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Um minuto com Chico Xavier

Ano 8 - N° 360 - 27 de Abril de 2014

JOSÉ ANTÔNIO VIEIRA DE PAULA
depaulajoseantonio@gmail.com
Cambé, Paraná (Brasil)
 

 

Como dissemos na semana passada, hoje apresentaremos o diálogo entre Da. Leocádia, que, depois de um importante período de depressão pela perda súbita do marido, aceita o convite e vai ao Centro Espírita onde Chico se dedica ao trabalho de mensagens, em busca de conforto para sua alma cansada. Após receber a mensagem que ela julga autêntica, a cidade entra em frenesi e os filhos de D. Leocádia trazem o pároco da cidade para uma conversa com a mãe.

Ouçamos o diálogo e a firmeza no caráter daquela que não tem dúvidas de que encontrou na mensagem as respostas para suas aflições. Ouçamos a narrativa de Victor Hugo, no livro “Árdua Ascensão” (colocamos as letras P e L antes das falas do Pároco e de D. Leocádia, respectivamente, para facilitar a compreensão):

– Isto ocorreu quando os familiares preocupados lhe trouxeram ao lar o sacerdote católico, para um lanche, à tarde, e posterior conversação.

Gentilmente recebido, depois das preliminares e das divagações comuns, foi o cura quem se adentrou no assunto que o levara até ali.

P - Reconhecemos o seu natural estado de perturbação, após o falecimento do esposo. A Igreja, portanto, perdoar-lhe-á o pecado de haver recorrido aos demônios ou à charlatanice do nosso pobre Chico, de todos nós muito conhecido...

L - Perguntaria ao bom amigo se tomou conhecimento da mensagem do meu marido, por que a leu ou por que lhe informaram?

P - Por informação de terceiros...

L - Então, mesmo com a sua bondade e critério, que sempre respeitei, não lhe reconheço autoridade para opinar a respeito de algo que não conhece. Estive, sim, com a mente alterada, porque a alma se encontrava extenuada ante o acontecido. A minha religião não conseguiu armar-me para o inevitável, aquilo que, afinal, deve ser a base da crença: a Imortalidade  da Alma! Nada conheço, ainda, a respeito do Espiritismo, que pretendo estudar, mas afianço-lhe que não fui nem estou ludibriada por um intrujão, nem por um demônio, pela imediata dedução lógica de que o mal não faz o bem e a mentira não suplanta a verdade. Quanto mais leio as páginas que me dirigiu o meu esposo, mais certeza e conforto moral adquiro, a ponto de não mais lamentar em desespero a sua partida, resignando-me e confiando no reencontro, mediante o qual nos é acenada a esperança de felicidade. Agora, passo-lhe às mãos a carta do Além, para que o senhor a possa julgar com conhecimento de causa.

O sacerdote ficou estarrecido diante da nobreza da senhora, tanto quanto da sua argumentação e sinceridade. Saindo do estupor, retomou a presunção e redarguiu:

P - Nego-me à afronta. Ler uma peça elaborada por um farsante ou insuflada pelo Tentador constitui um desrespeito à minha condição religiosa.

L - Admira-me essa postura do amigo sacerdote, que muitas vezes nos referiu a advertência do Cristo a respeito do “não julgar”, e, no entanto, sem querer examinar o fato, não apenas julga-o, como o condena liminarmente.

P - A senhora está possessa por uma força demoníaca!

L - Se é verdade, cumpre-lhe afastá-la de mim, pois que continuo católica, vinculada à Igreja que o senhor representa, buscando Deus pelo amor e pela razão.

P - A senhora foi enfeitiçada por bruxos...

D. Leocádia sorriu, mas não saberia dizer se da ingenuidade do sacerdote ou da sua imensa ignorância.

L - Padre, observe. Desde que aqui chegou, ao invés de consolar-me da irreparável perda de meu marido e esclarecer-me, o senhor somente acusa e deplora... Lá, recebi palavras de alento e conselhos de fé. A oração dominical abriu e fechou a reunião, em cujo transcurso as lições do Evangelho foram recordadas através de comentários amenos e de atualidade, convidando-nos ao fortalecimento das virtudes e dos valores morais. Onde a presença de Satanás, ou a manifestação de qualquer outro interesse, exceto o da solidariedade?

P - É uma armadilha! No começo utilizam-se de uma técnica de hábil aliciamento, para se desvelarem depois.

L - Nada o indica. Fui ali por indução de pessoas não vinculadas à Casa... Não me dispensaram tratamento especial, bajulatório, diferente daquele dado às pessoas mais pobres de nossa cidade, inclusive a alguns mendigos presentes, e não me foi feito nenhum interrogatório... Tudo se apresentou simples e puro como deve ter sido o Evangelho ao tempo de Jesus...

P - Eles não são cristãos...

L - Não discuto o que sejam, porque os não conheço ainda. Refiro-me ao que os vi fazer, que me parece mais importante, conforme respondeu o cego de nascença aos que acusavam Jesus de mistificador, e que o preclaro amigo certamente recorda: “Se é profeta, são sei. O que sei é que eu era cego e agora vejo”. É exatamente o que se dá comigo. Agora vejo luz diferente que me arranca da cegueira e pacifica-me interiormente.        
 


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita