WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Correio Mediúnico
Ano 7 - N° 346 - 19 de Janeiro de 2014
 
 

 

Boca torta

Hilário Silva


Antes de sair para lecionar Evangelho às crianças, no templo espírita, Da. Rosália chamou a jovem que lhe atendia à cozinha e, guardando certa porção de goiabada no armário, avisou:

– Guilhermina, peço que reserve o doce para as visitas que estou esperando.

Daí a instantes, Joaninha, a caçula da casa, veio à copa e retirou da prateleira pequeno bolo que destinava a uma colega que sempre lhe pedia merenda. E seguiu a mãezinha para a aula.

A preleção do dia versava sobre a mentira, e perante mais de trinta crianças Da.

Rosália contou vários casos fatais de meninos mentirosos, como aquela história do garoto que enganava sempre a todos e acabou morrendo afogado, porque julgavam estivesse a brincar.

A miúda assembleia escutava com assombro.

– E depois disso tudo – esclarecia a professora –, sempre ouvi dizer que as pessoas mentirosas trazem defeitos na boca. Algumas perdem a língua, outras ficam de lábios tortos.

Finda a aula, todos os meninos estavam muito bem impressionados.

De novo em casa e ao tomar os chinelos para descanso, a dona de casa é procurada por jovem da vizinhança.

– Da. Rosália – diz respeitosa –, tia Cota mandou pedir à senhora um pedaço de goiabada, se a senhora tiver...

– Ah! minha filha, hoje não temos doce algum – foi a resposta.

Joaninha, porém, que ouvia em silêncio, falou de pronto:

– Tem sim, mamãe.

– Ora essa! – disse a mãezinha, desapontada – acaso teremos doces sem que eu saiba?

– Está no armário. Vamos lá.

Da. Rosália seguiu a filhinha e confirmou que realmente se enganara e, sorrindo, embora corada de vergonha, entregou toda a goiabada existente à vizinha, que se despediu com sincero agradecimento.

Em seguida, a professora de Evangelho sentou-se pensativa...

Mas, ao vê-la nesse estado, a pequenina, que não passava dos cinco anos de idade, abeirou-se dela, abraçou-a e disse simplesmente:

– Mãezinha, eu sei que a senhora não sabia onde estava a goiabada. Eu tive, foi, muito medo de a senhora ficar com a boca torta...

Da. Rosália, porém, afagou-a, com mais carinho, e falou:

– Não se preocupe, minha filha. Tudo está muito bem. Nossas visitas de hoje não terão doce, mas sua mãe terá a consciência tranquila.
 

Do cap. 23 do livro A Vida Escreve, de Hilário Silva, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.



 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita