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Crônicas e Artigos

Ano 7 - N° 346 - 19 de Janeiro de 2014

FERNANDO ROSEMBERG PATROCÍNIO
f.rosemberg.p@gmail.com
Uberaba, MG (Brasil)

 
 


Evolucionismo bíblico


Dias atrás, via internet, estive a assistir a uma palestra de importante, culto e muito falante orador pentecostal, defendendo o fixismo das coisas terrenas, argumentando, pois, sobre os equívocos dos evolucionistas e sua moderna Teoria da Evolução. E chegava até mesmo aos gritos, ferindo-nos os tímpanos com sua fala vibrante, mas pouco verossímil, por querer se sobrepor à verdade, contrariando princípios filosóficos e científicos extraídos da própria natureza que não sabe ludibriar, falsear ou mentir, por determinismo da Lei. 

Interessante notar, naquele seu enganoso discurso, como ao referido pastor - apesar de seus protestos em altos brados -, ao mesmo tempo, faltava inspiração, competência, raciocínio lógico e coerente, se comparado a um discurso equilibrado, fluente e convincente, emanado, por conseguinte, de seus superiores hierárquicos estabelecidos no plano que lhe transcende a pessoa humana, pois que o mesmo é médium, sendo, portanto, inspirado e dirigido pelos seus maiores com os quais se afina em concordância, ou desafina por discordância cognitiva, afetiva e moral, como fora o caso em questão. 

Ficando muito claro, pois, naquela sua fala, que seu instrutor espiritual, mais esclarecido que seu pastor-médium, “parecia” discordar do mesmo, abandonando-o à própria sorte, pois dito pastor, apesar de inteligente, gaguejava, faltava com a verdade que, a meu ver, seu instrutor espiritual conhecia e conhece, sabendo, pois, que nada se paralisa neste universo de dinâmica incessante, estando, referido pastor, perdendo oportunidade de retificar conceitos de sua instituição religiosa, de mudar perspectivas mentais, com a verdade cristalina da conceituação científica, onde a mentalidade mui concreta de tal pastor não quer, ou não consegue enxergar pelas arcaicas concepções bíblicas, apesar das provas e evidências mostradas pelos evolucionistas serem claras e objetivas, até fáceis de entender. 

Por outro lado, a Bíblia Sagrada também confirma a evolução com o movimento contínuo das ideias, haja vista que a mesma se divide em livros do Velho e do Novo Testamento, provando, só por aí, a progressão da mentalidade humana, estando, no Velho, numa fase, e, no Novo, noutra fase, e ostentando, pois, um dinamismo inegável, onde, no Velho, se depara com um Deus Contraditório, que alude ao Não Matarás, mas procede como Deus Tirano, Vingativo e Cruel; e, no Novo, surge o Deus Harmônico, Amoroso e Providencial, onde a Lei do olho por olho e dente por dente é substituída pela Lei do amai-vos, do perdoai para que sejais perdoados, e coisas afinizantes a tais. Assim, no Velho, temos, pois, um povo de mentalidade bárbara (M1): brutalizada e hostil; e, no Novo, um povo de mentalidade mais branda (M2): apto à recepção de ideias novas e, portanto, mais avançadas que aquelas outras, onde se nos mostra que: 

[(M1) --- > (M2)] = [(M1) avança e evolui (--- >) para (M2)] 

Mas tem mais! Jesus, percebendo a já mais adiantada mentalidade (M2), ainda assim, vira nela potencialidades para evoluir mais, e, com palavras proféticas anunciara de viva voz: 

“Tenho ainda muitas coisas para vos dizer, mas que não seríeis capazes de compreender por agora”. (João – Cap. 16, v. 12). 

E, se a mentalidade (M2) tornara-se mais avançada que (M1), entretanto, (M2) teria de evoluir mais, ou seja, para (M3); quando então, progressivamente, se obtêm: 

[(M1) --- > (M2) --- > (M3)] 

Onde a mentalidade (M1) evoluiu para (M2), e esta vai evoluindo para a mentalidade (M3), objetivando-se mais ampla compreensão do Evangelho que, em (M2), não se compreenderia sua dilatada Filosofia, do Homem e do Cosmos, e seus ensinos do Amor e do Perdão incondicionais. 

E, se o Mestre assim procedera, terá sido por reconhecer, naquele momento, o despreparo dos homens do tempo (M2) para uma compreensão mais dilatada de sua Excelsa Doutrina; que precisariam, noutras palavras, de uma maior maturidade do senso moral e da inteligência, para então, após dezoito séculos que separam o Cristianismo do Espiritismo, estarem enfim preparados para compreensão, plantio e colheita resultante da prática viva de Sua Doutrina, agora vista e desenvolvida em bases científicas como o quer e o exige o método experimental. 

E, para que não paire dúvida sobre tal assertiva, no prosseguimento daquele Cap. 16, bem como no 14, v.v. 15 a 26, daquele mesmo evangelista, Jesus revela que nos enviaria o Consolador, o Espírito de Verdade, com o fito de nos ensinar todas as coisas, fazendo-nos recordar tudo o que Ele mesmo havia dito e feito e que ficaria eternamente conosco. 

O estudo metódico e a sóbria reflexão dos ensinos espiritistas, quando não realizados de forma leviana e com ideias preconcebidas, nos levam à conclusão irrefutável de que o Espiritismo, efetivamente, possui todas as características do Consolador que, por meio da Falange do Espírito de Verdade, esclarece, conforta e suaviza as penas de cada dia levando-nos a novos patamares de entendimento, de sabedoria e de amor. 

Assim, por evolução, o Velho Testamento (M1) preconiza a vinda do Novo (M2), e este, por sua vez, anuncia a vinda do Consolador (M3), o Espírito de Verdade para a consolidação plena do Cristianismo nas vozes consoladoras do Espiritismo, onde tudo e todos evolucionam até à infinitude (oo) em Deus: 

[(M1) -- > (M2) -- > (M3) -- > até o infinito (oo)=(Deus)]
 

 

 

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita