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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 7 - N° 343 - 22 de Dezembro de 2013
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Temas da Vida e da Morte

Manoel Philomeno de Miranda 

(Parte 14)

Continuamos a apresentar o estudo metódico e sequencial do livro Temas da Vida e da Morte, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco.

Questões preliminares

A. Quem tenta o suicídio, sem consumá-lo, é candidato à recidiva?

Sim. Aquele que tenta o suicídio e não o vê consumado é candidato natural à recidiva, que culmina tão logo se lhe apresenta o móvel desencadeador do desejo. O suicídio é o mais grosseiro vestígio da fragilidade humana, que ata o homem ao primarismo de que se deve libertar, quando, em verdade, o homem é a mais alta realização do pensamento divino, na Terra, caminhando para a glória total, mediante as lutas e os sacrifícios do dia a dia. (Temas da Vida e da Morte - Suicídio - solução insolvável, pp. 99 a 100.)  

B. Podemos afirmar que, em sendo mutável a vida, o que hoje é dissabor amanhã será bonança?  

Evidentemente. Nada como um dia depois do outro. A experiência nos mostra que a sucessão das ocorrências muda a cada instante o quadro em que se vive. O que ora é desgraça, logo cede lugar à esperança; o que se apresenta como dissabor, de imediato se converte em bonança; o que se manifesta como desdita, a seguir se modifica para alegria; o que hoje é dor insuportável, amanhã é dor aceitável. Não existe, pois, motivo real para desespero e muito menos para o ato suicida. (Obra citada - Suicídio sem dor, pp. 101 e 102.)  

C. O suicida consegue, com seu ato, evadir-se de si mesmo, de sua consciência?

Não. O suicida jamais se libera, como é natural, dos resultados nefários do seu gesto, por ferir, na agressão furiosa, o mecanismo do instinto de conservação da vida, que governa a existência animal e que o homem possui como fator para sua preservação. Orgulhoso ou pusilânime, irresponsável ou não, o suicida  não se evade de si mesmo, da sua consciência; torna-se, aliás, o seu próprio algoz cujas penas o gesto lhe impõe e que resgatará em injunções mil vezes mais afligentes do que na forma em que ora se apresentam. A consciência humana é indestrutível; portanto, o suicídio de qualquer espécie é arrematada loucura, um salto no desconhecido abismo da imprevisível desesperação. (Obra citada - Suicídio sem dor, pp. 102 a 104.)

Texto para leitura

53. As causas do suicídio residem na alma imatura - O suicídio é remanescente do primitivismo humano, que permanece arrebanhando as vítimas indefesas, que lhe tombam nas urdiduras intrincadas. Decorrência da revolta espiritual do ser ante as circunstâncias, os acontecimentos e os estados da alma que lhe parecem adversos, é o suicídio solução enganosa a que se deixam conduzir todos aqueles que preservam os seus conflitos e os fixam na área mental da insatisfação e do desespero sistemático. A ignorância propositada ou a reação consciente aos Estatutos divinos, que pessoa alguma, na chamada civilização hodierna, pode ignorar, produzem a indiferença pelos valores sublimes da vida, liberando o homem da responsabilidade e do dever de lutar, obstando-lhe a perseverança nos objetivos relevantes a que se deve entregar. Os “instintos agressivos”, não disciplinados, explodem-lhe, em rebelião indômita, em face do menor desgosto real ou imaginário, diante de qualquer insucesso natural em todos os empreendimentos, fazendo que seja estabelecida uma neurose depressiva de culpa ou de transferência, acusando-se e autopunindo-se, ou responsabilizando os outros e a sociedade, assim se arrojando no poço sem fundo da autodestruição, que apenas atinge o corpo. Os comportamentos materialistas, em modernas escolas de psicologia, pretendem relacionar o suicídio com baixas cargas de serotonina no cérebro,  facilitando a compreensão do episódio autocida graças a um  neurotransmissor de natureza química. Sem dúvida, nessas dezenas de substâncias químicas que atuam como neurotransmissores no controle da atividade cerebral, respondendo pela área da emoção, defrontamos as causas de muitas ocorrências psíquicas, emocionais e físicas. Contudo, são, por sua vez, efeito de outros fatores mais profundos, aqueles que procedem do Espírito que comanda a câmara cerebral, exteriorizando-se na mente e na fisiologia desses microinstrumentos que constituem a sede física do pensamento e de outras igualmente importantes funções da vida humana. É possível que os distúrbios serotônicos respondam pelo ato alucinado, muito embora não deixem de ser o resultado de agentes psicológicos mais sutis e graves, como a angústia, a insegurança, os conturbadores fenômenos psicossociais e econômicos, as enfermidades crucificadoras, o sentimento de desamparo e de perda, todos com sede na alma imatura e ingrata, fraca de recursos morais para sobrepô-los às contingências transitórias desses propelentes ao ato extremo. (Suicídio - solução insolvável, pp. 97 e 98.) 

54. Quem tenta o suicídio, sem consumá-lo, é candidato à recidiva - O espetáculo trágico, todavia, assume gravidade e constrangimento maiores, quando crianças – que ainda não dispõem do discernimento – optam pela aberrante decisão. Amadurecidas precipitadamente, em razão dos lares desajustados e das famílias desorganizadas; atiradas à agressividade e aos jogos fortes com que a atual sociedade lhes brinda, extirpando-lhes a infância não vivida, sobrecarregam-se de angústias e frustrações que as desgastam, retirando-lhes da paisagem mental a esperança e o amor. Vazias, desprotegidas do afeto que alimenta os centros vitais de energia e beleza, veem-se sem rumo, fugindo, desditosas, pela porta mentirosa do suicídio. Ademais, grande número delas, suicidas do passado, renascem com as impressões do gesto anterior e, porque desarmadas, na sua quase totalidade, de equilíbrio, vendo, ouvindo e participando dos dramas em que se enleiam os adultos que não as respeitam, repetem o ato infeliz, tombando nas refregas da dor que posteriormente as trarão de volta em expiações muito laceradoras. Uma análise mais íntima do fenômeno autodestruidor leva também a sutis ou violentas obsessões que o amor enlouquecido e o ódio devastador fomentam, além da cortina carnal. O suicídio é terrível mal que aumenta na Humanidade e que deve ser combatido por todos os homens. Essa rigidez mental que resolve pela solução trágica é doença complexa. Conscientizar as criaturas a respeito das consequências do ato, no além-túmulo, das dores que maceram os familiares e do ultraje às Leis Divinas, é método salutar para diminuir a incidência dessa solução insolvável. Dialogar com bondade e paciência com as pessoas que têm propensão para o suicídio; sugerir-lhes dar-se um pouco mais de tempo, enquanto o problema altera a sua configuração; evitar oferecer bases ilusórias para esperanças fugazes que o tempo desmancha; estimular a valorização pessoal; acender uma luz no túnel do seu desespero, entre outros recursos, constituem terapia preventiva, que se fortalecerá no exercício da oração, das leituras otimistas, nos passes e no uso da água fluidificada. Aquele que tenta o suicídio e não o vê consumado é candidato natural à recidiva, que culmina tão logo se lhe apresenta o móvel desencadeador do desejo. O suicídio é o mais grosseiro vestígio da fragilidade humana, que ata o homem ao primarismo de que se deve libertar, quando, em verdade, o homem é a mais alta realização do pensamento divino, na Terra, caminhando para a glória total, mediante as lutas e os sacrifícios do dia a dia.  (Suicídio - solução insolvável, pp. 99 a 100.) 

55. A vida é sempre mutável e o que hoje é dissabor amanhã é bonança - A cegueira propiciada pelo materialismo, no momento da defecção da matéria, ora identificada como “energia condensada”, tem levado alguns teóricos das filosofias pessimistas a proporem o suicídio como solução para os dissabores, insucessos e sofrimentos defrontados. Fórmula de efeitos contrários, apresenta-se simplista, como se fora constituída de elementos mágicos propiciadores para a equação final e definitiva de todos os acontecimentos da vida. Sonho que se converte em pesadelo inominável, reaparece, na atualidade, sob emulações alucinadas, fascinando os desencorajados na luta e os fracos de resistências morais para os enfrentamentos inevitáveis. Selecionam e propõem esses investigadores da ilusão quais as técnicas mais eficazes para o autocídio sem dor, induzindo as criaturas desnorteadas para o mergulho da consciência no grande sono, com o consequente aniquilamento do ser. Tal comportamento, pelo insólito de que se reveste, demonstra a utopia em que foi transformada a vida e a ausência de finalidade a que foi reduzida. Tomando o efeito pela causa, pensa-se em suprimir aquele sem alcançar esta, mais complicando a linha das consequências, porque os fatores que as desencadearam permanecem. Malabaristas do imediatismo, esses pensadores acreditam que a morte do corpo significa o fim da existência. Se se detivessem a auscultar a Natureza, constatariam que o caos e o nada jamais fizeram parte do Cosmo e que a ordem é a geratriz de todos os fenômenos, causa de todas as ocorrências. Nada e pessoa alguma fogem desse equilíbrio, sendo a fraude e a burla desconhecidas nos soberanos códigos da Criação. Nada deve justificar o autocídio, porque a sucessão das ocorrências muda a cada instante o quadro em que se vive. O que ora é desgraça, logo cede lugar à esperança; o que se apresenta como dissabor, de imediato se converte em bonança; o que se manifesta como desdita, a seguir se modifica para alegria; o que hoje é dor insuportável, amanhã é dor aceitável... (Suicídio sem dor, pp. 101 e 102.) 

56. Ao contrário do que pensa, o suicida não se evade de si mesmo - Passam as horas e alteram-se as circunstâncias, gerando novos acontecimentos que mudam a paisagem emocional, física, social, econômica e moral do homem. Lutar por vencer as vicissitudes é inevitável, desde que a própria injunção biológica é uma constante faina, em que nascimento, morte, transformação e ressurgimento se dão por automatismos na maquinaria fisiológica, ensinando à consciência a técnica do esforço para a preservação da vida. O pretenso suicida, que consumou a trágica fuga da responsabilidade, jamais se libera, como é natural, dos resultados nefários do seu gesto, sempre tresloucado, por ferir, na agressão furiosa, o mecanismo do instinto de conservação da vida, que governa a existência animal e que o homem possui como fator para sua preservação.  Orgulhoso ou pusilânime,  irresponsável ou não,  o suicida  não se evade de si mesmo, da sua consciência; torna-se, aliás, o seu próprio algoz cujas penas o gesto lhe impõe e que resgatará em injunções mil vezes mais afligentes do que na forma em que ora se apresentam. A burla que se permite, através de supostos meios indolores para sofrer a desencarnação, hiberna-o por algum tempo, em espírito, até o momento em que desperta mais vilipendiado e agônico, vivo, estuante de vitalidade, padecendo as camarteladas que a superlativa imprudência provocou. É óbvio que ninguém ludibria a Consciência Cósmica, que se expressa na harmonia do Universo e vige, pulsante, na consciência humana individual. Necessário que o homem assuma as responsabilidades da vida e instrua-se nas leis que lhe regem a existência, aprimorando-se e reunindo valores de que possa dispor nos momentos-desafio, a fim de superá-los e reorganizar-se para os futuros cometimentos, até o instante em que se lhe encerre o ciclo biológico. Estará, então, liberado da matéria, mas mantido na vida... Nas aparentes mortes sem dor, provocadas pelos que desejam fugir ou esquecer, o sofrimento moral tem início quando se elabora o programa da evasão e jamais se pode prever quando terminará. A consciência humana é indestrutível; portanto, o suicídio de qualquer espécie é arrematada loucura, um salto no desconhecido abismo da imprevisível desesperação. (Suicídio sem dor, pp. 102 a 104.) (Continua no próximo número.)
 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita