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Crônicas e Artigos

Ano 8 - N° 358 - 13 de Abril de 2014

CHRISTINA NUNES
cfqsda@yahoo.com.br
Rio de Janeiro, RJ (Brasil)

 
 
 
 

Amanhecendo em Elysium


 
Hoje, no amanhecer de uma terça-feira, semidesperta, reparei que ainda estava escuro. Era próximo ao horário em que minha filha começa a se movimentar para se arrumar e ir à escola. E é sempre este momento de meia-luz da alvorada, aquele do qual guardamos com mais facilidade as recordações nítidas dos episódios de nossas andanças nas dimensões espirituais, talvez pelo estado intermediário de ligação ao corpo físico, em que nos achamos, do lado de lá, na consciência da aproximação do instante do nosso retorno, para a continuação das nossas atividades na materialidade.

De tempos em tempos, e quando menos espero, sou conduzida por meus amigos e mentores da invisibilidade a vivências inesquecíveis nestas esferas maravilhosas da vida! E, em todas as oportunidades, tratam-se, estes momentos, de valiosos presentes, de cujos detalhes sou aconselhada por eles a dar conhecimento posterior a leitores e amigos, com o objetivo de oferecer noticiário útil e sempre renovado da realidade de que a existência se estende, em suas particularidades magníficas, para muito além do que os nossos acanhados sentidos físicos nos permitem alcançar durante o nosso estágio num corpo terreno.

Ainda há pouco, portanto, nesta situação de desprendimento quase total, me dei conta súbita de que amanhecia também em Elysium - a cidade das esferas espirituais da qual já demos informações detalhadas, por intermédio da psicografia do livro de mesmo nome, do meu mentor, Caio Fábio Quinto. Elysium é uma colônia das esferas espirituais adjacentes à Terra, situada, se assim podemos aludir para melhor entendimento, acima da região geográfica da Campânia italiana: uma reprodução exata, e naturalmente uma versão melhorada, das lindas colinas situadas ao sul deste país! Avista-se, portanto, naqueles cenários translúcidos, montes, colinas e elevações, a perder de vista, recobertos por vegetação ondulante enxameada de flores coloridas, de perfume inconfundível, a se alastrar, junto com as lufadas suaves das brisas, por entre as moradias dos habitantes felizes desta encantadora cidade das esferas espirituais!

Pois foi ali que me descobri de repente, como se transportada para um cenário que emergia de entre as névoas, na companhia de meu querido mentor! Acomodados em assento confortável de uma varanda aprazível, na parte fronteiriça da residência que ele habita naquele lugar encantador, contemplávamos o espetáculo indescritível de um sol diamantino se elevando nos céus translúcidos, por entre nuances de um alaranjado dourado, hipnótico, se espraiando de entre o arvoredo de majestosa colina situada a grande distância do patamar privilegiado de onde descortinávamos a visão exuberante da natureza pródiga da região!

De início, somente em silêncio, e como acontece em toda vivência desta qualidade transcendente, eu mal acreditava no conjunto estonteante de imagens e de sensações, difíceis de se definir com a pobreza do vocabulário terreno! O sentimento de paz e de plenitude era uma extensão natural de tudo ao derredor - desde aquela casa maravilhosa, e carregada das energias de serenidade próprias de seu morador, até a perfeição da beleza dos cenários diante de nós, e do próprio Caio!

Como de hábito, ele vestia trajes despojados - calça e camisa folgadas, de cor branca, semelhante a jovial vestuário de veraneio; o meu companheiro querido, amigo e amparador amoroso de tantas extensões de tempo, desde o passado, se transfigurava à minha percepção também como uma peculiar extensão natural de todos os sentimentos elevados que experimentava em meu íntimo a respeito do lugar e da ocasião inesquecível!

Paz, felicidade, serenidade plenas! A convicção de que tudo está e irá sempre muito bem! A perfeição da regência de tudo o que vive pulsa e se movimenta na Criação, em equilíbrio perfeito!

- "Olhe bem! Não tenha pressa ou ansiedade! Esqueça a contagem do tempo, e apenas sinta o que nos acontece, aqui e agora!” E ele olhava para mim com inesquecível expressão na fisionomia tranquila, e no brilho cristalino dos seus olhos de tonalidade azul-céu – “Ouça os pássaros; sinta o perfume das brisas!” - e apontava – “Preste atenção nas tonalidades do tapete infindável de flores, lá, ondulando ao vento, sob o calor tênue dos primeiros raios de sol da manhã! Depois, ao voltar, querendo, escreva a respeito; isso servirá tanto como narração útil a quem lê - aos reencarnados - sobre essas maravilhas que se escondem nas extensões insuspeitadas do universo de Deus, quanto também para que fixe a recordação deste momento, ajudando-a a nutrir o espírito de energias mais saneadas para a continuação do seu estágio na Terra! Aqui, meu amor, é o seu lugar de origem! E é através da plenitude da sua sintonia espiritual comigo, conosco, com este lugar de outras dimensões de expressão da vida, que estaremos sempre conectados! É isto que lhe possibilita, até o momento do seu retorno, estar aqui periodicamente, para reabastecer e sanear os seus padrões espirituais! Como sempre é bem dito, o lar verdadeiro é onde habita o nosso coração! É pela sintonia amorosa que nos vinculamos a tudo, minha querida!..."

O diálogo mantido era mais, e de fato, sintonia espiritual, mental e emocional pura! Não distinguia propriamente palavras, e, nesta comunhão vívida entre Espíritos, o que emanava de Caio para mim eram, acima de tudo, imagens e sentimentos sublimes, definidos por uma linguagem inteligível apenas pelo entrelace pleno entre Espíritos afins! Uma interatividade silenciosa, mas ao mesmo tempo rica de significados nítidos, fluídos, claros, embora estivessem acima e além de quaisquer conceitos verbais!

Somente paz, calma, amor, luz, e as cores mágicas dos vastos e perfumados campos circundantes!

Não posso definir pelos parâmetros terrenos quanto tempo durou o momento celestial! Talvez o tempo perfeito! O necessário e exato! E, aos poucos, vi-me carinhosamente trazida de volta ao ambiente de meu lar material, repleta de júbilo e de gratidão! Feliz, mas daquela felicidade conhecida apenas numa condição de consciência alheia às vivências habituais da esfera dos reencarnados!

Quando dei por mim, abri os olhos, e vi minha filha mais nova entrando no quarto, de excelente estado de espírito, cumprimentando-me com o beijo de bom dia!

Abracei-a, mas de um jeito especial! Não sei se ela chegou a perceber. Se sim, um dia entenderá!

É pela sintonia amorosa que nos vinculamos a tudo, minha querida!...

Eternamente agradecida, meu querido Caio Fábio Quinto!

 

 

 

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita