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Entrevista Espanhol Inglês    
Ano 7 - N° 346 - 19 de Janeiro de 2014
ORSON PETER CARRARA
orsonpeter92@gmail.com
Matão, SP (Brasil)
 

 
Martha Rios Guimarães: 

“Meu objetivo ao escrever o livro foi dividir a experiência adquirida nos anos de
trabalho nessa área”
 

Autora do livro Comece pelo Comecinho, que apresenta dicas que atualizam a transmissão educativa aos pequeninos, fala sobre sua obra e a educação espírita da criança e do jovem
  

Autora do livro Comece pelo Comecinho, publicado pela Editora O Clarim, Martha Rios Guimarães (foto) – mais conhecida por Marthinha – reside em São Paulo (SP), onde está vinculada ao CE Gabriel Ferreira, que preside e no qual atua como Educadora Espírita na área da infância e da juventude.


Formada em Jornalismo e Relações Públicas e espírita desde 1986, ela fala sobre o livro a que nos referimos e diversos outros assuntos, na entrevista seguinte.
 
 

De onde surgiu o livro Comece pelo Comecinho? 

Nos cursos que ministro desde o início dos anos 2000. Era comum o público presente sugerir a elaboração de um livro em que pudesse aprofundar os pontos apresentados nos encontros. Com o passar do tempo achei que seria uma forma de ampliar o alcance da mensagem, chamando a atenção para o trabalho de Educação Espírita Infantojuvenil. 

Quais as repercussões da publicação? 

Superaram totalmente as minhas expectativas, a ponto da obra estar sendo considerada como uma espécie de manual para implantação da atividade de Educação Espírita da criança e do jovem. Recebo e-mails de trabalhadores que dizem ter encontrado no livro uma direção para o trabalho, bem como relatando resultados positivos obtidos com aplicação das dicas nele contidas. Tenho notícias de muitas Casas Espíritas que adotaram a obra para estudo na casa, pelos educadores e até mesmo outros setores. É muito mais do que poderia imaginar ou querer, afinal, meu único objetivo ao escrever o Comece pelo Comecinho foi dividir a experiência que adquiri nos anos de trabalho nessa área, colaborando com os tarefeiros do setor. 

Você está também com uma coluna na Revista Internacional de Espiritismo. Comente esse fato. 

Essa foi outra grande surpresa em virtude da boa repercussão gerada. Procuro usar o espaço para colocar em pauta temas relacionados com a tarefa de levar a doutrina espírita aos mais jovens, na tentativa de auxiliar os que militam nessa área. Os leitores têm gostado da coluna e é comum eu receber contato de pessoas pedindo permissão para usar os textos em palestras e estudos nas instituições espíritas (com citação da fonte, claro). Eu acho fantástico que isso ocorra porque é um sinal de que estamos conseguindo atender às expectativas do público. 

O que mais a sensibiliza no trabalho com a criança? Por quê? 

São muitos os aspectos. Entre eles:

- a capacidade de entendimento da base doutrinária por parte dos mais jovens (muitos, erroneamente, acreditam que as crianças só entendem a parte moral do Espiritismo) e a forma como colocam em prática o que é discutido nas reuniões de estudo. 

- a sinceridade na avaliação da forma como o trabalho está sendo conduzido, o que facilita aperfeiçoamentos por parte da equipe de Educadores.

- os laços de afetos que são criados quando, de fato, existe amor entre ambas as partes. É comum, por exemplo, receber desenhos com "declarações de amor" (verdadeiros tesouros que guardo com carinho) ou que os Educandos levem a namorada (o) para me apresentar. Ou seja, é uma forma de dizer que faço parte da vida deles. Enfim, não faltam emoções e lindas histórias de amor.

Nestes anos de trabalho, que fato marcante gostaria de transmitir aos leitores? 

São tantos, que fica difícil selecionar apenas um. Mas relatarei um mais recente, quando um educando de 5 anos, com saudades do avô recentemente desencarnado, chegou ao Centro e disse que queria ficar comigo e fazer um desenho para o avô. Fiquei em um espaço reservado com ele, por perceber que precisava disso, e fiquei extremamente emocionada quando ele me entregou a folha que mostrava o corpo do avô sepultado e o Espírito livre, flutuando sobre o caixão. Em momentos como esse, reafirmo minha convicção na importância do trabalho que realizamos e de como a Casa Espírita é importante na vida dos pequenos. E, acima de tudo, como a mensagem espírita é um poderoso auxiliar na caminhada terrena – e quanto antes a conhecermos, melhor. 

Nas viagens para palestras e lançamentos da obra com autógrafos, o que você tem sentido das instituições quanto ao trabalho com a criança pelo país? Quais suas impressões? 

Penso que se começa realizar algo nesse sentido, principalmente, no que se relaciona aos cuidados com meio ambiente – o que é um bom começo –, mas ainda há muito a ser feito. Através de estudo da Lei do Progresso e da Lei da Sociedade, por exemplo, os Educandos podem ser convidados a opinar sobre maneiras de eles próprios agirem de forma positiva na sociedade que os cerca. E, importante: que sejam estimulados a praticar as ações pensadas. E elas podem ser simples, como, por exemplo, promover o contato entre as gerações, onde os mais velhos da Casa Espírita podem contar suas histórias aos mais novos e estes, por sua vez, podem auxiliar os mais idosos com pequenos cuidados (descer escadas, buscar água etc.). 

Com o desenvolvimento atual da sociedade, inclusive das crianças, claro, os métodos utilizados pelas instituições nas chamadas aulas de Evangelização Infantil estão atendendo à demanda e às expectativas dessa faixa etária? 

De maneira geral, não. Apesar do grande empenho e amor, grande parte das instituições ainda mantém métodos arcaicos que não prendem a atenção das crianças de hoje em dia. Esse foi um dos motivos que me fez buscar alternativas e me levou à metodologia apresentada no livro Comece pelo Comecinho. A mudança começou pela própria nomenclatura: de Evangelização (ensino restrito ao evangelho ou parte moral) para Educação Espírita que envolve toda a base doutrinária (segundo Allan Kardec) e estabelece laços mais aprofundados, um olhar especial sobre cada um dos Educandos que, afinal, são nossos parceiros de aprendizado e têm em nós, Educadores, modelos a serem seguidos. Nesse sentido, penso que é necessária uma atualização de ferramentas, discursos, enfim, uma adequação aos Espíritos que hoje, na condição de crianças, recebemos nas Casas Espíritas. 

E que dizer dos desafios enfrentados pelos pais atuais? 

São muitos, de fato. Mas penso que a base doutrinária é uma grande ferramenta para auxiliar na difícil tarefa de educar nossas crianças. Nesse sentido, as Casas Espíritas, a meu ver, devem usar seus espaços para palestras e debates sobre assuntos relevantes para os pais. Buscar profissionais da área de educação, saúde, psicologia, enfim, pessoas capacitadas a tirar dúvidas, promover debates saudáveis, enfim, oferecer informações aos pais. Os Educadores Espíritas, por sua vez, devem fazer um trabalho planejado e deixar claro aos pais (e demais pessoas da Casa Espírita) que oferecem um trabalho responsável e de qualidade que pode servir de apoio aos pais no processo educacional. Dessa forma, haverá uma maior valorização da atividade e um trabalho de mão dupla, com pais e Educadores unidos para oferecer o que for melhor às crianças e jovens. 

Da instituição espírita a que se vincula, qual experiência gostaria de transmitir aos leitores? 

Destaco a criação da Galeria Espírita Vasículo Gomes quando, em um espaço pequeno, reunimos peças, quadros, móveis e livros (entre outros itens) que contam a história do Espiritismo e do próprio CE Gabriel  Ferreira, oferecendo ao público um local de convivência (antes ou depois das reuniões) e perpetuando a história. É algo simples e que, a meu ver, é de essencial importância para a sociedade e para o movimento espírita. 

Algo mais que gostaria de acrescentar? 

Apenas agradecer o carinho e a possibilidade de falar um pouco do meu trabalho que, na verdade, é desenvolvido em equipe.



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita