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Ano 7 - N° 341 - 8 de Dezembro de 2013

ORSON PETER CARRARA
orsonpeter@yahoo.com.br

Matão, SP (Brasil)

 
 

Orson Peter Carrara

Quais são e onde estão as Leis de Deus?

Esta abordagem é resultado de um questionamento que recebi por e-mail, gerando palestra e também meu livro Deus – Ele existe? Onde se encontra? Quais são e onde estão suas leis?

A pergunta do leitor foi colocada após pequeno trecho em que ele afirmava ter lido artigo de minha autoria em que destaquei a importância de agirmos de acordo com a Lei de Deus.

De início, a pergunta assustou-me, causando surpresa. Fiquei a pensar como poderia haver alguém que não saiba quais são as leis divinas e mesmo onde podemos encontrá-las.

Depois, amadurecida a reflexão, percebi que se tratava de importante questão, pois muitos são novatos de idade e mesmo de contato com a grandeza do Espiritismo e o que se percebe na sociedade atual é um total alheamento às grandes verdades da vida, claramente apresentadas pelas Leis Divinas.

Fiquei a ponderar sobre a questão, respondi o e-mail e passei a fazer palestra sobre as Leis Divinas.  

A Lei Divina não se restringe às questões morais 

Muita gente confunde Lei Divina apenas com a questão moral, restringindo-a nessa área. Todavia, as Leis de Deus estão por toda parte, inclusive nas questões físicas, pois que são Leis que coordenam e conduzem a vida. Estão, pois, na natureza.

A lei de gravidade é uma Lei Divina, aplicada à realidade do planeta. A reprodução humana é uma Lei Divina, portanto, de Deus. Os diferentes estágios de vida, da infância à velhice, seguida da morte biológica, obedecem igualmente a uma Lei de Deus. O equilíbrio planetário, as leis físicas e químicas igualmente são Leis Divinas.

Isso nos remete à clareza de O Livro dos Espíritos, em seu Livro Terceiro – Leis Morais. É a parte da obra que originou O Evangelho segundo o Espiritismo.

São 12 capítulos e 306 perguntas, didaticamente apresentadas para que estudemos e entendamos as Leis Divinas.

O mais interessante é que quando li a pergunta da pessoa que me escreveu, meu pensamento buscou logo a questão 621 de O Livro dos Espíritos, indicativa de que a Lei de Deus está na consciência. Quase que imediatamente, um “pulo” ou uma viagem pela história fez recordar que na época primitiva buscávamos a Deus por meio de rituais – danças, tambores, fogo etc. – que homenageavam os diversos deuses que povoavam a nossa mente. Como poderíamos ter noção da lei numa consciência obtusa, não desenvolvida, que caracteriza o ser primitivo?

Foi preciso a ação do tempo para desenvolver a consciência. Não tínhamos ainda nem um idioma, não sabíamos falar. Esse desenvolvimento veio gradativo. Com o tempo desenvolvemos uma linguagem, criamos idiomas, criamos sistemas de comunicação. 

Moisés 

A Providência Divina, no entanto, providenciou que um dos mais enérgicos Espíritos ligados à evolução do planeta viesse nos auxiliar no desenvolvimento da consciência, ainda que em seus primeiros passos. Moisés, então, é convocado a essa tarefa.

Moisés surgiu nessa época de ignorância, embora já com algum desenvolvimento. Legislou com severidade para conter seres humanos ignorantes, ferozes até, primitivos. Ao lado da severidade, todavia, apresentou as primeiras lições das Leis de Deus, por meio dos Dez Mandamentos, que apresentaram as primeiras noções e deveres impostos pela fraternidade e pelo respeito ao próximo. O Não Matarás, Não Cometereis Adultério, Não Furtareis, entre outros, já indicam a importância de respeitar o próximo.

Embora precedidos do Não, já conduzem a uma nova postura numa época de agressividade latente e exposta. É como conduzir crianças diante dos perigos e inconvenientes, que precisam de nãos.

De fato, éramos crianças espirituais. Precisávamos de orientação disciplinada com rigor.

Após essas primeiras noções, outros vieram para dar sequência a essa didática de despertamento e desenvolvimento. Entre eles, o grande Sócrates, que apresentou ideias revolucionárias para sua época. Foi incompreendido, claro, pois também veio numa época de imensa ignorância humana. Perseguido, foi condenado, mas deixou suas ideias. Embora nada tenha escrito, seu fiel discípulo Platão anotou e nos legou o tesouro de seus conhecimentos. E Sócrates foi considerado por Kardec como o precursor das ideias cristãs e do Espiritismo – que viriam mais tarde, em outra época mais avançada. Ele falava de imortalidade, de reencarnação, de comunicação com os Espíritos, ainda que em outras palavras.

Allan Kardec registrou isso em O Evangelho segundo o Espiritismo. Convidamos o leitor a consultar a obra.

Na Introdução do livro está o resumo da doutrina de Sócrates e no capítulo I estão os Dez Mandamentos trazidos por Moisés. É de máxima importância estudarmos com carinho e atenção a introdução e capítulo primeiro do livro para entendimento amplo do que aqui estamos abordando. Aliás, nunca deveremos deixar de ler a introdução dos livros, sempre instrumentos valiosos para perfeito encadeamento das ideias. 

Jesus 

Após esses estágios de desenvolvimento, com Moisés e Sócrates alterando as ideias antes cristalizadas num egoísmo feroz, eis que o próprio Cristo corporifica-se entre nós, agora trazendo Ele mesmo a Boa Nova, a Boa Notícia, o Evangelho, para ensinar o Amor. Era ainda uma fase de ignorância, mas a vinda do Cristo modificou a história do planeta. Viveu Ele, na pele, na exemplificação, o Amor em toda sua grandeza e abundância.

Ele transformou a história em antes e depois Dele. Apresentou agora um Deus de Misericórdia, Bondade e Justiça. Afastou a ideia, antes necessária, de um deus vingativo e que atingia gerações por força do equívoco único de alguém.

Apresentou, finalmente, figura de um Pai e a Humanidade nunca mais foi a mesma.

Depois Dele, muitos outros vieram em todos os tempos, para auxiliar nesse processo de despertamento e desenvolvimento da consciência. Entre eles, Francisco de Assis, Vicente de Paulo e mais recentemente, Irmã Dulce, Madre Tereza, Chico Xavier, entre tantos outros exemplos que podem ser enumerados, famosos, conhecidos, ou anônimos. São seres tocados pelo Cristo e que se tornaram cartas vivas de exemplificação na própria vivência.

Estêvão, Paulo e tantos mártires solidificaram no coração humano as lições sublimes de Jesus. 

Espiritismo 

E após os surtos de progresso trazidos pela Revolução Francesa, numa época de mentalidade mais amadurecida, eis que surge a Codificação Espírita, organizada por Allan Kardec, com a publicação de O Livro dos Espíritos, em 18 de abril de 1857.

Obra que se desdobrou nas demais obras, deu origem aos adeptos e inspirou a fundação das instituições espíritas, é a base granítica de toda a estrutura doutrinária do Espiritismo.

E é nesta notável obra que o Codificador apresenta, no Livro Terceiro, as Leis Morais.

E sem aprofundar em cada questão, uma breve análise no Índice da obra já demonstra o aspecto didático que permite compreender a extensão do que são as Leis Divinas.

E o mais extraordinário é verificar a conexão perfeita de Os Dez Mandamentos com o Evangelho de Jesus e a as leis apresentadas pelo Espiritismo.

Percebe-se, com clareza, que a lei é a mesma, apenas a forma como foi apresentada é que muda, considerando-se os estágios em que a humanidade se encontrava.

Numa época de completa ignorância, foi preciso a disciplina férrea de Moisés; depois veio a doçura de Jesus para tocar os corações e agora, com a mentalidade humana mais amadurecida, surge a clareza do Espiritismo que não ilude, mas esclarece com propriedade sobre nossa origem, natureza e destinação, submetidos que estamos às Leis Divinas, que, essencialmente, são leis de amor para conduzir a vida.

Sugiro, pois, ao leitor, abrir o Índice da obra citada, para verificar essa didática da apresentação das Leis Divinas, obra de sabedoria e justiça da Bondade de Deus.

Já não podemos alegar ignorância. Somos hoje detentores do conhecimento da Lei.

Acompanhemos, nos capítulos seguintes, essas Leis, uma a uma, comentadas.

 
 


 
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