WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Crônicas e Artigos

Ano 7 - N° 345 - 12 de Janeiro de 2014

GEBALDO JOSÉ DE SOUSA 
gebaldojose@uol.com.br
Goiânia, Goiás (Brasil)

 
 


Compaixão e perseverança amenizam dores


“Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.” Jesus (Mateus, 11:29-30.)


Início dos anos cinquenta do século passado. Mediana cidade do Triângulo Mineiro. Ruas de ladeiras variadas, calçadas de paralelepípedos. Uma carroça transporta pesadas vigotas, rua acima. Sobre a carga, já de si enorme, ia o condutor a fustigar o cavalo, que fraquejava no aclive acentuado e escorregadio.

Após ingentes esforços, o pobre animal para, a bufar, incapaz de prosseguir a marcha, embora os gritos e reiterados açoites do carroceiro, jovem ignorante e impiedoso. Furioso, desceu da carroça, redobrando xingamentos e chicotadas vigorosas! Também ele uma alimária, embora de outra espécie (racional?), mas, na verdade, cruel, inclemente!

Por sorte, passava por ali outro jovem. Só que este sensato. E – inspirado em Francisco de Assis, pleno de compaixão –, usou de misericórdia para com ambos, cavalo e condutor.

Com humildade, propôs ao carroceiro:

– Posso ajudá-lo? Empurro a carroça e você puxa o cavalo.

– Esse desgraçado ‘tá’ com moleza! Não levanta porque é manhoso!

– Ele está cansado. Vamos ajudá-lo, que ele dá conta de subir.

– ‘Tá’ certo. Pode empurrar.

Mas o cavalo não aceitou nem a presença do condutor, recusando-se a segui-lo, seja pelo cansaço, seja por antipatia.

– Espera um pouco, uns cinco minutos. Está muito cansado. E vamos inverter as posições: você empurra a carroça e eu guio o cavalo.

Proposta aceita a contragosto, nosso personagem pôs-se a conversar com o animal, ainda muito assustado. Com serenidade e palavras amorosas ganhou-lhe a confiança, acariciando-lhe a crina, enquanto, aos poucos, descansava. Disse-lhe, em tom de voz amigável: – São Francisco vai te ajudar, meu amigo!

Impaciente, o outro propunha retomar a caminhada. Nosso amigo, sob o amparo de Francisco de Assis, e a força moral que a humildade e a paciência lhe favoreciam, respondeu-lhe: – Espera mais um pouco, um minutinho só! Ele subirá com a carga.

Passado tempo razoável, o companheiro convidou o cavalo a se levantar, dizendo-lhe com carinho: – Nós vamos ajudá-lo. Vem comigo!

O bichinho atendeu ao chamado, trôpego a princípio, mas, firmando-se, venceu a íngreme ladeira até a esquina próxima, onde a rua transversal amenizava a subida, em busca do destino visado.

 Neste ponto, nosso amigo despediu-se de ambos, com palavras amistosas para um e de bons conselhos para o outro, para que experimentasse a paciência sempre com seu companheiro de trabalho, que o ajudava a ganhar o pão de cada dia. 

*

O fato singelo, mas real, leva-nos a refletir sobre o convite de Jesus com a promessa do jugo leve!

Perdemos todos os esforços se desanimamos, quando o fim da prova poderia estar à vista (quem sabe, na próxima esquina?). Ao seguir, encorajados pelo auxílio invisível, que não falta, vencemos os aclives do caminho que nos cabe percorrer, ainda que a passos trôpegos!

Quando nos surgem sofrimentos, ao invés de nos desesperarmos, indaguemos ao Mestre quais lições devemos aprender com a Dor, essa Sublime Mensageira!

Amigos espirituais, em nome dEle, acorrem aos nossos apelos, quando aprendemos a buscá-lO nas asas da prece, revestida de humildade e confiança!

Agostinho, Espírito – Cap. XXVII, item 23 de O Evangelho segundo o Espiritismo –, afirma-nos:

“(...) A prece é o orvalho divino que aplaca o calor excessivo das paixões. Filha primogênita da fé, ela nos encaminha para a senda que conduz a Deus. No recolhimento e na solidão, estais com Deus”.

Os bons Espíritos, quais samaritanos, não eliminam nossas provas, mas encorajam-nos, inspiram-nos, quando a eles recorremos.

Ainda que distantes da fé ardente, se cultivamos a prece sincera, buscando compreender as mensagens que as dores nos trazem, ela cresce, a pouco e pouco, em nosso íntimo, pelas respostas que nos oferece.

Se recorremos à oração sinceramente, cumprindo nossos pequeninos deveres, e buscamos vivenciar as lições do Evangelho, as respostas sempre nos vêm.

E assim nosso jugo vai se tornando leve, suportável. Indispensável, para isso, aviar as receitas de amor do Divino Mestre, buscando, por nossa vez, suavizar provas de outros irmãos de caminhada!

Com paciência e resignação ativas, reduzimos nossas dores, sem aflição e desespero dispensáveis, que as reações desequilibradas favorecem.

A dor fustiga, inclemente, mas o “orvalho divino” nos conduz ao jugo leve, prometido por Jesus. 



 

 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita