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O Espiritismo responde
Ano 7 - N° 347 - 26 de Janeiro de 2014
ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 
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ESPIRITISMO SÉCULO XXI
 


 
Em carta publicada nesta mesma edição, a leitora Luciana, de Maracanaú-CE, diz-nos o seguinte:

“Sou espírita desde os 12 anos e escolhi a Doutrina sobretudo pelo aspecto racional, pela ausência de ritos e também por não declarar-se a única forma de salvação, tão defendida por outras crenças. No entanto, estou meio confusa. Li um texto de uma evangélica onde esta ataca o Espiritismo com base em nosso desrespeito e descrença pela Bíblia (esse tema não me incomodou, visto que compreendo perfeitamente a forma como o Espiritismo encara o Livro) e ainda pelo fato de Kardec ter afirmado no livro Obras Póstumas que Espiritismo é a única religião verdadeira. Bom, isso me incomodou. Fui procurar em Obras Póstumas a declaração que ela citou, crendo firmemente que se tratava de que ela estava apenas interpretando equivocadamente uma declaração de Kardec. No entanto, acabo encontrando esse texto, de orientação dos espíritos sobre a missão de Kardec: ‘Aproxima-se a hora em que, à face do céu e da Terra, terás de proclamar que o Espiritismo é a única tradição verdadeiramente cristã e a única instituição verdadeiramente divina e humana’. Confesso que isso me afetou sobremaneira, pois jamais enxerguei o Espiritismo assim. Sempre o vi como uma excelente orientação, uma convicção sólida, mas jamais como o único caminho. Isso, aliás, sempre rejeitei em outras religiões. Peço que me ajudem a esclarecer esse ponto, pois de fato, ele mexeu comigo.”

A mensagem citada pela leitora, constante de Obras Póstumas, foi recebida em Ségur, no dia 9 de agosto de 1863, mas não foi publicada por Kardec.

Só tivemos conhecimento do seu teor em 1890, quando, 21 anos depois da desencarnação do Codificador do Espiritismo, ela veio a lume, como parte integrante do livro Obras Póstumas, que é, como sabemos, uma coleção de textos e apontamentos encontrados entre os papéis deixados por Kardec e reunidos em forma de livro.

Por que Kardec jamais a publicou em vida?

A resposta é simples: a ideia contida na mensagem é estranha ao pensamento do Codificador e à própria doutrina espírita.

“O Espiritismo – disse Kardec, dois anos depois da suposta mensagem – está longe de haver dito a última palavra, quanto às suas consequências, mas é inamolgável em sua base, porque esta base está assentada nos fatos”. (Revista Espírita de 1865, pág. 41.)

Além disso, a superioridade dos ensinamentos do Cristo, com relação à própria doutrina espírita, foi sempre destacada por Kardec, como podemos comprovar nas passagens seguintes:

"A moral dos Espíritos superiores se resume, como a do Cristo, nesta máxima evangélica: Fazer aos outros o que quereríamos que os outros nos fizessem, ou seja, fazer o bem e não fazer o mal." (O Livro dos Espíritos, Introdução, item VI.)

"A moral que os Espíritos ensinam é a do Cristo, pela razão de que não há outra melhor." (A Gênese, cap. 1, item 56.)

"Para os homens, especialmente, o ensino moral de Jesus constitui uma regra de conduta que abrange todas as circunstâncias da vida pública ou privada, os preceitos de todas as relações sociais baseadas na mais rigorosa justiça; e é, enfim, e acima de tudo, o caminho infalível da felicidade porvindoura." (O Evangelho segundo o Espiritismo, Introdução, item 1.)

"O que o ensino dos Espíritos acrescenta à moral do Cristo é o conhecimento dos princípios que regem as relações entre os mortos e os vivos, princípios que completam as noções vagas que se tinham da alma, de seu passado e seu futuro, dando por sanção à doutrina cristã as próprias leis da natureza." (A Gênese, cap. 1, item 56.)

Na carta acima reproduzida, a leitora diz, referindo-se ao Espiritismo: “Sempre o vi como uma excelente orientação, uma convicção sólida, mas jamais como o único caminho”.

Pois é exatamente assim que pensava Kardec. Não existe em toda a literatura espírita o lema “Fora do Espiritismo não há salvação”, mas sim uma outra proposta, bastante conhecida dos espíritas: “Fora da caridade não há salvação”, como se pode comprovar à vista do que Kardec escreveu e publicou no cap. XV d´O Evangelho segundo o Espiritismo, que adiante transcrevemos:

8. Enquanto a máxima - Fora da caridade não há salvação - assenta num princípio universal e abre a todos os filhos de Deus acesso à suprema felicidade, o dogma - Fora da Igreja, não há salvação - se estriba, não na fé fundamental em Deus e na imortalidade da alma, fé comum a todas as religiões, porém numa fé especial, em dogmas particulares; é exclusivo e absoluto. Longe de unir os filhos de Deus, separa-os; em vez de incitá-los ao amor de seus irmãos, alimenta e sanciona a irritação entre sectários dos diferentes cultos que reciprocamente se consideram malditos na eternidade, embora sejam parentes e amigos esses sectários. Desprezando a grande lei de igualdade perante o túmulo, ele os afasta uns dos outros, até no campo do repouso. A máxima - Fora da caridade não há salvação -consagra o princípio da igualdade perante Deus e da liberdade de consciência. Tendo-a por norma, todos os homens são irmãos e, qualquer que seja a maneira por que adorem o Criador, eles se estendem as mãos e oram uns pelos outros. Com o dogma - Fora da Igreja não há salvação - anatematizam-se e se perseguem reciprocamente, vivem como inimigos; o pai não pede pelo filho, nem o filho pelo pai, nem o amigo pelo amigo, desde que mutuamente se consideram condenados sem remissão. É, pois, um dogma essencialmente contrário aos ensinamentos do Cristo e à lei evangélica.

9. Fora da verdade não há salvação equivaleria ao Fora da Igreja não há salvação e seria igualmente exclusivo, porquanto nenhuma seita existe que não pretenda ter o privilégio da verdade. Que homem se pode vangloriar de a possuir integral, quando o âmbito dos conhecimentos incessantemente se alarga e todos os dias se retificam as ideias? A verdade absoluta é patrimônio unicamente de Espíritos da categoria mais elevada e a Humanidade terrena não poderia pretender possuí-la, porque não lhe é dado saber tudo. Ela somente pode aspirar a uma verdade relativa e proporcionada ao seu adiantamento. Se Deus houvera feito da posse da verdade absoluta condição expressa da felicidade futura, teria proferido uma sentença de proscrição geral, ao passo que a caridade, mesmo na sua mais ampla acepção, podem todos praticá-la. O Espiritismo, de acordo com o Evangelho, admitindo a salvação para todos, independente de qualquer crença, contanto que a lei de Deus seja observada, não diz: Fora do Espiritismo não há salvação; e, como não pretende ensinar ainda toda a verdade, também não diz: Fora da verdade não há salvação, pois que esta máxima separaria em lugar de unir e perpetuaria os antagonismos. (O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XV, itens 8 e 9.) (Grifamos.)


 


 
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