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Crônicas e Artigos

Ano 7 - N° 341 - 8 de Dezembro de 2013

ALESSANDRO VIANA VIEIRA DE PAULA
vianapaula@uol.com.br
Itapetininga, SP(Brasil)

 
 

O espírita e o movimento espírita


Na atualidade, nas reflexões dentro da Casa Espírita, muito se fala em torno do movimento espírita, sua abrangência e o que fazer para melhorá-lo, sendo que encontramos no livro “Cintilação das Estrelas”, do confrade Raul Teixeira, excelentes apontamentos do benfeitor Camilo acerca da temática em questão.

Camilo conceitua o movimento espírita como sendo “movimento dos homens que se sensibilizaram com o chamamento do Consolador, que deve, por isso mesmo, colocar-se a serviço do Cristo, para que Ele conduza o progresso de todos nós, Senhor que é de todos os movimentos de alevantamento do homem da sua indigência espiritual para os labores do seu próprio aprimoramento”.

Em sendo um movimento dos homens, certamente encontraremos em seu bojo as imperfeições e os limites que caracterizam a criatura humana em seu atual estágio de evolução, contudo, interessados que somos na expansão do Espiritismo, visando à iluminação de consciências e não a conversão do próximo, temos que nos melhorar individualmente para que haja reflexos positivos no movimento espírita.

Não há como melhorar a qualidade do movimento espírita, em todos os seus aspectos (doutrinários, expansão com qualidade, formas de divulgação etc.), se os espíritas não se dedicarem com afinco e seriedade na própria tarefa de autoiluminação.

O citado benfeitor assevera que “no trabalho imensurável da Oficina do Consolador, nosso exemplo e nossa dedicação farão, do seu Movimento enobrecido, o verdadeiro retorno dos Irmãos de Jesus, amando e sofrendo para aprender e ensinar, a fim de que, levantando o Cristo em nós, sejamos capazes de apresentá-Lo aos nossos companheiros da estrada humana, vivendo o entendimento da fraternidade no ministério luminoso”.

Ao citar o retorno dos Irmãos de Jesus, obviamente que Camilo está comparando a disseminação do Espiritismo ao crescimento do evangelho à época do Cristo e nos três séculos posteriores, porque temos que nos esforçar para conquistar as mesmas qualidades dos cristãos primitivos (fé, coragem, simplicidade, seriedade etc.), com o escopo de que o amor e a identificação com o Cristo sejam as características primordiais do espírita e, portanto, do movimento espírita.

Para facilitar a reflexão profunda em torno deste tema, Camilo nos apresenta algumas das principais virtudes pessoais para que possamos contribuir para a boa qualidade do movimento espírita. São elas:

1) Fé – a racionalidade da fé alicerçada nos ensinos espíritas é de primordial importância, a fim de que o movimento espírita possa crescer com coragem e entusiasmo, sem pieguismos, tendo a fidelidade do espírita à vivência do evangelho como a usina de força a sustentar esse movimento;

2) Afeto aos irmãos – muito se fala em unificação do movimento espírita, o que, de fato, é importante, todavia, somente conseguiremos essa unificação se houver afeto e respeito entre os espíritas, porque sem a “adesão do coração” não há como se unir em clima de paz e cordialidade. Aliás, uma unificação desordenada e sem esse sentimento de afeto e verdadeira amizade entre os espíritas gerará efeitos mais danosos ao movimento;

3) Alegria – o espírita deve pautar sua existência pela alegria de viver, não obstante os desafios do cotidiano, porque entende o sentido psicológico da vida, de forma que essa energia da alegria, que contagia, deve repercutir no movimento espírita, tornando-o mais dinâmico e feliz;

4) Caridade e interesse pelo próximo – a fé sem obras é morta em si mesma, já nos ensinava o apóstolo Tiago, portanto, o espírita deve pautar sua vida pelo desejo sincero de servir, ajudando o próximo material e moralmente, sem preguiça e reclamação, para que a sociedade identifique que o movimento espírita é a mensagem de Jesus convidando-nos à vivência do amor e ao conhecimento das leis divinas que regem a vida;

5) Entusiasmo – em muitas mensagens da espiritualidade superior notamos a advertência sobre a perda do entusiasmo inicial, pois muitos espíritas, com o passar dos anos, vão perdendo o vigor do início, permitindo que o comodismo e a apatia lhes prejudiquem o processo evolutivo e, por consequência, tornem apático o movimento espírita;

6) Estudo permanente – sabemos o quanto é importante o estudo para que evitemos distorções e divergências no movimento espírita. Infelizmente, há muitos livros de péssima qualidade doutrinária e teorias esdrúxulas que vêm sendo aceitos pelos espíritas, em afronta à chamada “pureza doutrinária”. Somente haverá essa pureza se deixarmos de lado o desinteresse e a preguiça, e estudarmos com profundidade as belas lições do Espiritismo.

Nesse sentido, Camilo orienta que “atuantes, pois, nos arraiais que visam divulgar e desenvolver as mensagens espíritas, não será demais recordar que as horas de abençoado convívio na experiência doutrinária são como formosos encontros que objetivam o crescimento da Alma, na troca das energias tão importantes”.

Assim sendo, se o espírita não valoriza as bênçãos da Casa Espírita, dos grupos de estudo e a convivência com os confrades, como é que idealizaremos um movimento espírita mais equilibrado e vigoroso?

Quantas vezes, nos compromissos das lides espíritas consistentes nas realizações de palestras e seminários, ouvi dos dirigentes dos Centros Espíritas queixas sobre a frequência dos espíritas nesses encontros. Dizem eles: “Mais da metade daqueles que convidei não veio”.

 Enquanto houver desinteresse pelo estudo e pela aprendizagem doutrinária, falta de respeito e afeto entre os espíritas e a ausência de fidelidade a Jesus nas ações do cotidiano, ainda teremos um movimento espírita com resultados aquém do esperado, por refletir as imperfeições morais que ainda vigem na intimidade de cada espírita.

Lembremos, o movimento espírita será aquilo que o espírita dele fizer.

“Necessário é pensar e repensar as situações que se apresentam na continuada marcha que encetamos, de maneira a aproveitarmos os dias de iluminada messe de orientações e conforto moral que as lições do Consolador propiciam.” (Camilo).   

 

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita