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Crônicas e Artigos

Ano 7 - N° 352 - 2 de Março de 2014

JOSÉ LUCAS
jcmlucas@gmail.com
Óbidos, Portugal

 
 

Júlia Pereira, uma espírita inesquecível


Poucas pessoas no movimento espírita português conhecerão Júlia Pereira Gomes, que voltou à pátria espiritual em 8 Novembro de 2013. Nascida em 17 de Junho de 1930, na cidade do Porto, vivia em Águas Santas, em Ermesinde (perto do Porto), integrando, antes de 25 de Abril de 1974 (no tempo da ditadura que perseguiu os espíritas), um grupo espírita, com Laurentino Simões e Albuquerque Rocha, no Porto, apoiando pessoas com mediunidade deseducada.

Após a revolução do dia 25 de Abril de 1974, este grupo constituiu o Núcleo Espírita Cristão (NEC) e D. Júlia tornou-se uma das colaboradoras.

Laurentino Simões, presidente do NEC nessa altura, fez questão de publicar o livro de poemas psicografados por Júlia Pereira, intitulado «Tu», em 1978. 

Em 23 de Agosto de 1980, desligou-se e disponibilizou a sua garagem para as reuniões de uma nova associação, a  “Juventude Espírita Meimei”. Teve dois filhos, o Zé e o Jorge Gomes. Nunca se quis substituir aos jovens, que de fato dirigiam o seu grupo, mas dava-lhes sugestões oportunas.

Realizavam-se os chamados recitais de canções espíritas, uma oportunidade que reunia várias associações da região numa confraternização atrativa, e por vezes com gente de fora, nomeadamente, Julieta Marques (Lagos), Manuel dos Santos Rosa e João Xavier de Almeida (Lisboa).

Nessa década surgiram os dois discos de canções espíritas, com o patrocínio de Alexandrino Nunes e Arnaldo Trindade. No lançamento do 2º disco (vinil), no NEC, em 6 de Janeiro de 1985, juntaram-se numerosos jovens, de Viseu inclusive, e a ideia de uma espécie de minicongresso depressa se formou. Surgiu o 1º Encontro Nacional de Jovens Espíritas (ENJE), evento realizado, embora noutros moldes, até ao presente, envolvendo gerações sucessivas.

Surgiu depois, por volta de 1986, na época das chamadas rádios livres, o programa «Além do Véu».

Júlia sempre gostou de estar nos bastidores e os jovens organizavam, trabalhavam e executavam.

Mulher dinâmica, notava-se a distância o seu espírito ativo e determinado, sabendo o que queria, orientando sem forçar, deixando posteriormente os “louros” para quem executava, refugiando-se na retaguarda dos aplausos.

Foi no 5º ENJE que conheci D. Júlia, que me ajudou a dar os primeiros passos no movimento espírita português, quando aí participei pela 1ª vez num encontro nacional de jovens espíritas. Via-se nela a alegria de toda aquela azáfama, típica dos jovens, a que ela assistia, apoiava discretamente e a quem empurrava para a frente, notando-se a satisfação do dever cumprido.

Sempre disponível, crítica mas tolerante, foi uma espírita muito ativa que teve sempre o cuidado de não se fazer notada.

Por tudo aquilo que me ensinou, quer falando, quer agindo, por todo o apoio que me deu (bem como a outros jovens e adultos de então), pelos seus ensinamentos pacientes na irreverência da minha juventude, eu digo: muito obrigado, D. Júlia, que possa estar em paz e feliz no mundo espiritual.

 

 

 


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