessitado que receber a doação fará bom uso dela, igualando, dessa forma, na mesma vibração de amor, quem a doou e quem a recebeu.

 

Bibliografia:

1 - MOLLO, Elio. Amor e Caridade. É Bom Saber Quem é Quem.
www.terraespiritual.locaweb.com.br/espiritismo/artigo216.html.



 

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita