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Crônicas e Artigos

Ano 8 - N° 363 - 18 de Maio de 2014

HUGO ALVARENGA NOVAES
hugo.an19@gmail.com
Santa Rita do Sapucaí, MG (Brasil)

 
 
 

Várias formas de se
interpretar a Bíblia


No meu modo de entender as coisas, a Bíblia deve ser interpretada de maneira simbólica. Crer na criação do mundo em seis dias (Gn 2,1-4), hoje, é uma grande tolice

A ciência, através da Geologia, já comprovou que o nosso planeta, para se tornar habitável, gastou milhões de anos, e cada dia citado no Livro Sagrado há de representar vários períodos, os quais compreendem centenas de milhares de ciclos anuais. 

A mesma coisa podemos dizer de Adão e Eva (Gn 1:27). Sabemos que o ser humano encontra-se nesse orbe desde há muito tempo, antes mesmo do aparecimento desta dupla. No entanto, o primeiro casal citado nas Escrituras surgiu apenas em, aproximadamente, quatro mil a. C. Além do mais, seria completamente insensato supor que este globo terrestre, que tem aproximadamente seis bilhões de habitantes de várias etnias, tivesse começado de um único par de terráqueos. 

E, falando nesses dois seres, é um enorme disparate crer no fato de “o pecado original” ter sido cometido por eles, e na transferência desta falta, passada a todos os nascituros posteriores aos cônjuges, porquanto se sabe que os pais não serão responsáveis pelos pecados dos filhos, nem estes responderão pelos erros de seus genitores. Assim mostra-nos em Dt 24:16: Os pais não serão mortos em lugar dos filhos, nem os filhos em lugar dos pais; cada um morrerá pelo seu próprio pecado... 

O restante desse texto lembra-nos o Evangelho, mais especificamente o "a cada um segundo as suas obras" (Mt, 16:27), onde podemos constatar seguramente que apenas os valores dos créditos e débitos a nós atribuídos serão feitos pelos merecimentos conseguidos por nós, durante esta vida – fato este confirmado em 2Co 5:10, onde Paulo nos mostra que seremos recompensados de acordo com o feito realizado por nós. 

Uma outra questão mal compreendida é a do dilúvio bíblico (Gêneses 6:17). Estaríamos contrariando a razão se pensássemos numa inundação gigantesca, de proporções grandiosas, onde a nossa esfera planetária fosse coberta por água, até o ponto de alcançar o pico das mais altas montanhas. De acordo com os conhecimentos científicos, seria absurda a hipótese de se acreditar em um nível pluviométrico tão alto, capaz de ocultar completamente a superfície terrestre. 

Outra fábula descrita nas Escrituras é a do profeta Jonas engolido por um peixe (Jn 1:17). Conforme a biologia, o maior ser aquático que existe é a baleia. Contudo, a sua garganta é demasiadamente estreita para um homem passar por ela. Assim, constatamos seguramente ser essa história uma alegoria, e não um fato concreto. 

Também é inadmissível acreditarmos que o movimento de Rotação da Terra tenha funcionado de maneira contrária, para fazer a sombra do Sol retroagir no relógio solar de Acaz (2Rs 20:11). Esse fato, se assim ocorresse, traria diversas consequências desastrosas ao nosso planeta. Ademais, a história de outros povos não cita a ocorrência de nenhum fenômeno desse gênero. 

Como alguns versículos citados neste escrito, há muitas outras passagens bíblicas que, se analisadas literalmente, contrariariam as próprias Leis Divinas criadas pelo Altíssimo. Entretanto, não as descreveremos aqui, a fim de que esta matéria não se torne enfadonha aos leitores. 

No entanto, algumas pessoas, mesmo defronte de evidências como estas, poderão se manter na completa escuridão devido à cegueira imposta pelos líderes religiosos das igrejas que frequentam, pois estes exercem um grande domínio sobre seus fiéis, os quais são como que hipnotizados com palavras deste tipo: “Para Deus tudo é possível!”. 

Muitos não raciocinam, porém, o Criador não derrogaria as próprias leis, pois estas já são perfeitas. Um de seus atributos é justamente a imutabilidade. Se Deus estivesse sujeito a mudanças, as leis regedoras do Universo nenhuma estabilidade teriam. 

Falamos isso tudo para finalmente mencionar a semelhança existente entre nós e o Pai Maior (Gn 1:26-27). Tal semelhança é apenas com relação ao fato de sermos também Espíritos como Ele o é. Realmente, o apóstolo João nos afirma, categoricamente, que Deus é Espírito (Jo 4:24).

De igual maneira podemos dizer o mesmo. 

Vejam o esquema a seguir: 

1. O homem possui:

a) Corpo físico;

b) Espírito.

O primeiro desgasta-se com o passar do tempo, até a cessação de alguma de suas funções vitais (a isso chamamos morte). O segundo é imortal. 

2. O Espírito apresenta-se de duas formas. São elas:

a) Espírito desencarnado;

b) Espírito encarnado.

O primeiro vive no Plano Espiritual. O segundo, no plano físico, na Terra (no corpo humano).

Como se fosse um círculo, encontramo-nos novamente com o homem.

No atual momento, estamos habitando um invólucro carnal. Todavia, reflitamos: antes de qualquer coisa, somos Espíritos como Deus o é. Eis aí a única analogia que temos com o Criador. Ou seja, “tanto nós quanto o Todo Poderoso somos Espíritos”.

Tendo tudo isso em vista, podemos destacar a diferença principal entre os espíritas e os frequentadores de outras religiões. Enquanto os primeiros exercem uma “fé raciocinada”, examinando minuciosamente tudo o que lhes é mostrado, os outros, presos aos dogmas religiosos, praticam uma “fé cega”, por isso não conseguem ver as coisas, por mais óbvias que elas sejam.


 

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita