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Crônicas e Artigos

Ano 7 - N° 354 - 16 de Março de 2014

JANE MARTINS VILELA
jane.m.v.imortal@gmail.com
Cambé, PR (Brasil)   

 
 
 

Reforma interior

 

– Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e  de resistir à atração do mal?

 “Um sábio da antiguidade vo-lo disse: Conhece-te a ti mesmo.” (O Livro dos Espíritos, questão 919.)

Uma bondosa senhora, já sexagenária, esforçadíssima por melhorar-se, já em luta nesse processo há algum tempo, desabafou conosco: – Mas essa reforma moral é muito difícil! Minha luta está grande demais! Como é duro! Para você ver, eu sonhava ter minha irmã aqui comigo. Ela morava sozinha em São Paulo. Meu marido e eu fizemos tudo e ela veio para cá. É minha vizinha, mora ao lado. Mas que temperamento que ela tem! Ela morou muito tempo sozinha, acho que desacostumou de pessoas próximas. Como é difícil! Tenho que exercitar a paciência o tempo todo!

Perguntamos a ela o que havia dessa vez, pois em outra ocasião ela já havia falado da irmã, o que nos deu ocasião de aconselhá-la a atitudes de tolerância e fraternidade: – Dessa vez foi o seguinte: ela está vendendo o apartamento em São Paulo. Fiquei muito preocupada se estava tudo certo, se não havia perigo de ela ser lesada, se a pessoa que está comprando é correta. Liguei na imobiliária e verifiquei tudo. Quando contei a ela o que fiz, ela ficou brava comigo! Eu fiquei quietinha, não respondi, saí calada, não revidei. Como essa reforma íntima é difícil!

É difícil mesmo. A pessoa tem que buscar seu íntimo. Verificar sua atitude. Essa senhora se colocou na posição da vítima, quando na verdade o erro foi dela. Buscando ajudar, ignorou o espaço de sua irmã, que já estava com tudo em ordem, tudo organizado e não lhe havia solicitado auxílio. Em suma, agiu de modo invasivo e não percebeu que o melindre em que ficou denotava orgulho ferido. Dissemos tudo isso a ela carinhosamente, e, como é uma pessoa ótima e realmente esforçada, reconheceu que deveria pedir desculpas à irmã, que, afinal, só lhe chamou a atenção para o que ela fez. Nada mais grave. Isso acontece muito conosco, uma das razões pelas quais Jesus nos alertou que ficamos notando o argueiro no olho de nosso irmão e não vemos a trave no nosso.  Ela sonhou meses com a vinda da irmã, mas idealizando do jeito dela, como ela gostaria que fosse; mas sua irmã é uma individualidade com ideias próprias, nem sempre iguais às dela. Lições de tolerância a serem vivenciadas.

Santo Agostinho comenta, nessa mesma questão 919-a d´O Livro dos Espíritos, que o conhecimento de si mesmo é a chave do progresso individual: “Mas, diz ele,direis, como há de alguém julgar-se a si mesmo? Não está aí a ilusão do amor-próprio, para atenuar as faltas e torná-las desculpáveis? O avarento se considera apenas econômico e previdente, o orgulhosos julga que em si só há dignidade. Quando estiverdes indecisos, diz ele, sobre o valor de uma de vossas ações, inquiri como a qualificaríeis, se praticada por outra pessoa. Se a censurais noutrem, não a podereis ter legítima quando fordes o seu autor, pois que Deus não usa de duas medidas na aplicação de sua justiça”.

Jesus já dizia isso quando nos orientou: Tudo aquilo que quereis que vos façam, fazei vós aos outros. Continua ele a ser nosso modelo maior. A Humanidade, mais que nunca, precisa se voltar para ele, estudar seus ensinos, viver suas orientações. Não importa qual seja a religião. Ele sempre socorreu a todos, tanto os gentios quanto o seu próprio povo, e colocou o samaritano, não aceito pelos seus, na famosa parábola, como a pessoa correta, que agiu com bondade, socorrendo o homem ferido na estrada.

Precisamos, sim, nos conhecermos mais, para nos trabalharmos mais interiormente, vencendo nossos defeitos, agindo cristãmente. Quando o mundo agir de conformidade com os ensinos de Jesus, teremos um mundo melhor. Um dia, não precisaremos grades, nem prisões, pois as pessoas haverão de respeitar-se mutuamente. Jesus é e será o mestre da Humanidade. Um dia, no futuro, todos o seguirão.

Neste dezembro, pensemos um tanto mais nele, com desejo sincero de melhorar, como a nossa irmã que citamos que faz esforços, e quem a conhece observa grandes mudanças, vê nela uma espírita sincera, que faz esforços incessantes por vencer a si mesma e não usa máscaras, revelando-se publicamente, como os cristãos do passado, que se confessavam em público. Diante do Mestre venerado, neste Natal, curvemo-nos ante seu amor e nos descubramos, sem máscaras. Oremos a Ele, pedindo forças e coragem, sinceramente, na alma, para nos tornarmos dignos do nome cristão. Lembremo-nos desse amor memorável e peçamos sua presença conosco. São suas as palavras: “Buscai e achareis, batei e abrir-se-vos-á”. Ele nos ouvirá. Uma suave brisa envolverá o coração sincero, que sentirá que do alto para ele vertem bênçãos em sublime resposta.

Lutemos muito por nós nesta vida, pois o conhecimento espírita nos torna obreiros que seremos cobrados pelo que sabemos. Reencarnados nesta época, aqui estamos nós, numa luta milenar de aperfeiçoamento, mas Jesus está conosco, sempre conosco. Lembremos aquela noite memorável de seu nascimento e escutemos na intimidade aquela voz em coro a cantar: Paz na Terra! Boa vontade entre os homens! Paz para todos nós que tanto ansiamos por ela! Paz com Jesus!



 

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita