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Estudando a série André Luiz
Ano 7 - N° 343 - 22 de Dezembro de 2013
MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 


E a Vida Continua...

André Luiz

(Parte 28 e final)

Concluímos nesta edição o estudo da obra E a Vida Continua, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1968 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares 

A. Desidério e Elisa se encontraram antes da reencarnação?

Sim. O encontro deles ocorreu e durou dez horas consecutivas. Não se soube o que conversaram, mas o resultado foi ótimo para Desidério, que voltou ao seu aposento tocado de novo brilho no olhar. Seus ressentimentos e interrogações haviam desaparecido e ele mostrou-se, desde então, paciente e respeitador. Elisa, por sua vez, rogou o amparo de Evelina para internar-se em um educandário, a fim de estudar os problemas da alma e reeducar-se, antes de retomar o envoltório terrestre. Informada de que partiria para nova existência no mundo daí a três anos, para reencontrar Desidério, ansiava aprender, preparar-se e melhorar-se, ciente de que todos os valores conquistados na Espiritualidade Maior se transformam em mais dilatados recursos de apoio e colaboração, para aqueles que os evidenciem, seja onde seja. (E a Vida Continua, cap. 26, pp. 227 e 228.)  

B. Quem era a mulher que aceitou ser mãe de Desidério?

Mariana era seu nome. Tratava-se de uma das colaboradoras e obreiras do Instituto, reencarnada nas vizinhanças de Brígida. Esposa de um lavrador que a tuberculose devorava e mãe de quatro filhinhos, não obstante a penúria que lhe marcava a existência ela aceitou a incumbência. Tanto o esposo quanto ela estavam encerrando valioso ciclo de provas regeneradoras no mundo e não conseguiriam sustentar-se na carne por muito tempo. Desidério ser-lhes-ia, portanto, o filho derradeiro, antes da desencarnação, e a Evelina e Ernesto caberia o dever de criar as circunstâncias pelas quais o recém-nato entrasse no lar de Amâncio e Brígida, na posição de filho adotivo. (Obra citada, cap. 26, pp. 228 a 230.)

C. Como foi que Desidério acabou sendo adotado por Brígida e Amâncio?

Mariana, com a ajuda espiritual de Evelina, conseguira emprego na residência de Brígida. Antes que o quinto filho viesse à luz, seu marido (Joaquim) desencarnou. Mariana, que já estava enfraquecida, adoeceu gravemente. Viúva agora, apelou para familiares humildes e entregou-lhes os quatro órfãos na previsão da morte próxima. Brígida, atônita, ante a crise que se agravava, transferiu-a para a própria casa, onde nasceu Desidério. Na íntima convicção de que se houvera desencarregado de seu último e sagrado dever, Mariana colocou nos braços dos protetores a criança ansiosamente esperada e desencarnou cinco dias depois. Estava concluída a missão conferida a Evelina e Fantini. (Obra citada, cap. 26, pp. 233 a 235.)

Texto para leitura

109. Desidério reencontra Elisa e se torna outro - Desidério não era, pois, fácil de contentar, e Evelina aprovava quanto ele pedia, de modo a obter-lhe aceitação para a empreitada programada. Quando já havia decor­rido um ano desde a desencarnação de Elisa, estando Túlio, no novo corpo, com a idade aproximada de dois meses, Desidério deu por terminadas suas exigências para o regresso pacífico ao mundo carnal, com exceção de uma só: queria rever Elisa e conversar com ela, inteiramente a sós, de modo a entretecerem projetos para o futuro. Ribas aprovou o pedido e, conduzido o requerente às dependências onde Elisa, agora lúcida, se demo­rava convalescente e tranquila, puseram-se os dois em palestra íntima, plenamente isolados, num tête-à-tête que perdurou por dez horas consecu­tivas. Nada transpirou do que ambos conversaram, naquele primeiro e úl­timo encontro, no Mundo Espiritual, antes da reencarnação; no entanto, algo ocorreu de inesquecível. Desidério voltou ao seu aposento, tocado de novo brilho no olhar. Os ressentimentos e as interrogações haviam desapa­recido. Mostrou-se, desde então, paciente e respeitador. Ao mesmo tempo, Elisa rogou o amparo de Evelina para internar-se em algum educandário, a fim de estudar os problemas da alma e reeducar-se, antes de retomar o en­voltório terrestre. Informada de que partiria para nova existência no mundo, daí a três anos, para reencontrar Desidério, ansiava aprender, preparar-se e melhorar-se, ciente de que todos os valores conquistados na Espiritualidade Maior se transformam em mais dilatados recursos de apoio e colaboração, para aqueles que os evidenciem, seja onde seja. Evelina anuiu, satisfeita, e assim se fez, preparando-se Elisa em colégio ade­quado às suas necessidades, sob custódia e responsabilidade da filha de Desidério dos Santos. Recolhido este aos gabinetes de restringimento para a reencarnação, as autoridades concluíram que não lhe seria proveitoso o conhecimento prévio do lar em que lhe cabia renascer, porquanto a condi­ção de enjeitado haveria de compeli-lo a mergulho mais profundo no pas­sado para a revisão de existências outras, em que fizera jus à prova em perspectiva, e isso não seria útil. Felizmente, após o encontro com Elisa, ele patenteava-se calmo, confiante e aceitava todas as promessas que lhe eram formuladas. (Cap. 26, pp. 227 e 228)

110. Escolhida a mãe de Desidério - Situava-se Desidério nos serviços preparatórios do renascimento, quando Ribas convidou Ernesto e Evelina para tomarem contacto com a senhora humilde e simples que seria a geni­tora dele. Competia-lhes assisti-la e auxiliá-la quanto possível, na gra­videz próxima, e orientar o encaminhamento do amigo renascido ao lar de Amâncio Terra, visto que entre as colaboradoras e obreiras do Instituto, reencarnadas nas vizinhanças de Brígida, fora ela quem aceitara a incum­bência de recebê-lo nos braços maternais, não obstante a penúria que lhe marcava a existência. Tratava-se de Mariana, jovem mulher, esposa de um lavrador que a tuberculose devorava, mãe de quatro filhinhos em constran­gedoras necessidades. Ela mesma já se achava em condições orgânicas pre­cárias, sentenciada a contrair a mesma moléstia. Tanto o esposo quanto ela estavam encerrando valioso ciclo de provas regeneradoras no mundo e não conseguiriam sustentar-se na carne por muito tempo; Desidério ser-lhes-ia o filho derradeiro, antes da desencarnação, e a Evelina e Ernesto caberia o santo dever de criar as circunstâncias pelas quais o recém-nato entrasse no lar de Amâncio e Brígida, na posição de filho adotivo. Era noite alta no plano físico quando Mariana, em desdobramento espiritual através do sono comum, penetrou a sala em que Ribas e os amigos a espera­vam. Escoltada carinhosamente por um mensageiro, ela não poderia apresen­tar-se de maneira mais simples. Detendo-se diante de Ribas, ajoelhou-se e pediu-lhe a bênção. Ribas pediu-lhe que se levantasse e, após apresentar-lhe Ernesto e Evelina, disse, apontando Evelina: "Esta é a irmã que ve­lará por você, na próxima gravidez. Por favor, Mariana, esforce-se para retê-la na lembrança!..." Mariana, após rogar a Evelina o seu auxílio, disse que tudo faria para cumprir a vontade de Deus, recebendo mais um filho: "Joaquim, meu esposo, está mais fraco, mais doente... Lavo e passo, trabalho quanto posso, mas ganho pouco... Quatro filhos peque­nos!... Ignoro se já sabeis, mas nosso barraco não está resistindo às chuvas... Quando o vento atravessa as paredes rachadas, Joaquim piora, tosse muito!... Não estou a queixar-me, meu pai, mas peço o vosso auxí­lio!..." (Cap. 26, pp. 228 a 230)

111. Brígida faz planos para o filho - Ribas, sensibilizado com a hu­mildade da mulher, disse-lhe: "Oh! Mariana, não tema! Deus não nos aban­dona! Seus filhinhos serão sustentados e, muito em breve, você e Joaquim estarão numa casa grande..." Mariana agradeceu dizendo confiar em Deus e no Instrutor, sem imaginar que ele se referia à próxima desencarnação do casal, quando, por merecimento genuíno, teriam os dois cônjuges novo do­micílio na Vida Maior. De volta ao lar, Mariana acordou o marido e lhe relatou o sonho. "Teriam mais um filho e, em breve, uma casa grande..." Joaquim riu-se e aditou, ignorando que abordava a realidade: "Ah! minha mu­lher!... Casa grande? só se for no outro mundo!..." Evelina e Ernesto, que assistiam à cena, sorriram... Dois dias transcorreram e Evelina, ins­talada com permissão superior na mansão de Amâncio Terra, pôs-se a in­fluenciar o coração materno, com vistas à realização esperada. Promoveu-lhe sonhos com o pequenino que lhe chegaria aos braços, povoou-lhe as re­flexões com ideais de caridade e esperança, sugeriu-lhe leituras renova­doras, inspirou-lhe conversações com o marido e, pela primeira vez, na­quela casa, apareceu o hábito regular da prece, porquanto Brígida, ante a doce atuação da filha, conseguiu que o esposo lhe compartilhasse as orações, todas as noites, no preparo do sono. Espantado, anotava ele o fervor da mulher, a inflamar-se de amor ao próximo, e, porque fosse, de si mesmo, devotado à prática da solidariedade humana, encorajava-lhe os rasgos de altruísmo. Os planos para o futuro filho foram crescendo. A ideia do casal era transferir residência para São Paulo, onde poderiam educá-lo com esmero. Solicitariam para isso a cooperação de Caio, o genro que se casara outra vez mas que continuava amigo. Quatro meses haviam transcorrido sobre a nova situação, quando, numa ensolarada manhã, em que os velhos cônjuges haviam palestrado com ênfase acerca de assistência às mães desvalidas, Mariana, inspirada por Evelina, bateu à porta. Brígida a atendeu e, enlaçada de imediato pela filha, ouviu a recém-chegada com simpatia. (Cap. 26, pp. 231 a 233)

112. Nasce Desidério - Mariana implorava trabalho. E relacionou em voz triste alguns pedaços da própria história. Engravidara de novo, embora já ti­vesse quatro filhinhos. Achava-se, porém, sem recursos, com o marido muito doente... Brígida deu-lhe algum dinheiro e prometeu vi­sitá-la em pessoa, naquele mesmo dia, logo que o marido voltasse do ser­viço para o descanso caseiro. Amâncio não regateou atenções ao pedido da companheira e, ao crepúsculo, ei-los juntos na casa paupérrima. Condoídos ambos, pro­videnciaram a remoção da família em penúria para estreito mas confortável domicílio na gleba que cultivavam. Antes que o quinto filho viesse à luz, Joaquim demandou a Espiritualidade, louvando os benfeito­res. Mariana, desde muito enfraquecida, adoeceu gravemente. Viúva agora, apelou para familiares humildes e entregou-lhes os quatro órfãos na previsão da morte próxima. Brígida, atônita, ante a crise que se agra­vava, transferiu-a para a própria casa, onde Desidério, reencarnado, abriu, por fim, os olhos, de novo, para a existência terrestre. Na íntima convicção de que se houvera desencarregado de seu último e sagrado dever, Mariana colocou nos braços dos protetores a criança ansiosamente esperada e desencarnou cinco dias depois! Benfeitores desencarnados acolheram a piedosa mãe, ao mesmo tempo que osculavam o pequenino. Misturavam-se ali, na mansão florida, o adeus e a chegada, a tristeza da morte e a ale­gria da vida. Brígida chorava e ria. Amâncio meditava, tocado de emoções e ideias re­novadoras. Ernesto e Evelina, em preces de gratidão, notavam, surpre­sos, que tanto para Mariana, no esquife, quanto para Desi­dério, no berço, enviava Deus a bênção de novo dia!... À noite, pequena carruagem voadora, em forma de estrela irisada, depunha Fantini e Evelina na cidade que lhes servia de residência. E no Instituto de Proteção Espi­ritual, todos atira­vam-lhes flores, porque a partir daquele dia começavam ambos uma nova experiência, consagrados um ao outro em sublime união! (Cap. 26, pp. 233 a 235)

- Fim -
 


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita