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Um minuto com Chico Xavier

Ano 8 - N° 359 - 20 de Abril de 2014

JOSÉ ANTÔNIO VIEIRA DE PAULA
depaulajoseantonio@gmail.com
Cambé, Paraná (Brasil)
 

 

No livro “Árdua Ascensão” (Editora IDEAL), Vitor Hugo, através da mediunidade de Divaldo Pereira Franco, narra, de forma esplêndida e doutrinária, os acontecimentos mais importantes dos primórdios da vida de Chico Xavier.

Utilizando de pseudônimos, em determinado momento conta um fato que teria marcado a cidadezinha de Pedro Leopoldo. Dividiremos a história em duas partes: na primeira, mostrando a luta de um Chico menino para defender suas convicções religiosas e, na segunda, em que ele narra o diálogo entre a senhora que perdeu o marido com o pároco local.

Comecemos pela primeira parte:

Faleceu, na cidadezinha, um rico proprietário de terras e possuidor de sólida fortuna, o Sr. Alexandre Azevedo, que deixou a família inconsolável.

A viúva, D. Leocádia, esteve no penetral da loucura, inconformada com a ocorrência, para ela desditosa, ainda mais porque o esposo fora acometido de morte súbita, tornando mais dolorosa a separação.

Passado o período mais difícil do drama, quando a indiferença pela própria existência levava-a a uma patologia depressiva de difícil retorno, amigos estimularam-na a recorrer à mediunidade do obreiro do Senhor (Chico Xavier), numa tentativa de colher notícias do companheiro, se prosseguia vivo, como ensinava a religião esposada (Catolicismo), e, em caso positivo, de como se encontrava.

Sem qualquer formação espiritista, ignorando completamente o fenômeno das comunicações espirituais em razão da sua crença católica, a senhora não demonstrou mais amplo interesse pelo tentame. Todavia, não desconhecia as virtudes do médium, apesar dos calhaus que lhe atiravam os desprevenidos e invejosos, que também o procuravam à socapa, pedindo-lhe conselhos e ajuda.

Tão insistentes se fizeram as sugestões, que a viúva aquiesceu em cometer o pecado de ir a uma reunião espírita.

O constrangimento, nascido do preconceito social e religioso, se lhe estampava na face, enquanto a curiosidade a arrancara um pouco da depressão.

Iniciada a reunião pela prece e feitas as leituras, o médium pôs-se a escrever, preenchendo com velocidade as laudas de papel que iam sendo retiradas, sem que ele acompanhasse o que era registrado.

O transe mediúnico era patente, inegável.

Concluída a tarefa, procedeu-se à leitura dos comunicados do Além. Dentre as mensagens da noite, a carta do Sr. Alexandre produziu compreensível frisson nos circunstantes. À medida que os períodos eram apresentados, a senhora, em crescente emoção, confirmava a legitimidade da procedência da mensagem. Desfilavam nomes de familiares encarnados como daqueles que o haviam precedido no retorno à Vida; datas e ocorrências reapareciam claras e verdadeiras; anotações íntimas, e a explicação dos motivos imponderáveis que respondiam pela morte naquelas circunstâncias, eram tão bem definidos que, ao término, em choro de felicidade e dor, D. Leocádia declarou que se tratava do marido, que escrevera em nobre testemunho à verdade.    

A notícia eclodiu no dia seguinte, com as alterações compreensíveis. A mensagem passou a ser a novidade, a emoção do momento, alongando-se por toda a semana. Do púlpito, no domingo imediato, a reação fez-se violenta, no apaixonado das palavras e nas labaredas da cegueira religiosa... Chegou-se a pedir a volta da fogueira para o bem da comunidade, liberando-a do feiticeiro deslavado, enquanto a reação popular contra o mistificador dizia que ele recolhera dados e informações preciosos para ludibriar a senhora aturdida, portanto receptiva às insinuações desonestas do aventureiro, que assim teria procedido por interesses inconfessáveis, já que se tratava de uma dama rica...

Os ânimos exaltados dividiram os desocupados, não deixando insensíveis as pessoas probas, e até mesmo, serenas, do lugar. Falsos amigos movimentaram-se na atividade de levar e trazer notícias aos familiares do médium, alguns dos quais tomaram a posição da Igreja...

Quando o ouriçar dos comentários começou a atingir Chico, que foi aconselhado, inclusive, a transferir-se de cidade, tal a exaltação dos ânimos, este, sob inspiração da sua Doutrina e telementalizado pelo seu Guia Espiritual, redarguiu:

- Permanecerei onde sempre estive e rogo o favor de não me transmitirem qualquer notícia a respeito deste caso, escolhendo para mim a posição de silenciar a qualquer afronta e continuar no reto cumprimento dos deveres que tenho abraçado durante esta breve, mas movimentada existência.

Cerrou a porta do coração à maledicência, permanecendo de consciência tranquila e na ação do serviço nobre.         

O gesto gentil e definitivo interrompeu a onda da maldade em parte, que não encontrava estímulos nem motivações para alastrar o incêndio da cólera.


 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita