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Crônicas e Artigos

Ano 7 - N° 349 - 9 de Fevereiro de 2014

ROGÉRIO COELHO
rcoelho47@yahoo.com.br
Muriaé, MG (Brasil)

 
 
 

Vença a si mesmo

Não consideremos o labor do aprimoramento moral como
algo extraordinário, porquanto para isso é que
nos encontramos reencarnados

 “(...) Na ordem dos sentimentos, o dever é muito difícil de cumprir-se...  Não têm testemunhas suas vitórias.” - Lázaro[1]

 
O grande desafio dos tempos hodiernos é o homem vencer-se a si mesmo, pois, encurralado por soez hedonismo e sufocante materialismo, distancia-se, dia a dia de sua identidade cósmica. Assim, sequestrado pelo imediatismo, não consegue vislumbrar os painéis do infinito espiritual que o aguarda.

Torna-se quase incompreensível – para muitos – a conclamação de Jesus[2]: “Sede perfeitos como perfeito é o Pai Celestial”.

Segundo Lázaro1, “temos que refletir as virtudes do Eterno, que não aceita esboços imperfeitos, porque quer que a beleza da Sua Obra resplandeça aos olhos de cada criatura” emancipada.

A arena das lutas humanas está doravante localizada nas mais íntimas anfractuosidades da alma. A conquista das virtudes (tesouros do Céu), eis a meta assinalada para todos nós! Mas como lograr tal desiderato ante tantas circunstâncias adversas, em especial perante nossas próprias limitações?!

“Eu venci o mundo”, proclamou Jesus[3].  E sendo Ele o nosso Modelo e Guia mais perfeito[4], urge também que obtenhamos a vitória do Espírito sobre as iniquidades mundanas em que pesem as sabotagens da matéria.

Em página enriquecedora e de peregrina beleza, Joanna de Ângelis[5], através da psicografia de Divaldo Franco, vem nos auxiliar no âmbito da autossuperação abordando a magna questão das lutas íntimas: “(...) Ninguém tomará conhecimento desse esforço hercúleo que desenvolves em favor da felicidade real, pois as pessoas estão acostumadas às exte­riorizações, às fugas psicológicas, às conquistas de ocasião, que as projetam no mundo econômi­co, social, político, artístico, responsáveis pela exaltação do ego.

Há uma corrida desenfreada na busca do sucesso externo, sem que se dê importância à autorrealização, aos componentes da harmonia pessoal, à vitória sobre as paixões desenfreadas e perturbadoras... Todo o interesse social está cen­trado na imagem, na aparência que chama a aten­ção, que desperta inveja e comentários, mesmo quando se está jugulado aos conflitos íntimos di­fíceis e à tremenda solidão no meio da balbúrdia e do aplauso vazio. Para anular essa situação, foge-se para a embriaguez dos sentidos, para o álcool, o fumo desordenado, as drogas aditivas, o sexo desenfreado...

As convenções sociais deficientes estabeleceram que todas as realizações que dão respostas imediatas e produzem prazer devem ser as metas a serem conquistadas.  Essa proposta falsa nas suas bases transforma o ser humano em um feixe exclusivo de sensações, que devem ser supridas ininterruptamente, embora a fragilidade do vaso orgânico e as suas complicadas tecelagens emocionais, susceptíveis de conflitos e desarranjos frequentes...

As tuas são lutas íntimas que deves travar em si­lêncio, sem qualquer alarde, porque te concederão a medi­da exata de quem és e do que podes fazer em benefício próprio. Trata-se de um grande esforço, para o qual não conseguirás aplauso nem contribuição exterior. É uma batalha sem quartel que todos são convocados a atender, queiram ou não.

Sempre chega o dia, no qual, mesmo os mais resis­tentes são conduzidos às reflexões, ao amadurecimento mental, à meditação.

Realiza a tua luta íntima constantemente, analisan­do as tuas dificuldades, deficiências e limites após relacio­ná-los por escrito ou na memória, de forma que possas diluí-los suavemente, com tranquilidade, superando cada um, à medida que te libertes do anterior.  Isso demandará um esforço gigante, porém, rico de gra­tificação. Toda ascensão cobra o tributo do sacrifício, para brindar com as paisagens emolduradas de beleza, inabitu­ais e fascinantes.

O país íntimo em que tu, como Espírito, te domici­lias - esse corpo transitório - alberga as marcas das exis­tências passadas, nem sempre saudáveis, que hoje ressur­gem desafiadoras na condição de problemas graves que podem conduzir a abismos inesperados. Somente adentrando-te nele, passo a passo, como o conquistador que penetrando uma região desconhecida e se deslumbra à medida em que a vence, é que poderás libertar-te das aflições, superando as paixões dissolventes e anestesiantes.

Não te detenhas em postergações, acreditando, por mecanismo de fuga, que realizarás amanhã ou depois, o que poderias iniciar agora. Esse amanhã é um engodo psi­cológico para impedir-te a libertação... Começa, portanto, das perturbações mais simples e cresce em coragem para prosseguir sem desfalecimento. Cada vitória sobre ti mesmo, por menor que se apresente, representa uma conquista, que abrirá lugar para novas e oportunas vitórias.   Desse modo, luta e luta, discretamente, aprimoran­do-te, superando-te, com a alegria de quem está conquis­tando o Universo, cosmo grandioso que és.  Nesse tentame não te faltarão apoio nem ajuda dos teus Amigos Espirituais interessados na tua evolução. Lembra-te que os legítimos conquistadores da Humanidade ven­ceram-se primeiro a si mesmos, discernindo a respeito da­quilo que desejavam e de como fazê-lo, a fim de adquirir resistência para as façanhas a que se entregariam. Ter­minado esse difícil estágio, partiram para etapas mais can­sativas, mas, no entanto, fadadas à vitória.

As grandes lutas sempre são travadas no campo da consciência, onde se homiziam os maus pensamentos e pendores, mas também no qual se hospedam os sentimentos de nobreza e de enriquecimento da Humanidade.

Nunca te canses de aprimorar-te, nem consideres esse labor como sendo extraordinário, porquanto para isso é que te encontras reencarnado”.

 

[1] - KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. 121. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2003. cap. XVII, item 7.

[2] - Mateus, 5:48.

[3] - João, 16:33.

[4] - KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 83. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2002, q. 625.

[5] - FRANCO, Divaldo. Sendas Luminosas. Votuporanga: DIDIER, 1998, p.p. 83-85



 

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita