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Crônicas e Artigos

Ano 7 - N° 342 - 15 de Dezembro de 2013

CLÁUDIO BUENO DA SILVA
Klardec1857@yahoo.com.br
Osasco, SP (Brasil)

 
 


Divaldo e Deolindo comentaram


O texto espírita pede bom gosto, cuidado na forma e, prioritariamente, uma mensagem positiva e correta ao leitor. A imprecisão ou má qualidade do texto pode confundir ou até chocar o leitor. Antes de se publicar é preferível pecar-se pelo excesso de cuidados do que arriscar-se a difundir ideias incompatíveis com o Espiritismo, conforme disse Erasto no capítulo XX de “O Livro dos Médiuns”.

Os livros espíritas, de um modo geral, têm bom texto. Porém, recentemente surgiu no meio espírita uma polêmica sobre o que se chamou de enxurrada de livros “espíritas” no mercado, assunto este comentado no livro “Conversando com Divaldo Pereira Franco”, editado pela Federação Espírita do Paraná, onde o respeitado médium baiano esclarece com franqueza importantes questões relacionadas ao livro espírita no Brasil. Aborda, inclusive, a invasão de obras pseudomediúnicas, que “deixam as pessoas sempre à margem, sem se aprofundarem”.

O Espírito Deolindo Amorim no livro “Convite à reflexão”, Lachâtre, 2ª edição, 2012, psicografia de Elzio Ferreira de Souza, também trata do assunto e afirma que “A caridade na divulgação da doutrina passa pelo preparo dos agentes da divulgação”. Preparo aqui, segundo Deolindo, quer dizer base doutrinária, que pode somar-se ao domínio de outros recursos que o divulgador tenha conquistado. Isso se aplica, aliás, a todas as formas possíveis de divulgação da doutrina.

Mas, afinal, o que acontece com o mercado editorial espírita que tem chamado a atenção de tanta gente? Pode-se pensar que atravessa uma crise de qualidade, ou não é para tanto? Os responsáveis em avaliar originais nas editoras têm o preparo a que se referiu o Espírito Deolindo Amorim? O público leitor tem tido tempo para “digerir essa enxurrada” de livros? Alguns autores não passam a impressão de estarem disputando um ranking qualquer?  Questões pessoais, comerciais e outras, estarão influindo no dinâmico e atraente mercado das publicações espíritas? São perguntas que se fazem.

Além de eventuais questões internas do movimento, que se refletem direta ou indiretamente sobre o problema, algumas empresas estão usando o prestígio do selo espírita e publicando sem nenhum compromisso com a doutrina, e essas publicações se espalham por todo lugar.

O que fazer? Quais as causas da deformação que se instalou em setores da nossa produção literária, com forte tendência para o pragmatismo comercial, supervalorizando o livro “mediúnico” (e o médium) em detrimento do autor encarnado que, muitas vezes, tem mais a dizer que certos Espíritos, e melhor?

Por entender que a questão tem causas ligadas à cultura de um modo geral e à base doutrinária de modo particular, Deolindo Amorim, no livro já citado, aponta solução para médio e longo prazo: “Para alijar a má literatura do ambiente cultural, o caminho será o preparo dos leitores. (...) Livro e leitor estão relacionados um com o outro. À medida que os leitores se qualificam, tornam-se mais exigentes, e os livros mais substanciais; ao apresentarem melhor conteúdo, ajudam a qualificação do leitor”.

Para Deolindo, estão na origem do problema, tanto o conhecimento geral que o indivíduo já traz quando chega ao centro espírita, quanto “o que está sendo ministrado nos grupos espíritas, pois, quando não se preparam leitores capazes de entender textos e selecionar temas, de separar o joio do trigo, indiscutivelmente vamos encontrar um campo muito grande de absorção indiscriminada de tudo o que se publica, numa seleção feita por baixo”. (...) “Nestes tempos de tanta informação e de tanto despreparo para absorvê-la com proficiência”, a solução parece estar no estudo das obras de Allan Kardec. Precisamos voltar a estudar Allan Kardec nos centros espíritas, onde ele já começa a ser preterido sob variados pretextos.

Com o tempo, o leitor saberá reconhecer a diferença entre o bom livro e aquele que provoca “uma onda de perturbação para minar-nos por dentro”, conforme advertiu Divaldo Franco.

Mesmo com o pressuposto de que o público leitor não está bem preparado para consumir boa literatura, já que os valores culturais da nossa gente estão em construção, esse fato não impede que os responsáveis pela disseminação do genuíno pensamento espírita, no campo do livro, assumam o compromisso da lealdade e fidelidade a Allan Kardec, e aprimorem cada vez mais os critérios editoriais, só publicando com convicção.

Agora, quanto aos oportunistas, invigilantes, interesseiros... O tempo cuidará deles.

 

 

 


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