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Questões Vernáculas
Ano 7 - N° 342 - 15 de Dezembro de 2013
ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 
BLOG
ESPIRITISMO SÉCULO XXI
 

 

Um dileto amigo, leitor e também colaborador de nossa revista, pergunta-nos se não haveria redundância na famosa frase de Kardec: “Fé inabalável só o é a que pode encarar de frente a razão, em todas as épocas da Humanidade”.

O trecho citado foi extraído da tradução do texto abaixo, que integra o original francês:

La foi raisonnée, celle qui s'appuie sur les faits et la logique, ne laisse après elle aucune obscurité; on croit, parce qu'on est certain, et l'on n'est certain que lorsqu'on a compris; voilà pourquoi elle ne fléchit pas ; car il n'y a de foi inébranlable que celle qui peut regarder la raison face à face à tous lês âges de l'humanité. (L’Evangile selon le spiritisme, chap. XIX, n. 7.)

Eis como Guillon Ribeiro o traduziu:

A fé raciocinada, por se apoiar nos fatos e na lógica, nenhuma obscuridade deixa. A criatura então crê, porque tem certeza, e ninguém tem certeza senão porque compreendeu. Eis por que não se dobra. Fé inabalável só o é a que pode encarar de frente a razão, em todas as épocas da Humanidade. (O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIX, item 7, tradução de Guillon Ribeiro.)  (Grifamos.)

A competência de Guillon Ribeiro no tocante ao domínio da língua portuguesa é conhecida no meio espírita. Quanto a Allan Kardec, professor e autor de uma Gramática Francesa clássica, nem há o que comentar.

A expressão encarar de frente, que já comentamos nesta mesma seção, é um vício de linguagem que alguns chamam de tautologia.

Exemplos de tautologia muito conhecidos são as frases “subir para cima”, “descer para baixo”, “elos de ligação”, “há anos atrás”, “metades iguais”, “superávit positivo”, “conviver junto”, entre outros.

A locução de frente significa “de face”. O verbo encarar significa olhar de frente, de cara, achar-se frente a frente, e dispensa, portanto, o complemento de frente. Basta-nos, pois, dizer: O torcedor encarou o agressor (e não: ... encarou de frente o agressor)

A expressão utilizada por Kardec – face a face – significa em nosso idioma: em frente, sem nada ou ninguém de permeio; em presença; um diante do outro, em situações opostas, defrontando-se. Tem ela por sinônimos: barba a barba, frente a frente, fronte por fronte, cara a cara, rosto a rosto, de rosto.

Respondendo, então, diretamente à pergunta feita pelo leitor, entendemos que no caso mencionado não se verifica nenhum vício de linguagem.

Dois são os motivos por que pensamos assim:

1º) A locução “face a face”, usada por Kardec, tem por finalidade enfatizar, realçar, dar força ao verbo “encarar”. A fé deve enfrentar a razão sem medo algum, sem se valer de subterfúgio nenhum, sem nada de permeio.

2º) Ao escrevê-la, Kardec não se referiu a nenhuma pessoa, mas sim à “fé”, no seu sentido de crença religiosa. Como “fé” e “razão” não têm rosto, cara ou face, não existe redundância na frase, que nos transmite a ideia de que a fé verdadeira, apregoada pelo Espiritismo, não pode temer jamais o exame, a crítica, a razão, aos quais os dogmas religiosos têm verdadeiro horror.
 

 

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita