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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 7 - N° 354 - 16 de Março de 2014
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 
 

Loucura e Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 1)

Iniciamos nesta edição o estudo metódico e sequencial do livro Loucura Obsessão, sexta obra de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 1988.

Questões preliminares

A. No tratamento da obsessão, que valores devem estar presentes nas técnicas de atendimento ao paciente?

São eles: a conduta moral superior do terapeuta (o doutrinador encarregado da desobsessão), bem como do paciente, quando este não se encontre inconsciente do problema; a habilidade afetuosa de que se deve revestir, não esquecendo jamais o agente desencadeador do distúrbio, que é igualmente enfermo e vítima desditosa, que procura vingar-se; o contributo das suas forças mentais, dirigidas aos litigantes da pugna infeliz; a aplicação correta das energias e vibrações defluentes da oração; e, por fim, o preparo emocional para entender e amar tanto o hóspede invisível, quanto o hospedeiro. A cura das obsessões é de difícil curso e nem sempre rápida, e depende de múltiplos fatores, especialmente da renovação do paciente, que deve envidar esforços máximos para granjear a simpatia daquele que o persegue, adquirindo mérito através da ação pelo bem desinteressado em favor do próximo, o que, em última análise, acaba revertendo em benefício pessoal para si mesmo. (Loucura e Obsessão, prefácio, pp. 13 a 15.)  

B. Em que instituição os casos apresentados nesta obra foram atendidos? 

Eles foram atendidos dentro de um Núcleo do sincretismo afro-brasileiro, onde o autor pôde sentir a presença do amor de Deus e a abnegação da caridade cristã, conforme os ensinamentos de Jesus. A experiência mostra-nos que não se podem negar os benefícios que se haurem em todas as células religiosas de socorro, não só nos Centros Espíritas, especialmente naquelas onde o intercâmbio mediúnico e a reencarnação demonstram a imortalidade da alma e a justiça divina, passo avançado para conquistas mais ricas de sabedoria e de libertação. (Loucura e Obsessão, prefácio, pp. 15 e 16, e cap. 1, pág. 17.)

C. É certo dizer que tanto nos fenômenos psicopatológicos como nos obsessivos é sempre o Espírito encarnado o agente responsável pelos distúrbios que padece?

Sim. O Espírito é o herdeiro de si mesmo e dos seus atos anteriores, que lhe plasmam o destino futuro, do qual não consegue evadir-se. (Loucura e Obsessão, prefácio, pp. 11 a 13, e cap. 1, pp. 18 e 19.)

Texto para leitura

1. A obsessão é uma forma de loucura de natureza diferente - No prefácio deste livro, seu autor diz que no estudo da etiopatogenia da loucura não se podem mais descartar as incidências da obsessão, ou o predomínio exercido pelos Espíritos desencarnados sobre os homens. O intercâmbio entre as mentes que se encontram na mesma faixa de interesse é muito maior do que imaginamos. Atraindo-se pelos gostos e aspirações, vinculando-se mediante afetos doentios, sustentando laços de desequilíbrio decorrente do ódio, assinalados pelas paixões inferiores, exercem os Espíritos constrição mental e, às vezes, física nas pessoas que lhes concedem as respostas equivalentes, resultando daí variadíssimas alienações de natureza obsessiva. O Espiritismo não nega a loucura e as causas detectadas pelos pesquisadores; antes as confirma, reconhecendo nelas mecanismos necessários para o estabelecimento de matrizes, através das quais a degenerescência da personalidade ocorre, nas múltiplas expressões em que se apresenta. Ocorre que nos episódios da loucura, ora epidêmica, a obsessão deve merecer um capítulo especial, a requerer a consideração dos estudiosos. Largos passos já foram dados para a compreensão da loucura, suas causas e sua terapêutica; contudo, a doença mental permanece ainda como um grande desafio para todos os que se empenham na compreensão de sua gênese, sintomatologia e conduta. Kardec, o extraordinário psicoterapeuta que melhor aprofundou a sonda da investigação no desprezado capítulo das obsessões, demonstrou que nem toda expressão de loucura significa morbidez e descontrole dos órgãos encarregados do equilíbrio psicofísico do indivíduo, e que o Espírito é o herdeiro de si mesmo, dos seus atos anteriores, que lhe plasmam o destino futuro, do qual não consegue evadir-se. Provando que a morte biológica não aniquila a vida, o Codificador facultou ao entendimento a penetração e a solução dos enigmas desafiadores que passavam, genericamente, como sendo formas de loucura – loucura que, certamente, são, mas de natureza diversa do conceito acadêmico conhecido. (Loucura e Obsessão, prefácio, pp. 11 a 13.)

2. A cura das obsessões é difícil e nem sempre rápida - O homem – afirma Miranda,  autor desta obra – não pode ser examinado parcialmente, mas sob o aspecto pleno e total de Espírito, perispírito e matéria. Através do Espírito participa da realidade eterna; pelo perispírito vincula-se ao corpo e, graças ao corpo, vive no mundo material. O perispírito é o órgão intermediário pelo qual experimenta a influência dos demais Espíritos, que pululam em sua volta, aguardando o momento próprio para o intercâmbio em que se comprazem. Quando esses Espíritos são maus e encontram guarida que as dívidas morais agasalham na futura vítima, nascem aí as obsessões, no início sutis, quase despercebidas, a se agigantarem depois, até assumir a gravidade das subjugações lamentáveis e, às vezes, irreversíveis. O conhecimento do Espiritismo propicia os recursos para a educação moral do indivíduo, ensejando-lhe a terapia preventiva contra as obsessões, bem como a cura salutar, se o processo já se encontra instaurado. Ainda mesmo nos casos em que reconhecemos a presença da loucura nos seus moldes clássicos, deparamo-nos sempre com um Espírito, em si mesmo doente, que plasmou um organismo próprio para redimir-se, corrigindo antigas viciações e crimes que, ocultos ou desconhecidos, lhe pesam na economia moral, exigindo liberação. Nos comportamentos obsessivos, as técnicas de atendimento ao paciente, além de exigirem o conhecimento da enfermidade espiritual, impõem ao atendente outros valores preciosos que noutras áreas da saúde mental não são vitais, embora a importância de que se revestem. São eles: a conduta moral superior do terapeuta (o doutrinador encarregado da desobsessão), bem como do paciente, quando este não se encontre inconsciente do problema; a habilidade afetuosa de que se deve revestir, não esquecendo jamais o agente desencadeador do distúrbio, que é igualmente enfermo e vítima desditosa, que procura vingar-se; o contributo das suas forças mentais, dirigidas aos litigantes da pugna infeliz; a aplicação correta das energias e vibrações defluentes da oração; e, por fim, o preparo emocional para entender e amar tanto o hóspede invisível, quanto o hospedeiro. A cura das obsessões, como ocorre no caso da loucura, é de difícil curso e nem sempre rápida, e depende de múltiplos fatores, especialmente da renovação do paciente, que deve envidar esforços máximos para granjear a simpatia daquele que o persegue, adquirindo mérito através da ação pelo bem desinteressado em favor do próximo, o que, em última análise, acaba revertendo em benefício pessoal para si mesmo. (Loucura e Obsessão, prefácio, pp. 13 a 15.)

3. Os benefícios da desobsessão não são exclusivos do Espiritismo - Vulgarizando-se cada vez mais a obsessão, torna-se necessário, mais generalizado e urgente um maior conhecimento da terapia desobsessiva. Esse o objetivo desta obra, em que Miranda reuniu diversos casos relacionados com o assunto, dentre eles um de comportamento sexual especial, atendidos todos dentro de um Núcleo do sincretismo afro-brasileiro, onde o autor pôde sentir a presença do amor de Deus e a abnegação da caridade cristã, conforme os ensinamentos de Jesus. A experiência mostra-nos que não se podem negar os benefícios que se haurem em todas as células religiosas de socorro, não só nos Centros Espíritas, especialmente naquelas onde o intercâmbio mediúnico e a reencarnação demonstram a imortalidade da alma e a justiça divina, passo avançado para conquistas mais ricas de sabedoria e de libertação. Diz Miranda que, tendo-se dedicado na Terra, durante décadas, às experiências mediúnicas, pudera constatar a excelência da terapêutica desobsessiva dirigida a Espíritos profundamente enfermos, e acompanhara complexos problemas da loucura, que defluíam de conúbios obsessivos de longo curso, cujas origens remontavam a reencarnações anteriores, quando se instalaram as matrizes da justa infeliz. Mas, ao mesmo tempo, sempre lhe despertaram a atenção as comunicações de Entidades que se apresentavam com modismos singulares, atadas às lembranças do sincretismo religioso que viveram, assumindo posturas que lhe pareciam então esquisitas, preservando, nos diálogos, os vocábulos africanistas e tomando atitudes que eram remanescentes dos atavismos animistas de que procediam. (Loucura e Obsessão, prefácio, pp. 15 e 16, e cap. 1, pág. 17.)

4. O Espírito encarnado é o agente responsável pelos distúrbios que padece - Após desencarnar, passado o período de adaptação a que foi submetido, Miranda procurou colher uma soma maior de informações e experiências que lhe permitissem apreciar de modo mais justo os mecanismos dos cultos afro-brasileiros e de certas crendices e superstições tão do gosto das gentes de todos os países. “Com a Doutrina Espírita eu aprendera – diz ele – que a revelação da verdade é sempre gradativa, e que, de período em período, missionários do amor e da sabedoria se reencarnam com o objetivo de promover o progresso cultural, científico, social e, especialmente, religioso dos homens, procurando libertá-los das amarras com a retaguarda, com a ignorância...” Imbuído desse propósito, Miranda pôde realizar investigações in loco, em variadas escolas de fé religiosa, convicto de que é “fora da caridade que não há salvação”, conforme prescreveu Kardec, e não através da forma da crença ou do culto a que se aferra o indivíduo. Outrossim, a necessidade de melhor identificar a fronteira divisória entre os fenômenos psicopatológicos e os obsessivos levou-o a frequentar também Manicômios e Hospitais Psiquiátricos vários, constatando que sempre é o Espírito encarnado o agente responsável pelos distúrbios que padece, seja numa ou noutra área de saúde mental. Nessa tarefa, Miranda contou com a ajuda do Dr. Bezerra de Menezes, sempre que os muitos compromissos deste o permitiam, fato que lhe proporcionou a oportunidade de estar ao seu lado, para observar as técnicas postas em prática para a liberação dos enfermos, e visitar os Núcleos de fé onde são praticados os diferentes cultos animistas, com o respeito e a consideração que toda crença nos merece. Graças a esse intercâmbio é que Miranda pôde participar, por algum tempo, de atividade socorrista junto a um jovem portador de esquizofrenia, cuja mãe (Catarina Viana) era possuidora de expressivos títulos de merecimento. (Loucura e Obsessão, cap. 1, pp. 18 e 19.) (Continua no próximo número.)


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita