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Crônicas e Artigos

Ano 7 - N° 346 - 19 de Janeiro de 2014

JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
Brasília, DF (Brasil)

 
 


Vivemos eternamente


Ao longo dos incontáveis séculos, passamos por inumeráveis existências físicas duma única vida eterna. Já podemos ter sido reis, rainhas, mas também mendigos, pois estamos sujeitos, sempre, à lei de causa e efeito, que não visa a nos punir e, sim, corrigir. Tivemos corpos belos e perfeitos, que destruímos, numa vida de devassidão, e retornamos, em outras existências dessa vida única, em corpos disformes, feios, mutilados em consequência de nossos atos equivocados do pretérito.

Assim será enquanto não nos harmonizarmos com as leis de Deus, que são perfeitas e não se destinam a punir-nos, e, sim, a corrigir seus filhos transviados da lei do Bem e do Amor. Diz Léon Denis que “A alma contém, no estado virtual, todos os germens dos seus desenvolvimentos futuros. É destinada a conhecer, adquirir e possuir tudo. Como, pois, poderia ela conseguir tudo isso numa única existência?” (DENIS, 2008, cap. IX, p. 161).

Denis diz que se engana quem pensa que a finalidade da evolução anímica é ser feliz na Terra. “Meu reino não é deste mundo”, já dizia Jesus a Pilatos (João, 19: 36). Aqui estamos para nosso aperfeiçoamento, ao longo da vida eterna, aqui já estivemos e para cá ainda deveremos retornar, inúmeras vezes, para trabalhar, servir e amar, em eterna convivência, chorando, mas também sorrindo e progredindo sempre, espiritualmente, com o predomínio, cada vez maior, do espírito sobre nossos instintos animalizados.

Nosso progresso ocorre aos poucos, à custa de longo e porfiado esforço próprio. Desse modo, nossa virtude e sabedoria aproximam-nos, cada vez mais, do nosso próximo, do meio social em que estamos vinculados e subordinados ao cumprimento da Lei que nos ordena amar, conhecer e servir sempre. Somos, portanto, os construtores do nosso próprio destino, vinculados sempre à lei de causa e efeito, ao livre-arbítrio, mas também à lei do amor, o que dá, a cada um de nós, dependendo de nossas escolhas, momentos de angústia ou de paz, de sofrimento ou de alegria. “Como, sem a dor, havíamos de conhecer a alegria; sem a sombra, apreciar a luz; sem a privação, saborear o bem adquirido, a satisfação alcançada?” (DENIS, 2008, p. 163).

É impossível que, em existência única, na Terra, possamos alcançar a perfeição e, consequentemente, a felicidade plena. Como mundo em transição, de provas e expiações para a regeneração, a Terra ainda está longe de proporcionar a felicidade total a qualquer um de seus habitantes. Podemos ser bilionários, jovens belíssimos, ter primorosa inteligência, saúde invejável e, ainda assim, estaremos distantes do que é a verdadeira felicidade.

Diz ainda Léon Denis: "Emergir grau a grau do abismo da vida para tornar-se Espírito, gênio superior, e isto por seus próprios méritos e esforços, conquistar o futuro hora a hora, ir-se libertando dia a dia um pouco mais da ganga das paixões, libertar-se das sugestões do egoísmo, da preguiça, do desânimo, resgatar-se pouco a pouco das suas fraquezas, da sua ignorância, ajudando os seus semelhantes a se resgatarem por sua vez, arrastando todo o meio humano para um estado superior, tal é o papel distribuído a cada alma. Para desempenhá-lo, tem ela à sua disposição toda a série de existências inumeráveis na escala magnífica dos mundos". (DENIS, 2008, p. 170.)

Somos, pois, projeção da luz divina. É por isso que os Espíritos inferiores não resistem à luz emanada dos que lhe são superiores. A luz intensa cega aos que estão nas trevas.

A morte não existe, ela nada mais é do que uma temporária passagem de um estado a outro de uma mesma vida eterna do Espírito. Além da extinção do corpo físico, prevalece nosso corpo espiritual, o que levou o apóstolo Paulo a dizer “Semeia-se corpo animal, ressuscita-se corpo espiritual” (I Coríntios, 15: 44).

O que faz muitas pessoas temerem a morte é uma vida sensual, viciosa, da qual não se querem libertar. Vai chegar o momento, porém, em que tais pessoas terão de se desligar do corpo físico; então, não lhes adiantará espernearem, gritarem que não querem morrer e lamentarem não se extinguirem no nada.

Há milênios que os grandes profetas e há 156 anos que a Doutrina Espírita, expressando a vontade do Cristo, nos esclarecem, sem ocultar a luz sobre a imortalidade da alma e a atuação implacável da lei de causa e efeito. O próprio Jesus foi direto ao assunto: “Porque todo aquele que faz o mal aborrece a luz, e não vem para a luz para que as suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus” (João, 3: 20 e 21).

Há sempre tempo, porém, de recomeçarmos, em cada existência que Deus nos proporciona, a viver em harmonia com nossa consciência. Até porque, como nos afirma Léon Denis, "(...) Além da campa, o único juiz, o único algoz que temos é a nossa própria consciência. Livre dos estorvos terrestres, adquire ela um grau de acuidade, para nós difícil de compreender. Adormecida muitas vezes durante a vida, acorda com a morte e a sua voz se eleva; evoca as recordações do passado, as quais, despidas inteiramente de ilusões, lhe aparecem sob a sua verdadeira luz, e as nossas menores faltas se tornam causa de incessantes pesares". (DENIS, 2008, p. 197.)  

Vivemos entre dois mundos: o físico e o espiritual. As informações mais precisas e completas sobre nossa vida no plano espiritual, desde o lançamento de O Livro dos Espíritos, em 18 de abril de 1857, vêm-nos sendo proporcionadas pelos Espíritos libertos do corpo físico. De lá para cá, embora tais conhecimentos sejam milenares, os Espíritos têm lançado mão dos mais variados meios de comunicação para nos provarem a imortalidade da alma.

Em O Livro dos Médiuns (LM), de Allan Kardec, temos o registro dos mais diversos processos de comunicação mediúnica, quais sejam: a psicografia, a psicofonia e os extraordinários fenômenos, comprovados por vários sábios, das materializações de objetos e de Espíritos. Uma das obras mais extraordinárias que nos trazem a confirmação de inúmeros sábios é Fatos Espíritas, republicada recentemente pela Federação Espírita Brasileira (FEB), de William Crookes, um dos mais destacados físicos ingleses de todos os tempos.

Aqui no Brasil temos a obra O trabalho dos mortos, de Nogueira de Faria, e, recentemente, Anna Prado: a mulher que falava com os mortos, de Samuel Nunes Magalhães, ambas publicadas pela FEB. Atualmente, são diversas as obras que tratam dos fenômenos de materialização e reencarnação dos Espíritos, como comprovação da imortalidade da alma.

Basta ao leitor clicar em site de busca da internet que ali comprovará a quantidade enorme de publicações sobre o assunto. Lembranças de outras existências, diversidade de inteligências, terapia de vidas passadas, comunicação instrumental, mediunidade explícita, observadas no antigo e no novo Testamento, comprovam-nos, de modo patente, a imortalidade da alma e sua manifestação após a extinção do corpo físico.

Mas é necessário crer e observar atentamente, quando tais fenômenos forem testemunhados por nós, pois, não sendo assim, ainda que um Espírito se apresente em carne e osso à nossa frente, e nos confirme a imortalidade da alma, poderemos acreditar que estamos sendo vítimas de uma ilusão, principalmente, quando a sombra do tempo e da dúvida descerem sobre nós.

Finalizemos, então, essas considerações, com um convite à renovação de nossas vidas imortais, do Espírito Edmundo Xavier de Barros, psicografado por Chico Xavier (2002), intitulado VIDA: 

 

Nem a paz, nem o fim! A vida, a vida apenas 

É tudo que encontrei e é tudo que me espera! 

O ouro, a fama, o prazer e as ilusões terrenas  São lodo, fumo e cinza ao fundo da cratera.

 

Esvaiu-se a vaidade!... Os júbilos e as penas, 

A alegria que exalta e a dor que regenera, 

Em cenário diverso aprimorando as cenas,

Continuam, porém, vibrando noutra esfera.

 

Morte, desvenda à Terra os planos que descobres,  Fala de tua luz aos mais vis e aos mais nobres,  Renova o coração do mundo impenitente!

 

Dize aos homens sem Deus, nos círculos escuros,  Que além do gelo atroz que te reveste os muros,  Há vida... sempre a vida... a vida eternamente...

                                                                                                                

Referências:

CROOKES, William. Fatos espíritas. Tradução de Oscar d’Argonnel. Brasília: Federação Espírita Brasileira (FEB), 2013.

DENIS, Léon. O problema do ser, do destino e da dor. Rio de Janeiro: FEB, 2008 (Col. Léon Denis).

KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. Rio de Janeiro: FEB, 2006. Edição comemorativa.

______. O Livro dos Médiuns.  Tradução de Evandro Noleto Bezerra. Rio de Janeiro: FEB, 2009.

MAGALHÃES, Samuel Nunes. Anna Prado, a mulher que falava com os mortos. Brasília: FEB, 2012.

XAVIER, Francisco Cândido. Parnaso de Além-túmulo. 16. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2002, p. 255.

 

 

 


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