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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 7 - N° 356 - 30 de Março de 2014
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

Loucura e Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 3)

Continuamos nesta edição o estudo metódico e sequencial do livro Loucura Obsessão, sexta obra de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 1988.

Questões preliminares

A. É verdade que o grupo focalizado nesta obra tinha por patrono espiritual um ex-sacerdote?

Sim. O grupo recebia o amparo superior de veneranda Entidade que envergara, na Terra, o hábito sacerdotal e se notabilizou pela ação da caridade junto aos enfermos da alma e do corpo, de quem cuidara com  exemplar devotamento, prosseguindo, no além-túmulo, a dar assistência, especialmente junto a Casas daquele gênero, que se multiplicavam na razão direta das crescentes necessidades humanas. Periodicamente, em data adrede estabelecida, ele vinha em pessoa visitar o trabalho, quando eram feitas avaliação e nova programação para as futuras atividades. (Loucura e Obsessão, cap. 2, pp. 27 a 29.)

B. Por que o grupo utilizava O Evangelho segundo o Espiritismo em seus estudos?

A introdução desse livro objetivou moralizar e esclarecer os frequentadores, mas não ocorreu de forma pacífica. Alguns membros mais embrutecidos, inspirados pelos seus mentores que se aferravam às práticas mais grotescas, fiéis ao atavismo ancestral e marcados por antigos rancores, dos quais não se haviam libertado, intentaram impedir a implantação da ideia nova, afirmando a desnecessidade da cultura, que não passava de capricho de brancos demagogos. É que não haviam esquecido as perseguições que sofreram por parte de pessoas que se afirmavam cristãs e que no Evangelho se diziam apoiar. A inspiração do Benfeitor e a firme resolução de Antenor encerraram, porém, as discussões em contrário e o livro foi adotado. (Loucura e Obsessão, cap. 2, pp. 27 a 31.)

C. Que Espíritos eram utilizados pelo grupo na assistência direta aos casos de obsessão e vampirismo?

A explicação foi dada por Anita, entidade que fora mãe adotiva do médium Antenor: “Utilizamo-nos de Espíritos ainda vinculados às vibrações materiais, que, apesar de pouco conhecimento, anelam por servir e crescer na direção do bem. A sua presença ao lado dos encarnados evita ou dificulta que os comensais psíquicos habituais – exceto nos casos de obsessão – retornem à ação deletéria ou prossigam no intercurso da perturbação. Como é compreensível, diversos obsessores e Espíritos perversos respeitam algumas práticas e rituais, como consequência da ignorância das leis universais, cedendo espaço à ação renovadora das suas vítimas”. (Loucura e Obsessão, cap. 2, pp. 31 e 32; e cap. 3, pág. 33.)

Texto para leitura

9. Antigo sacerdote era o protetor daquele Grupo - Informada a respeito da visita de Miranda e Bezerra, a Entidade generosa determinara a um trabalhador espiritual que os recebesse, “fazendo as honras da Casa”. Aquela era uma noite reservada a consultas de pessoas estranhas ao trabalho. Portadores de obsessões graves eram trazidos ali para receber auxílio, ao lado de outros enfermos que eram tratados mediante recursos da flora medicinal, receitados por antigos indígenas que se dedicavam a esse mister. Diversos indivíduos vinham em busca de conselhos e orientações para problemas de comezinha importância, que, no entanto, os atormentavam. Via-se, assim, que a generosidade e a solidariedade fraternal ali estavam presentes, servindo ao amor com doação total. Numa época de escassa abnegação entre os homens, cujo egoísmo enlouquece, serviços dessa natureza constituem providência superior que diminui os sofrimentos humanos, canalizando a esperança no rumo do bem. Miranda foi informado de que aquele grupo recebia o amparo superior de veneranda Entidade que envergara, na Terra, o hábito sacerdotal, notabilizando-se pela ação da caridade junto aos enfermos da alma e do corpo, de quem cuidara com  exemplar devotamento, prosseguindo, no além-túmulo, a dar assistência, especialmente junto a Casas daquele gênero, que se multiplicavam na razão direta das crescentes necessidades humanas. Periodicamente, em data adrede estabelecida, ele vinha em pessoa visitar o trabalho, quando eram feitas avaliação e nova programação para as futuras atividades. Fazia mais de quinze anos que o Grupo se dedicava a esse labor, e as atividades de benemerência haviam promovido a equipe, que se libertava a pouco e pouco das práticas iniciais mais primitivas. “Agora – esclareceu o informante – já se estudavam as lições d’ O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, num esforço bem dirigido para moralizar e esclarecer os frequentadores.” (Loucura e Obsessão, cap. 2, pp. 27 a 29.)

10. O amor é poderoso reagente para a equação dos problemas - A introdução do estudo d’ O Evangelho não se fez, porém, de forma pacífica. “Aos primeiros tentames – aditou o companheiro – houvera surgido um movimento de reação por alguns membros mais embrutecidos, inspirados pelos seus mentores que se aferravam às práticas mais grotescas, fiéis ao atavismo ancestral. Marcados por antigos rancores, dos quais não se haviam libertado, intentaram impedir a implantação da ideia nova, afirmando a desnecessidade da cultura, que não passava de capricho de brancos demagogos. É que se não olvidaram das perseguições que sofreram por parte de pessoas que se afirmavam cristãs e que no Evangelho se diziam apoiar. A inspiração do Benfeitor e a firme resolução de Antenor encerraram as discussões em contrário, abrindo espaço para a evangelização de uns como de outros, encarnados ou despojados da matéria. A partir de então o clima psíquico daquela agremiação modificara-se para melhor, atraindo novos cooperadores desencarnados, que se afeiçoavam à tarefa de moralização dos homens.” No momento em que era trazido para o pequeno compartimento o primeiro consulente, deu entrada no recinto uma senhora desencarnada de aspecto agradável, que saudou Dr. Bezerra com efusão. Era a senhora Anita, que acolheu a ambos os visitantes com visível expressão de afeto espontâneo e asseverou: “É-nos muito grato receber novos amigos. Nossa Casa é um laboratório vivo de experiências humanas, onde o amor é o poderoso reagente para a equação dos problemas que nos chegam”. Anita fora mãe adotiva de Antenor e, agora, dedicava-se à tarefa de sindicar, numa primeira análise, quais os problemas que afligiam os visitantes, ouvindo os seus acompanhantes e informando-se dos seus infortúnios. Em seguida, de acordo com a problemática de cada um, tomava as providências iniciais, destacando cooperadores para auxiliá-los. (Loucura e Obsessão, cap. 2, pp. 29 a 31.)

11. O merecimento e o esforço pessoal são essenciais a quem busca socorro - Após ouvir Dr. Bezerra dizer que são as próprias criaturas encarnadas que se afastam da proteção que lhes é ministrada, gerando campo vibratório que dificulta a captação dessa ajuda, visto que os bons Espíritos jamais abandonam os seus pupilos, a senhora Anita adiu: “Utilizamo-nos de Espíritos ainda vinculados às vibrações materiais, que, apesar de pouco conhecimento, anelam por servir e crescer na direção do bem. A sua presença ao lado dos encarnados evita ou dificulta que os comensais psíquicos habituais – exceto nos casos de obsessão – retornem à ação deletéria ou prossigam no intercurso da perturbação. Como é compreensível, diversos obsessores e Espíritos perversos respeitam algumas práticas e rituais, como consequência da ignorância das leis universais, cedendo espaço à ação renovadora das suas vítimas. É claro que, em todos os empreendimentos de beneficência e socorro ter-se-ão sempre em vista os fatores do merecimento quanto do esforço pessoal, porquanto, não havendo privilégios que distingam as criaturas, funciona, acima de tudo, a justiça, atenuada pela misericórdia do amor”. Dito isto, seguiu-se o atendimento da primeira consulente, que adentrou o recinto bastante nervosa e envolta em uma nuvem escura, resultado das ideias cultivadas e do intercâmbio psíquico mantido com os comensais desencarnados que a acompanhavam. Alguns deles entraram com ela na saleta, onde a aguardava a mentora. Utilizando-se de linguagem típica, na qual se faziam presentes muitos chavões africanistas, esta saudou a visitante, deixando-a à vontade para a entrevista. Sem delonga, a consulente foi direto ao assunto, dizendo-se disposta a pagar o que fosse necessário. “Estou informada – prosseguiu a mulher, com empáfia – das necessidades desta Casa e posso oferecer ajuda monetária, desde que tenha atendida a minha pretensão.” (Loucura e Obsessão, cap. 2, pp. 31 e 32; e cap. 3, pág. 33.)

12. Um caso de obsessão vampirizadora - Como a mentora permanecesse calada, a consulente expôs o seu pedido: “Desejo solução num caso de amor, que ora responde pela minha vida. Será vitória ou desgraça, a minha ou outra vida, porquanto não tenho forças para prosseguir conforme está ocorrendo. Tive a desdita de apaixonar-me por um homem casado. Pior do que isso: que diz amar a esposa e filhos, e que é feliz no lar... A dificuldade de tomá-lo para mim me enlouquece. Tentei o impossível e o infame me despreza, atirando-me na face o amor que devota à minha rival. Desejo um trabalho que o afaste da outra e conceda-me a vitória; para tanto, darei a alma ao demônio, se necessário, pois que, sem esta vitória, a loucura ou o crime serão as minhas únicas alternativas, matando-me ou levando-me a matá-la...” Mal acabou de falar, a mulher prorrompeu em violento pranto. Miranda viu, então, que dois seres perversos lhe dominavam o comportamento quase por inteiro. Um deles, de aspecto repelente pela vulgaridade em que se apresentava, excitava-lhe o desejo, comprimindo-lhe, habilmente, certa região do aparelho genésico, enquanto o outro lhe transmitia clichês mentais, muito bem elaborados, em que ela se via nos braços do eleito, sendo expulsa pela esposa que lhe surgia bruscamente... A pobre mulher debatia-se em sofreguidão entre as duas sensações, de lubricidade e de frustração, entregando-se ao tresvario... Dr. Bezerra esclareceu: “A nossa irmã está enferma da alma. Além disso, padece de estranha e grave obsessão vampirizadora, que lhe exaure as energias, despedaçando-lhe os nervos. Envolvamo-la em vibrações de afeto e de piedade, aguardando as providências iniciais que serão tomadas aqui”. A dirigente espiritual do trabalho ergueu, então, o médium e pôs a destra sobre a cabeça da infeliz mulher. Após descarregar-lhe energias refazedoras e interromper a compressão perturbadora que lhe impunha o vulgar perseguidor, conseguiu, também, através da aplicação correta de bionergia nos centros coronário e cerebral, diluir as ideoplastias que o outro fomentava, transmitindo um pouco de renovação à enferma que, momentaneamente livre das influências terríveis, por pouco não foi acometida por um vágado. (Loucura e Obsessão, cap. 3, pp. 34 e 35.) (Continua no próximo número.)


 


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