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Crônicas e Artigos

Ano 7 - N° 351 - 23 de Fevereiro de 2014

ROGÉRIO COELHO
rcoelho47@yahoo.com.br
Muriaé, MG (Brasil)

 
 
 

A indissolubilidade do casamento

 Muitos são os fatores que conspiram contra uma união feliz

"Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem."  - Jesus (Mt., 19:6)


Ao contrário de algumas correntes religiosas, o Espiritismo não condena o divórcio: admite-o, quando a situação o requer, vez que
[1] "é mais humano, caridoso e moral, restituir a liberdade a dois seres que não podem viver juntos do que encadeá-los em uniões sufocantes, angustiosas, beligerantes e irregulares..."

Poder-se-ia, porém, contra-argumentar: estaria sendo o Espiritismo coerente com Jesus ao admitir o divórcio, enquanto Ele disse para não separar o homem o que Deus ajuntou? Não, não há incoerência... Eis o que explica o Mestre Lionês[2]: "(...) essas palavras de Jesus se devem entender com referência à união segundo a lei imutável de Deus e não segundo a lei mutável dos homens. (...) Nem a lei civil, porém, nem os compromissos que ela faz se contraiam podem suprir a Lei do Amor, se esta não preside à união, resultando, frequentemente, separarem-se por si mesmos os que à força se uniram. (...) Imutável, só o que vem de Deus. Tudo o que é obra dos homens está sujeito a mudança”.

Ao final do ano em que a O.N.U. consagrou como o Ano da Família, paradoxalmente segundo as estatísticas foi o ano em que se separaram mais casais do que o número de casamentos no mesmo período. A que se deve isto? Jesus ao Seu tempo já diagnosticou[3]: "por causa da dureza de vossos corações”.

Os Espíritos Amigos não medem esforços para ensinar às desorientadas quão precipitadas criaturas terrestres os caminhos da harmonia, da paz e da redenção...      

Aprendemos, por exemplo, com Emmanuel[4]: “(...) se edificaste um lar, sublima-o para as bênçãos de amor e luz, ainda mesmo que isso te custe aflição e sacrifício”.

Joanna de Ângelis, a nobre mentora de Divaldo Franco, alerta-nos para os sinais de alarme que podem informar a situação de dificuldade antes de agravar a união conjugal[5]: silêncios injustificáveis quando os esposos estão juntos; tédio inexplicável ante a presença do companheiro ou da companheira; ira disfarçada quando o consorte ou a consorte emite uma opinião; saturação dos temas habituais, versados em casa, fugindo para intérminas leituras de jornais ou inacabáveis novelas de televisão; irritabilidade contumaz sempre que se avizinha do lar; desinteresse pelos problemas do outro; falta de intercâmbio de opiniões; atritos contínuos que ateiam fagulhas de irascibilidade, capazes de provocar incêndios em forma de agressão desta ou daquela maneira... e muito mais”.

Vemos, assim, que são muitos os fatores que conspiram contra a união feliz (e não abordamos aqui os de ordem espiritual onde se espraiam as influências danosas de inimigos do casal domiciliados no Mundo Maior).  Portanto, urge que, antes de se tornarem superlativas as dificuldades, inviabilizando o casamento, e os espinhos da incompreensão, da intolerância e da precipitação produzirem feridas mortais à união, justo é assumir atitudes de lealdade, fazendo um exame das ocorrências, tomando-se as providências cabíveis para sanar os males em pauta.

A Benfeitora Amiga informa que a solução não é partir para "nova busca", mas de redescobrimento do que já possui.

Nesse passo, o Espiritismo alteia-se mediante o seu programa de ideal cristão, transformando-se em senda redentora para os desajustados e ponte de união para os cônjuges, em árduas lutas, mas que não encontraram a paz.

A oração semanal em família, permitindo a visita de Jesus no ninho doméstico, é fator expressivo de sustentação e higienização psíquica do lar, e, por isso mesmo não pode ser descurado.

Pela psicografia do médium fluminense Raul Teixeira, Thereza de Brito leciona com sabedoria e autoridade de quem viveu a experiência[6]: "(...) Ninguém seria tolo a ponto de descrer das problemáticas portas adentro do seu refúgio doméstico. Entretanto, pensem que a separação não deverá ser a primeira opção na pauta das soluções dos seus dramas conjugais.

A consciência do dever cumprido, porém, e a certeza de que tudo foi tentado em nome do bom senso e da grandeza moral, para a mantença do ninho doméstico, permitirão a uma parte ou outra o desatamento dos vínculos sociais do consórcio matrimonial (quando a separação é o recurso final), muito embora não se possa garantir o desatamento dos vínculos espirituais que estejam nas bases do processo conjugal”.

Isso, naturalmente, irá determinar uma transferência de situações pouco confortáveis e muitas vezes aflitivas para as próximas reencarnações.

Em todo e qualquer caso, no entanto, (separando-se ou sustentando o casamento), há que se entregar ao Pai Celestial, e fazer um balanço das dificuldades deixadas na retaguarda e das benditas possibilidades entrevistas à frente.

Segundo a Mentora Amiga, em permanecendo no campo das lutas redentoras, há que se “trabalhar com discernimento, beneficiando-se com o devotamento ao bem, seu e de todos, conseguindo, com o passar do tempo, a conquista da paz no lar, por meio dos perseverantes e nobres exercícios que, se lhe custarão disciplina e atenção permanentes, propiciar-lhe-ão alegria e renovação imorredouras a acompanharem seus passos no rumo de Deus, para a plenitude da sua legítima paz com a qual você honrará as bênçãos familiares, nas quais se encontra vinculado”. 

 

[1] - KARDEC, Allan. O Evangelho seg. o Espiritismo. 129. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2009, cap. XXII, itens 1 a 5.

[2] - Idem, ibidem, cap. XXII, item 3.

[3] - Mateus, 19:8.

[4] - XAVIER, F. Cândido. Fonte Viva. 10. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 1982, cap. 115.

[5] - FRANCO, Divaldo Pereira. SOS família. 4. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 1984, p. 31-32.

[6] - TEIXEIRA, Raul. Vereda Familiar. 5. ed. Niterói: FRÁTER, 1994, cap. 8.

 
 

 


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