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O Espiritismo responde
Ano 7 - N° 351 - 23 de Fevereiro de 2014
ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 
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ESPIRITISMO SÉCULO XXI
 


 
Em carta publicada nesta mesma edição, o confrade Fausto Fabiano diz-nos o seguinte:

No livro Nosso Lar, capítulo Amor, Alimento da Almas, há uma passagem onde está escrito: "não podemos prescindir dos concentrados fluídicos, tendo em vista os serviços pesados que as circunstâncias impõem. Despendemos grande quantidade de energias. É necessário renovar provisões de força". No entanto no Livro dos Espíritos, questão 254, encontramos: “E a fadiga, a necessidade de repouso, experimentam-nas? – Não podem sentir a fadiga, como a entendeis; conseguintemente, não precisam de descanso corporal, como vós, pois que não possuem órgãos cujas forças devam ser reparadas. O Espírito, entretanto, repousa, no sentido de não estar em constante atividade. Ele não atua materialmente. Sua ação é toda intelectual e inteiramente moral o seu repouso. Quer isto dizer que momentos há em que o seu pensamento deixa de ser tão ativo quanto de ordinário e não se fixa em qualquer objeto determinado. É um verdadeiro repouso, mas de nenhum modo comparável ao do corpo. A espécie de fadiga que os Espíritos são suscetíveis de sentir guarda relação com a inferioridade deles. Quanto mais elevados sejam, tanto menos precisarão de repousar."
Alguns espíritas contrários às obras de André Luiz se utilizam desta questão do Livro dos Espíritos para afirmar que André Luiz se contradiz com a Doutrina Espírita pois se os Espíritos não sentem fadiga, não precisariam de alimentos espirituais para repor alguma coisa. O que os senhores têm a dizer a respeito?

Antes de examinar o que dizem outros autores a respeito do assunto, chamamos a atenção do leitor para as palavras sublinhadas neste trecho por ele indicado: “A espécie de fadiga que os Espíritos são suscetíveis de sentir guarda relação com a inferioridade deles. Quanto mais elevados sejam, tanto menos precisarão de repousar".

A principal obra do Espiritismo, mencionada pelo leitor, não nega, pois, mas sim ressalta a existência de relação entre fadiga (e a consequente necessidade de repouso) e a inferioridade dos Espíritos. Ora, se é dito que menos precisarão de repousar quando mais elevados, é evidente que os menos elevados podem necessitar de repouso.

É exatamente isso que se ensina na obra de André Luiz e, igualmente, na obra A Crise da Morte, de Ernesto Bozzano.

Ademais, como já lembramos anteriormente neste mesmo espaço, as questões tratadas em O Livro dos Espíritos apresentam, de ordinário, regras gerais, aplicáveis à generalidade dos casos, sem a especificação que alguns Espíritos trouxeram posteriormente à codificação.

Não custa também lembrar que a doutrina espírita é fruto dos ensinamentos e das informações que os Espíritos nos trouxeram e nos trazem, e não somente uma elaboração humana fundamentada somente naquilo que nós, encarnados, imaginamos.

As questiúnculas que algumas pessoas buscam nas obras de André Luiz e Emmanuel, com o objetivo de as colocar contra a obra kardequiana, não resistem a uma análise e demonstram, em verdade, seu desconhecimento do conjunto integral da doutrina espírita.

Eis uma síntese, a propósito da alimentação no plano espiritual, dos ensinamentos contidos na obra Evolução em Dois Mundos, de autoria de André Luiz:

Desde a experiência carnal, o homem se alimenta muito mais pela respiração, colhendo o alimento de volume simplesmente como recurso complementar de fornecimento plástico e energético, para o setor das calorias necessárias à massa corpórea e à distribuição dos potenciais de força nos variados departamentos orgânicos. Abandonado o envoltório físico na desencarnação, se o psicossoma está profundamente arraigado às sensações terrestres, sobrevém ao Espírito a necessidade inquietante de prosseguir atrelado ao mundo biológico que lhe é familiar, e, quando não a supera ao preço do próprio esforço, no autorreajustamento, provoca os fenômenos da simbiose psíquica, que o levam a conviver, temporariamente, no halo vital daqueles encarnados com os quais se afine, quando não promove a obsessão espetacular.
Na maioria das vezes, os desencarnados em crise dessa ordem são conduzidos pelos agentes da Bondade Divina aos centros de reeducação do Plano Espiritual, onde encontram alimentação semelhante à da Terra, porém fluídica, recebendo-a em porções adequadas até que se adaptem aos sistemas de sustentação da Esfera Superior, em cujos círculos a tomada de substância é tanto menor e tanto mais leve quanto maior se evidencie o enobrecimento da alma, porquanto, pela difusão cutânea, o corpo espiritual, através de sua extrema porosidade, nutre-se de produtos sutilizados ou sínteses quimioeletromagnéticas, hauridas no reservatório da Natureza e no intercâmbio de raios vitalizantes e reconstituintes do amor com que os seres se sustentam entre si.
Essa alimentação psíquica, por intermédio das projeções magnéticas trocadas entre aqueles que se amam, é muito mais importante que o nutricionista do mundo possa imaginar, de vez que, por ela, se origina a ideal euforia orgânica e mental da personalidade. Daí porque toda criatura tem necessidade de amar e receber amor para que se lhe mantenha o equilíbrio geral.
De qualquer modo, o corpo espiritual, com alguma provisão de substância específica, ou sem ela, quando já consiga valer-se apenas da difusão cutânea para refazer seus potenciais energéticos, conta com os processos da assimilação e da desassimilação dos recursos que lhe são peculiares, não prescindindo do trabalho de exsudação dos resíduos, pela epiderme ou pelos emunctórios normais. Compreende-se, porém, que pela harmonia de nível, nas operações nutritivas, e pela essencialidade dos elementos absorvidos, não existem para o veículo psicossomático determinados excessos e inconveniências dos sólidos e líquidos da excreta comum.(Evolução em dois Mundos, 2a  Parte, cap. I, pp. 168 a 170.)
(Os grifos são nossos.)

As informações de André Luiz são em tudo semelhantes ao que Ernesto Bozzano coletou em suas investigações, baseadas em mensagens trazidas pelos Espíritos por intermédio de um número grande de médiuns. Eis um resumo do que Bozzano escreveu a propósito do assunto:

Citando o livro Raymond, escrito pelo professor Oliver Lodge, Bozzano lembra que os Espíritos recém-desencarnados não encontram no meio espiritual a mesma satisfação de antes, nos hábitos voluptuosos adquiridos no mundo dos vivos, e até os perdem. Todavia, quando chegam ao mundo espiritual, influenciados pelas tendências que os dominavam na Terra, há os que pedem de comer e outros que querem um gole de uísque. Existe, porém, um meio de contentá-los, fornecendo-se-lhes qualquer coisa que se assemelhe ao que reclamam. Desde, porém, que hajam saboreado uma ou duas vezes a coisa desejada, não mais sentem dela necessidade e a esquecem. (A Crise da Morte, p. 78)

Foi uma grande dor que, de súbito, atingiu a existência ditosa da Sra. Dawson Scott: seu marido, doutor em Medicina, voltara da guerra em estado de esgotamento nervoso, agravado pelo fato de haver na sua família uma forma hereditária de hipocondria. Certo dia, no meio de uma dessas crises, o dr. Scott se suicidou e, em consequência disso, sua esposa passou a interessar-se pelas experiências mediúnicas realizadas pelas irmãs Shafto. Eis os detalhes colhidos na mensagem do esposo suicida: a) a informação de que o aspecto das coisas que o cercavam havia mudado: tudo era diferente e os objetos tinham uma aparência evanescente, além de serem penetráveis; b) o comunicante transportava-se no meio espiritual sem caminhar; c) as coisas de que o Espírito necessitava podiam ser criadas pela força do seu pensamento: ao pensar na roupa que trajava, ele se via vestido daquele modo, tendo até no bolso os objetos costumeiros; d) ele se transportava com rapidez no meio espiritual: ao pensar em determinado lugar, no mesmo instante ali se encontrava; e) o reavivamento progressivo, no meio espiritual, das faculdades espirituais.
O Espírito do dr. Scott explicou ainda, em sua comunicação, que o seu alimento era espiritual: “A causa principal de tantos crimes no mundo dos vivos – isto é, a necessidade que cada um tem de alimentar-se – não existe aqui. Ou, com maior exatidão, não temos mais necessidade de alimentar-nos, no sentido preciso do termo, se bem que aqueles dentre nós, que ainda queiram satisfazer ao prazer de se alimentarem, possam proporcionar a si mesmo a sensação de que o fazem...” (A Crise da Morte, pp. 99 a 103.)
(Os grifos são nossos.)



 


 
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