WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Joias da poesia contemporânea
Ano 7 - N° 351 - 23 de Fevereiro de 2014

 
 
 

Ponto de vista 

Cornélio Pires

 

Recebi o seu pedido,

Prezado amigo Antenor,

Você deseja saber

O que pensamos do amor.

Falarei do amor terrestre,

Não daquele que conduz

Nossa vida e pensamento

Para a união com Jesus.

É verdade que não tenho

Direito algum que me assista;

Por isso, exponho a você

Meu simples ponto de vista.

 

Conforme acredito hoje,

Nos pobres estudos meus,

O amor na totalidade

É a natureza de Deus.

No entanto, pelo que vejo,

Quanto ao que sinto e ao que faço,

O amor é Deus em nós todos...

Cada qual tem um pedaço.

De tudo, porém, que amamos,

Até quanto conhecemos,

Quanto menos possessão

Maior a porção que temos.

 

O amor, quando chega, alcança

Nossa vida rotineira,

Parecendo o orvalho à noite,

Quando cai na laranjeira.

Mas é preciso cuidado

Por dentro do coração.

Toda afeição caprichosa

Traz grande perturbação.

Quando a pessoa faz isso,

Lá se vai a luz do bem:

Carinho vira paixão

Que não dá paz a ninguém.

 

Olhe a história de Quinota:

Dizia adorar Lineu,

Porque o moço quis a prima,

A coitada enlouqueceu.

Delfim perseguindo Joana

Que, de fato, o não queria,

Atirou sobre o pai dela

E acertou Dona Maria.

Joaquim namorava Zélia;

A paixão nele era fogo...

Quando viu Zélia doente,

Colou-se à Tina Diogo.

Antônia clamava sempre

Que amava Zeca Vilaça,

Mas Zeca perdeu as pernas

E Antônia sumiu da praça.

Recorde o que sucedeu

Com Camilo Felisberto,

Desprezado por Joaquina,

Matou-se com tiro certo.

 

O amor, na Terra, em verdade,

Pode ter grande aconchego,

Mas para viver em paz

Não deve ter muito apego.

O amor, enfim, vem de Deus,

Mas se em nós vira paixão,

Parece cousa de louco

Ou trama de obsessão. 

 

Do cap. 3 do livro Diálogo dos Vivos, obra de autoria de Francisco Cândido Xavier, J. Herculano Pires e Espíritos diversos.
 



 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita