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Entrevista Espanhol Inglês    
Ano 7 - N° 351 - 23 de Fevereiro de 2014
GUARACI DE LIMA SILVEIRA
glimasil@hotmail.com
Juiz de Fora, MG (Brasil)
 

 
Jorge Reis: 

“Uma boa mensagem inserida na música torna-se um tratamento salutar tanto quanto um passe ou
uma oração”

Divulgador da doutrina espírita por meio da música, do rádio e da TV, o conhecido confrade fala sobre o trabalho que vem realizando em São José dos Campos
 

Jorge Augusto Gonçalves dos Reis (foto) nasceu na cidade de Patamuté, sertão da Bahia, em 1960, mas vive em São José dos Campos-SP, aonde chegou ainda criança. Em início da década de 1980 teve seus primeiros contatos com a Doutrina Espírita, integrando-se ao movimento espírita em 1995.


Músico, radialista e escritor, é diretor de Casas Espíritas em São José dos Campos, como a AME - Associação Maternal Espírita, um Centro Espírita que mantém uma obra social com mais de 170 crianças em regime de creche e atendimento socioeducativo. Autor dos livros “Entre o Coração e a Razão, temas para reflexões”, “Minutos de reflexão” e “Músicas Espirituais, como acontecem”, já lançou 7 CDs.


Jorge participa também do Grupo Musical Castelã, criado em 1998, e apresenta o programa de rádio Vivência Espírita e o programa de TV Visão Espírita, assuntos sobre os quais fala na presente entrevista.

Sabemos que exerce várias atividades dentro do Movimento Espírita. Vamos começar perguntando sobre o programa radiofônico “Vivência Espírita”. Como é ele? 

Eu e o amigo Rui Barbosa tivemos a ideia de fazer um programa de rádio na cidade de São José dos Campos, porque percebíamos que, embora o movimento espírita na cidade fosse antigo, não existia ali nenhum meio de divulgação espírita em massa. Começamos em janeiro de 2004 na Rádio Bandeirantes e hoje estamos na 90.7 FM, rádio CONECTCAR- SP/RIO. O formato do programa é o seguinte: temos sempre um convidado que vai abordar um tema no dia, os ouvintes participam por telefone e pela internet, fazendo perguntas. Passamos também mensagens edificantes, tocamos músicas, damos sempre dois livros de presente aos ouvintes e divulgamos os eventos que estão ocorrendo na região. O programa vai ao ar aos domingos das 8 às 10h da manhã e pode ser ouvido também nos sites: www.saopauloriofm.com.br, www.radioespirita.net e www.vivenciaespirita.com.br/. Quanto ao programa de TV, ele começou em 2010 por iniciativa do casal amigo Nelson e Rosana Borges e nele atuo como apresentador e entrevistador. O programa vai ao ar aos domingos das 10h30 às 11h30 da manhã pelo Canal da NET regional e é repetido durante os dias da semana em horários diferenciados. 

Qual o público que ouve o programa radiofônico?  

O público que ouve o programa é variado, mas temos dados que comprovam que os ouvintes espíritas estão em torno de 40% apenas, ou seja, a maior parte é formada de ouvintes que professam outras religiões. Quanto ao retorno, costumamos medi-lo pela quantidade de telefonemas que são uma média de 60 ligações telefônicas sem contar com os que participam pelo facebook, que são a grande maioria. Quando estávamos na Rádio Bandeirantes, o IBOPE mediu a audiência, com resultado de mais de 8.000 ouvintes por minuto. 

O programa já existe há 10 anos. O que o estimula a estar todos os domingos “ao vivo” das 8 às 10 da manhã na rádio, quando poderia estar descansando em casa após uma semana de trabalho? 

A partir do momento que passamos a estudar a Doutrina Espírita, a necessidade de sua divulgação torna-se um objetivo. Não podemos enterrar este tesouro só para nós. As repostas que recebemos dos ouvintes são as mais estimulantes para quem deseja fazer o bem através da divulgação. Além do mais, penso que temos que libertar o Espiritismo que, guardadas as devidas proporções, ainda se encontra preso nas quatro paredes dos Centros Espíritas. Algum tempo atrás tive um exemplo disso que penso: Um amigo de trabalho me contou que todos os dias antes de ir trabalhar passa em uma padaria para tomar café. Ele disse que estava tomando seu café e ao seu lado estavam duas mulheres conversando, quando uma disse para a amiga que estava feliz em vê-la bem, já que da última vez em que tinham se encontrado ela estava muito depressiva. A amiga respondeu que realmente estava muito feliz, disse que tinha procurado ajuda para sua depressão, no entanto o que realmente a levantou foi um programa de rádio chamado Vivência Espírita. Meu amigo ficou tão feliz com o que escutou e até se meteu na conversa dizendo-lhes que quem fazia o programa era um amigo dele.

Este é apenas um dos casos entre muitos que nos estimulam a estar todos os domingos cedinho na rádio. Quando estamos felizes com o que fazemos, nunca nos sentimos cansados. 

Fale-nos sobre o Grupo Castelã, sua fundação e atividades. 

O Grupo foi criado em 1998 por mim e meus amigos Evaldo Batista e Luiz Carlos. O nome é uma homenagem ao Grupo Castela, que atua sob a égide de Maria em regiões mais densas do plano espiritual. Nosso principal objetivo é levar o Evangelho de Jesus por intermédio da música. Nós nos apresentamos em eventos espíritas, casas de repouso, hospitais e onde quer que estejam dispostos a ouvir mensagens relacionadas à Doutrina Espírita e a Jesus. Nas apresentações cantamos músicas do grupo e também músicas de sucesso que tragam mensagens edificantes. Por exemplo: quando vamos cantar em casas de repouso, além das nossas músicas, cantamos também muitas músicas antigas, sertanejas, boleros etc. Atualmente estamos em 16 componentes de vários segmentos profissionais: professores, advogados, donas de casa, diaristas, aposentados, industriários, empresários etc. 

Como é o formato da apresentação do “Evangelho Musical”? 

O “Evangelho Musical” é um trabalho específico dentro do Grupo Castelã que, devido ao número grande de participantes, tem dificuldade de ir a muitos locais com intensidade. Geralmente no Evangelho Musical vamos eu e o Luiz Carlos, e desenvolvemos um tema, como “Jesus, o Guia da Humanidade”; aí vou fazendo a palestra sobre o tema e vamos tocando várias músicas alusivas ao momento. Temos vários temas, entre eles: O Espiritismo Expresso através de música, Amar a Deus, ao Próximo e a nós mesmos, O Sermão do Monte, Chico Xavier – um homem chamado amor, Bezerra de Menezes – O médico dos Pobres, Muitos serão os chamados – serei um escolhido? E muitos outros.

É possível levar o Grupo para apresentações em outras cidades? 

Temos certa dificuldade para irmos a outros municípios por termos um número elevado de componentes e precisamos ir de ônibus. Contudo, já cantamos em Uberaba-MG, Santos-SP, no Sul de Minas e em várias cidades do Interior de São Paulo. Sabemos que as viagens ficam caras e as instituições que nos convidam têm dificuldade para bancar as despesas. Mas na maioria das vezes conseguimos dividir as despesas e a venda dos CDs tem dado para cobrir os custos. O importante é programarmos com antecedência, que sempre dará certo. 

Como é para o grupo enternecer corações com as melodias que interpretam? 

Quem lida com música sabe da dificuldade que enfrentamos para fazer bons ensaios, levar o pessoal para o estúdio de gravação, viajar e ainda, na maioria das vezes, ser colocado em segundo plano nas apresentações, pois a maioria das apresentações musicais é feita para divertir o público nas palestras e eventos espíritas. No entanto, a cada apresentação, quando as pessoas vêm nos relatar a importância da música para elas e a emoção que levamos em cada apresentação, sentimo-nos renovados e prontos para encarar essa tarefa que nos foi confiada pela espiritualidade, que é a de levar ao público ensinamentos por meio da música. 

Em sua opinião o que mais falta ao Movimento Espírita da atualidade? 

Falta mais união, sem uniformização. Falta alteridade, precisamos ser unidos sem querer que esse ou aquele movimento, essa ou aquela Casa Espírita faça exatamente o que estamos fazendo no Movimento ou na Casa em que participamos. O que devemos fazer está escrito nas obras básicas e nas auxiliares, sem esquecermos que a Doutrina foi codificada e iniciada por Kardec e não se encerrou com ele. A cada dia surgem novos Espíritos encarnados e desencarnados que têm o direito de propor novos ensinamentos para nossa Doutrina, e isso, desde que respeitem seus princípios básicos, é perfeitamente lícito. Que tenhamos liberdade para conhecer novos conceitos e principalmente discernimento para, dentro da razão, aceitá-los ou não.

Há uma receita para a paz e a união entre todos? 

A receita já nos foi dada pelo Mestre Jesus e os Espíritos Superiores confirmaram que Ele é o Guia e Modelo para o espírita. Portanto, penso que o que falta é pegar a teoria que está na ponta da língua de muitos de nós, espíritas, e colocá-la em prática de forma plena. 

Como a música pode contribuir? 

A música pode contribuir muito, pois através da melodia conseguimos tocar mais o sentimento das pessoas, conseguimos desarmá-las, conseguimos com que reflitam sobre certos pontos e circunstâncias da vida. Ou seja, uma boa mensagem inserida na música torna-se um tratamento salutar tanto quanto um passe ou uma oração. 

Em sua opinião, a música espírita tem buscado se adaptar aos conteúdos espíritas ou os músicos espíritas preferem ritmos e rimas que alegram plateias em apresentações de puro entretenimento? 

As duas coisas. No entanto, não considero música espírita aquela que se faz com intuito de entreter. Nós vemos muito isso por aí. Ou seja, faz-se um evento e convidam-se grupos ou cantores para entreter as pessoas nos intervalos das palestras. Eu penso que se nos propusermos a fazer músicas espíritas ou espiritualistas, temos que encarar isso como mais um trabalho tão importante como qualquer outro para divulgação da Doutrina Espírita. Quando somos convidados para qualquer evento deixo sempre claro que nosso objetivo é levar a mensagem espírita e o Evangelho através da Música. 

Você fez uma citação no seu CD de um trecho do prefácio de O Evangelho segundo o Espiritismo: “... Tomai da lira, fazei uníssonas vossas vozes...”. Que sentimento o levou a tal?  

Esta linda frase do Espírito Verdade encontrada como prefácio d´O Evangelho segundo o Espiritismo nos convoca a nos unirmos para divulgação e aplicação da Boa Nova e eu me servi dela para que usemos também a música como instrumento facilitador no entendimento dos ensinamentos do Mestre Jesus para essa divulgação. Cantar é mais fácil do que falar. Se a música tocar as pessoas, estas levarão a mensagem a muitos outros através de seu canto. 

Sente-se capaz de participar de forma aguerrida para o grande projeto de consolidação da música elevada que se estabelecerá neste terceiro milênio? 

Sinto-me preparado para aprender e, se puder me inserir na consolidação da música elevada, me dedicarei ao máximo. No entanto, nos dias de hoje tenho ciência de que ainda estou muito distante disso, pois mesmo os mais profundos conhecedores de música que já passaram pela Terra não conseguem nos definir com clareza a grandeza das músicas excelsas. 

Que dizer ao jovem espírita que gosta de curtir outras variações musicais que não essas que vocês interpretam? 

Tenho certeza de que música é vibração, portanto estimula tanto nosso corpo como a mente e os sentimentos. Penso que todos os ritmos são importantes, ou seja, é uma questão de gosto. Contudo, a mensagem que o ritmo vem trazendo é que vai definir a qual energia estamos vinculados. O espírita, sendo jovem ou maduro, deve estar sempre atento a isto. 

É bom sair por aí, cantando e falando sobre o Espiritismo... Complemente esta frase com as letras do seu coração.  

Só de ler esta frase eu fico emocionado. Imagine um menino de família simples que saiu pequenino do Sertão Nordestino e um dia, depois de muitos anos, volta a sua Terra Natal, para falar e cantar mensagens de nossa Doutrina, sendo respeitado por todos, sendo levado para programas de rádio para esclarecer um pouquinho mais as pessoas que nunca ouviram falar de Espiritismo. A emoção é grande. Não fico orgulhoso, mas fico muito feliz, e não me canso de agradecer a Deus e ao Mestre Jesus, por me haver dado a oportunidade de conhecer a Boa Nova dos Espíritos Superiores e nascer com a tarefa de poder falar e cantar para todos que se dispuserem a ouvir. 

Por favor, deixe-nos suas palavras finais. 

Agradeço a vocês por me darem a oportunidade de divulgar o nosso trabalho em prol da Doutrina Espírita, que estou consciente de que ainda é muito pouco diante do tudo que já recebi justamente por tê-la conhecido.



 


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