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Crônicas e Artigos

Ano 7 - N° 353 - 9 de Março de 2014

JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
Brasília, DF (Brasil)

 
 
 

Reconhece-se o bom pelas suas obras


No capítulo XVII de O Evangelho segundo o Espiritismo, encontramos uma frase de Kardec muito citada nas palestras espíritas: “Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para dominar suas inclinações más”.

Nesse mesmo capítulo, Kardec cita os versículos 44, 46 e 48 do cap. 5º do Evangelho de Mateus, com a recomendação de Jesus para amarmos os nossos inimigos, fazer o bem aos que nos odeiam e orar pelos que nos perseguem e caluniam. Pois se amarmos os que nos amam e se saudarmos apenas os nossos irmãos, estaremos fazendo apenas o que os publicanos e pagãos já faziam. E termina Jesus: Sede perfeitos como vosso Pai celestial é perfeito (entenda-se aqui a perfeição relativa, ou da caridade ampla, que abrange todas as virtudes - AMOR).

Stephen Covey propõe-nos o princípio 90/10. Segundo ele, 10% de nossa vida relaciona-se com o que se passa conosco e 90% com o modo de reagirmos ao que se passa conosco. Ou seja, não podemos evitar 10% do que ocorre em nossa vida: o carro pode enguiçar de repente, o avião pode atrasar, o sinal pode fechar. Outros 90% se relacionam com nossa reação a esses 10%.

Exemplo: Ao tomar café da manhã com sua família, sua filha derrama café em sua camisa branca de trabalho. Você não tem controle sobre isso, mas sua ação em seguida pode determinar uma reação em cadeia.

Primeira hipótese: Você briga com sua filha e ela chora. Você critica sua esposa por ter colocado a xícara muito na beirada da mesa e começa uma discussão. Você fica estressado e troca a camisa. Sua filha continua chorando e perde o ônibus escolar. Sua esposa vai para o trabalho chateada. Você tem que levar sua filha de carro para a escola. Como está atrasado, dirige em alta velocidade e é multado. Discute com o guarda e perde mais 15 minutos. Quando chega à escola, sua filha entra e não se despede de você. Ao chegar atrasado ao escritório, percebe que esqueceu sua pasta. Ansioso para o dia acabar, quando chega a casa, sua esposa e filha estão aborrecidas com você. Tudo isso por causa de sua reação pelo café da manhã derramado em sua camisa.

Segunda hipótese: o café cai na sua camisa e você diz, gentilmente, a sua filha: — Não fique triste, acidentes acontecem. Troca de camisa, dá um beijo em sua esposa e na filha e, antes de sair de carro para seu escritório, vê a filha, ao longe, pegando o ônibus e lhe acenando adeus com uma das mãos.

A situação foi a mesma, mas sua reação pode determinar se seu dia será bom ou ruim.

Segundo Kardec, o homem de bem:

- cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade em sua maior pureza (consulta sua consciência para saber se violou essa lei, se fez todo o bem);

- tem fé na bondade, justiça e sabedoria Divinas e se submete à Sua Vontade;

- tem fé no futuro (bens espirituais acima dos temporais);

- aceita as dificuldades da vida como provas ou expiações;

- faz o bem pelo bem, retribui o mal com o bem e sacrifica seus interesses à justiça;

- pensa primeiro nos outros antes de pensar em si mesmo e faz o bem com satisfação (o egoísta calcula as vantagens e prejuízos de sua ação);

- vê todas as pessoas como irmãs;

- respeita as crenças alheias;

- não alimenta ódio nem desejo de vingança;

- perdoa e esquece as ofensas;

- é tolerante com as fraquezas alheias, pois sabe que precisa de tolerância para com as suas;

- não comenta os defeitos alheios, mas, se obrigado a isso, procura ver o lado bom das pessoas;

- estuda as próprias imperfeições e trabalha incessantemente para corrigi-las;

- é modesto com as próprias qualidades e procura destacar a dos outros;

- usa os bens que possui sem vaidade e com consciência;

- trata com respeito seus superiores e com bondade e simplicidade seus subordinados;

- respeita todos os direitos naturais do próximo como deseja que sejam respeitados os seus.

Conclui Kardec que não ficam assim enumeradas todas as qualidades do homem de bem, mas quem se esforçar em praticar essas se encontra no caminho que conduz a todas as demais qualidades.

Em seguida, tratando sobre os bons espíritas, informa que, bem compreendido e bem sentido, o Espiritismo eleva-nos à condição de homem de bem. “O Espiritismo não institui nenhuma nova moral; apenas facilita aos homens a inteligência e a prática da do Cristo, facultando fé inabalável e esclarecida aos que duvidam e vacilam”.

Infelizmente, muita gente acha que a moral espírita ou cristã se aplica às outras pessoas e não a si próprias. A Doutrina Espírita é muito clara, não necessita de uma inteligência fora do comum para praticá-la. Prova disso é que muitas pessoas sem instrução compreendem perfeitamente o Espiritismo, enquanto que outras, mesmo possuindo muito estudo, não o aceitam. Para aceitá-lo é preciso, antes de tudo, de elevação espiritual. O mesmo ocorreu com os apóstolos de Jesus e os cristãos... Quanto mais espiritualizada, mais facilmente a pessoa compreende as mensagens da vida espiritual... É preciso, pois, domínio sobre a matéria... Daí a conclusão de Allan Kardec, citada na introdução: “Reconhece-se o verdadeiro espírita (...)”.

Quando percebermos e pusermos em prática os amoráveis conselhos do Mestre Divino, certamente reconheceremos as vantagens de viver em harmonia com o nosso próximo.  N’O Livro dos Espíritos, temos algumas informações fundamentais para uma vida melhor. Uma delas é a de que a fonte de nossos sofrimentos se baseia em dois sentimentos: egoísmo e orgulho. A outra é a de que uma só coisa é necessária para vivermos bem: devotamento ao próximo, ou seja, vivenciar o amor na sua mais alta expressão.

Assim, pelo devotamento e abnegação, dizem os bons Espíritos, estaremos pondo em prática a mais excelsa das virtudes: a Caridade. Quando entendermos isso, estaremos no caminho que nos tornará homens de bem.
 

 

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita