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Crônicas e Artigos

Ano 7 - N° 356 - 30 de Março de 2014

RICARDO ORESTES FORNI
iost@terra.com.br
Tupã, SP (Brasil)

 
 
 

Que calor!


Não sei quais os comentários em sua cidade sobre a onda de calor terrível que tem nos visitado, mas, por aqui, o assunto nesses dias tórridos não tem sido outro: que calor! “O que estará acontecendo com o clima?!” “Não me lembro de ter feito tanto calor como nesse verão!” “Acho que vamos morrer todos cozidos!” Se por aí não estão surgindo tais comentários em família, em encontros com amigos ou no ambiente de trabalho, creio que você está habitando um dos países invadidos por nevascas nunca antes vistas ou há muito tempo ausentes desses locais. E se o assunto é o frio, novas perguntas surgem em relação a essas temperaturas extremamente baixas, e a conclusão em tais situações é a de que iremos morrer todos congelados!

Se concordamos que todo efeito tem que ter uma causa, raciocinemos. Alguma coisa ou algo está dando origem a esses fenômenos extremos na temperatura de nosso planeta. Muitas vezes, ao falarmos na lei de causa e efeito, cremos que ela se aplica somente quando lesamos o nosso semelhante. Fazemos o mal contra uma pessoa e passamos a nos inscrever inapelavelmente no mecanismo de acerto de contas, na lei da semeadura e colheita. E quando agredimos outros reinos da Criação, essa lei não estaria em vigor da mesma forma? Quando violentamos outros setores da obra do Criador, passaríamos incólumes a uma reparação necessária ou das consequências de tais atitudes, desses comportamentos?

Será que a destruição da camada de ozônio do nosso planeta, permitindo que os raios solares atinjam a superfície da Terra com maior intensidade, nada teria a ver com o que está acontecendo?

Será que o desmatamento motivado pela caça ao dinheiro, à fortuna, num mecanismo desencadeado pela insaciável sede de ter do ser humano, nada tem a ver com o que está acontecendo com o clima do planeta que habitamos?

A poluição dos rios e dos mares também são atitudes inocentes em tais acontecimentos?

Será que Francisco de Assis, que chamava a tudo o que fora criado por Deus de irmão ou de irmã, não estaria a sinalizar a necessidade de respeito a toda obra da Criação?

Em uma das entrevistas com Chico Xavier, fizeram a ele a seguinte pergunta: Chico, o que pode acontecer ao mundo se continuarem as atuais agressões contra a natureza? E a resposta do homem Amor vem se confirmando: Acontece que estamos agredindo, não a natureza, mas a nós próprios e responderemos pelos nossos desmandos. É importante pensar que se criou a Ecologia para prevenir estes abusos. Aqueles que acreditarem na Ecologia acima de seus próprios interesses, nos auxiliarão nessa defesa do nosso mundo natural, da nossa vida simples na Terra que poderia ser uma vida de muito mais saúde e de muito mais tranquilidade se nós respeitássemos coletivamente todos os dons da natureza. Mas, se continuarmos agredindo-a demasiadamente, o preço será pago por nós próprios porque voltaremos em novas gerações plantando árvores, acalentando sementes, modificando o curso dos rios, despoluindo águas, drenando pântanos e criando filtros que nos liberem da poluição. O problema será sempre do homem. Teremos que refazer tudo porque estamos agindo atualmente contra nós mesmos.

Que calor, não é mesmo? E “tome” ar condicionado, e corra-se a comprar ventiladores, climatizadores e tudo mais que amenize o calor dos últimos dias. Será que todos esses mecanismos de refrigeração juntos conseguiriam apaziguar o “calor” da consciência endividada perante a Lei?

Tomemos um trecho do livro A Gênese, capítulo III, item 24: Nos seres inferiores da criação, naqueles a quem ainda falta o senso moral, em os quais a inteligência ainda não substituiu o instinto, a luta não pode ter por móvel senão a satisfação de uma necessidade material. Ora, uma das mais imperiosas dessas necessidades é a alimentação. Eles, pois, lutam unicamente para viver, isto é, para fazer ou defender uma presa, visto que nenhum móvel mais elevado os poderia estimular. É nesse primeiro período que a alma se elabora e ensaia para a vida”.

Obviamente que Kardec não aborda nesse trecho o assunto sobre o clima, mas aborda a luta que ainda desenvolvemos para a satisfação de uma necessidade material. E uma dessas necessidades, sem dúvida nenhuma, ainda é o dinheiro! É o ter passando por cima do ser! Por ele destruímos a camada de ozônio, por ele desmatamos, por ele, o dinheiro, poluímos os rios e os mares e, por ele, nos incluímos na lei de causa e efeito, da semeadura e colheita. A dengue, só para exemplificar, outrora esquecida, passou a ser um grande destaque em diversas reportagens por todo o nosso país porque o homem invadiu o espaço onde o mosquito, vetor dessa enfermidade, vivia em paz em seu habitat e nos deixava em paz. Hoje pagamos o preço por isso.

Que calor!!! Calor mesmo vamos sentir no momento em que retornarmos para a devida prestação de contas diante da própria consciência, onde não haverá nenhuma forma de refrigerarmos o sentimento de culpa a não ser retornando para reparar todo o mal que impusemos à natureza que agora responde à altura o desrespeito a ela infringido.
 

 

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita