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Crônicas e Artigos

Ano 7 - N° 341 - 8 de Dezembro de 2013

RICARDO ORESTES FORNI
iost@terra.com.br
Tupã, SP (Brasil)

 
 


Honestidade: perante os homens
e perante Deus


A revista Seleções READER´S DIGEST, do mês de novembro de 2013, páginas 56 a 63, traz uma reportagem sobre a honestidade. Com essa finalidade, a revista utilizou um teste para verificar se essa honestidade existe ou não entre os seres humanos. Na edição anterior dessa mesma revista, esse mesmo teste foi aplicado em 16 países. Agora chegou a vez do Brasil. Doze carteiras contendo 100 reais, notas fiscais de supermercados, restaurantes, livrarias, bilhete de metrô, cartões de lojas eram deixadas propositalmente em variadas cidades e em lugares diversos: ruas, praças, praias, shopping centers, farmácias, feiras de livros, museus e outros pontos públicos. Dentro dessa mesma carteira havia um cartão do suposto proprietário com o número de um telefone fixo e um celular.  

Em São Paulo (SP), nove carteiras foram devolvidas e três não. Em Belém (PA), oito foram devolvidas e quatro não. Em Salvador (BA), sete foram devolvidas e cinco não. Em Bento Gonçalves, seis foram devolvidas e seis não. Em Dourados (MS), cinco carteiras foram devolvidas e sete não. No Rio de Janeiro (RJ), quatro foram devolvidas e oito não. A conclusão da pesquisa, segundo a revista, é a de que jovens, idosos, ricos, pobres, homens, mulheres, moradores de cidades grandes, médias ou pequenas – não existem verdades absolutas nem um perfil que aponte para a honestidade e a ética, mas é inspirador ver que, como um todo, somos um povo honesto.  

Essa é a conclusão da honestidade perante os homens. Seria a mesma perante Deus? O que você pensa? Quando somos honestos na visão dos homens estamos sendo plenamente honestos diante das Leis maiores da vida? Vamos até o livro O Céu e o Inferno, capítulo III, segunda parte, depoimento do Espírito Joseph Brê, desencarnado em 1840 e evocado por sua neta em 1862. A neta indaga sobre as condições em que o avô se encontra no mundo espiritual. A resposta, no entanto, espanta a moça ao ouvir que ele sofre por não ter aproveitado melhor o tempo na Terra. Diante dessa resposta, a neta volta a perguntar: não vivestes sempre honestamente?  

Vejam a resposta preocupante para a grande maioria dos encarnados: “Sim, no juízo dos homens; mas há um abismo entre a honestidade perante os homens e a honestidade perante Deus”. E continua o Espírito: “Aí, entre vós, é reputado honesto aquele que respeita as leis do seu país, respeito arbitrário para muitos. Honesto é aquele que não prejudica o próximo ostensivamente, embora lhe arranque muitas vezes a felicidade e a honra, visto o código penal e a opinião pública não atingirem o culpado hipócrita. Não basta, para ser honesto perante Deus, ter respeitado as leis dos homens; é preciso antes de tudo não haver transgredido as leis divinas. Honesto aos olhos de Deus será aquele que, possuído de abnegação e amor, consagre a existência ao bem, ao progresso dos seus semelhantes; aquele que, animado de um zelo sem limites, for ativo na vida; ativo no cumprimento dos deveres materiais, ensinando e exemplificando aos outros o amor ao trabalho; ativo nas boas ações, sem esquecer a condição de servo ao qual o Senhor pedirá contas, um dia, do emprego do seu tempo; ativo finalmente na prática do amor de Deus e do próximo. Assim, o homem honesto, perante Deus, deve evitar cuidadoso as palavras mordazes, veneno oculto sob flores, que destrói reputações e acabrunha o homem, muitas vezes cobrindo-o de ridículo. O homem honesto, segundo Deus, deve ter sempre cerrado o coração a qualquer gérmen de orgulho, de inveja, de ambição; deve ser paciente e benévolo para com os que o agredirem; deve perdoar do fundo dalma, sem esforços e sobretudo sem ostentação, a quem quer que o ofenda; deve, enfim, praticar o preceito conciso e grandioso que se resume no amor de Deus sobre todas as coisas e do próximo como a si mesmo”. 

Meu amigo, minha amiga, que “paulada” na nossa pequenina consciência! Uma ocasião, há muitos anos atrás, passando em viagem por dentro de uma cidade, vislumbrei uma carteira que de tanto dinheiro, nem fechava. Ela estava no meio de uma rua com pouco movimento daquela localidade. Recolhi a mesma e a entreguei a um parente que residia naquela cidade para que a encaminhasse ao dono que deveria estar em desespero. Creio que na carteira estava o seu salário. Saí dali que mal conseguia caber dentro do meu carro.  

Depois desses ensinamentos de Joseph Brê no livro O Céu e o Inferno, creio que até mesmo o porta-luvas do meu veículo seria o suficiente para me transportar. Ou no buraco da roda aonde vão os parafusos que a prendem no carro também eu caberia. Evidentemente que estamos a caminho da perfeição e muito distante dela. Encontrar a carteira e devolvê-la é uma atitude positiva no bem. Não há como negar. O que não podemos é achar que já atingimos um aceitável estado evolutivo e nos acomodarmos nessa situação. Um dia todos iremos ao encontro dessa honestidade descrita pelo Espírito de Joseph Brê pelo fenômeno da morte física. Nessa hora será muito bom que cada carteira esteja com o seu verdadeiro dono e não em nossas mãos, não é mesmo?


 

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita