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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 7 - N° 340 - 1º de Dezembro de 2013
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Temas da Vida e da Morte

Manoel Philomeno de Miranda 

(Parte 11)

Continuamos a apresentar o estudo metódico e sequencial do livro Temas da Vida e da Morte, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco.

Questões preliminares

A. Morte e desencarnação são ocorrências distintas?

Sim. Etimologicamente, morte significa “cessação completa da vida do homem, do animal, do vegetal”. A desencarnação é o fenômeno de libertação do corpo somático por parte do Espírito, que, por sua vez, se desimanta dos condicionamentos e atavismos materiais, facultando a si mesmo liberdade de ação e de consciência. A morte é o fenômeno biológico, término natural da etapa física, que dá início a novo estado de transformação molecular. A desencarnação real ocorre depois do processo da morte orgânica, diferindo em tempo e circunstância, de indivíduo para indivíduo. (Temas da Vida e da Morte - Morte e desencarnação, pp. 77 e 78.) 

B. O suicídio direto tem influência no processo da desencarnação? 

Sim, ele dificulta o processo. No suicídio direto, violento, a morte não liberta a alma; ao contrário, produz o prolongamento das aflições, aumentadas pelas dores morais e pelos fenômenos decorrentes da imantação do Espírito ao corpo, pelas fixações mentais geradoras de sensações novas e rudes, que enlouquecem quase sempre todo aquele que planejou fugir, sendo pela vida surpreendido mais adiante.  (Obra citada - Morte e desencarnação, pp. 78 e 79.) 

C. A desencarnação do homem de bem é mais rápida e mais suave? 

Sim. O homem de bem, morto o corpo, desprende-se logo dos despojos físicos. Como cada homem tem a vida de que precisa na Terra, para crescer e ser feliz, cada qual tem a morte a que faz jus, em razão dos atos praticados. O homem de bem, diante dessa proposta, opta evidentemente pela conduta de libertação, graças à qual, tão logo se interrompa a vida orgânica, ele se desprende dos despojos físicos e de suas implicações escravocratas, ensejando-se-lhe a libertação real, no retorno feliz ao lar que o aguarda após a experiência evolutiva ora concluída. (Obra citada - Morte e desencarnação, pp. 80 e 81.) 

Texto para leitura 

41. Ante os que partem para a vida espiritual devemos agir com dignidade e amor - Não podendo o Espírito involuir, mesmo quando não logre as vitórias, surgem áreas de experiências que o beneficiarão mais tarde, nele estabelecendo valores que serão aproveitados nas ocasiões devidas. A morte é, portanto, momento de valiosa expectativa para o ser. Desse modo, o velório e o sepultamento prosseguem merecendo o mesmo respeito e a mesma consideração que se devotavam ao desencarnado. Mais do que um ato social, em que predominam valores ligados às vaidades humanas, o velório constitui um apelo ao sentimento fraternal e à solidariedade espiritual, para ajudar aquele cujos despojos serão levados à inumação ou à cremação cadavérica. Quando se compreende que morrer é fenômeno indolor, que faz parte da vida, jamais destruindo-a, compreender-se-á que naquele momento não se interrompem os intercâmbios afetivos, as necessidades emocionais ou os anelos do coração... A entrada na Vida que estua noutra dimensão exige recursos próprios para tornar ditoso o recém-chegado ou minoradas as penas que o aguardam. Em toda parte vige o intercâmbio psíquico e emocional, mantendo estruturas ou desarticulando-as, estimulando as aspirações ou diluindo-as, pois que essa é uma das mais poderosas forças existentes, infelizmente não canalizada conforme seria de desejar. Devemos agir, portanto, ante os que se estão desprendendo, com dignidade e amor. A inevitável saudade e a próxima ausência física, que tanto maceram, não se podem converter em instrumentos de agressão espiritual ao ser amado. Antes de pensar em si,  aquele que fica,  se realmente ama, pense em quem segue e ajude-o, para que mais rapidamente possa tê-lo de volta ao convívio espiritual,  onde um dia todos nos  reuniremos sem mais angústia nem adeus... (Ante moribundos, pp. 75 e 76.) 

42. Morte não é sinônimo de desencarnação - Etimologicamente, morte significa “cessação completa da vida do homem, do animal, do vegetal”. Genericamente, porém, morte é transformação. Morrer, do ponto de vista espiritual, nem sempre é desencarnar, ou seja, liberar-se da matéria e das suas implicações. A desencarnação é o fenômeno de libertação do corpo somático por parte do Espírito, que, por sua vez, se desimanta dos condicionamentos e atavismos materiais, facultando a si mesmo liberdade de ação e de consciência. A morte é o fenômeno biológico, término natural da etapa física, que dá início a novo estado de transformação molecular. A desencarnação real ocorre depois do processo da morte orgânica, diferindo em tempo e circunstância, de indivíduo para indivíduo. A morte é ocorrência inevitável, em relação ao corpo, que, em face dos acontecimentos de vária ordem, tem interrompidos os veículos de preservação e de sustentação do equilíbrio celular, normalmente em consequência da ruptura do fluxo vital que se origina no ser espiritual, anterior, portanto, à forma física. A desencarnação pode ser rápida, logo após a morte, ou se alonga em estado de perturbação, conforme as disposições psíquicas e emocionais do ser espiritual. De conformidade com a lei da entropia, que estabelece a necessidade da energia para a manutenção da vida, a morte é o efeito imediato da carência desse agente, seja a pouco e pouco, pelo envelhecimento dos órgãos, que já não se renovam, ou mediante a violência, de qualquer modalidade, que lhe impede a sustentação das moléculas que se aglutinam sob sua força de coesão.  Tendo em vista que o homem procede do mundo espiritual, a morte é o veículo que o reconduz à sua origem, onde cada qual ressurge com as características definidoras de suas conquistas. Morrer é, pois, muito fácil, isto é, interromper o ciclo orgânico, o que não significa deixar de viver, desde que, indestrutível, a vida ressurge sob outro aspecto, sem que haja cessação do seu curso ou outra qualquer forma de aniquilamento. (Morte e desencarnação, pp. 77 e 78.) 

43.  No suicídio direto, a morte não liberta a alma - Tendo em vista que a vida se encontra submetida a leis invioláveis na sua estrutura íntima, o ato de morrer, não poucas vezes, é precedido de exames e estudos por parte dos Espíritos encarregados de manutenção da vida, que são os Mentores dos homens, dedicados a auxiliar no desenvolvimento intelecto-moral a que todos somos submetidos como encarnados ou desencarnados. Na faixa em que se encontram os mais simples espiritualmente, cujas vidas se desenvolvem nas áreas das experiências mais instintivas, quais a alimentação, a reprodução, o repouso e o prazer, a ocorrência da morte se dá através de automatismos previstos pelo processo natural da evolução, num ir-e-vir que facultará condições para que sejam atingidas etapas de maior relevância. Nas fases em que ao instinto mais dominador sucedem as aspirações do discernimento, dos ideais e dos compromissos nobres, o livre-arbítrio, comandando muitos dos mecanismos morais, propicia os cuidados dos Instrutores desencarnados que se encarregam de estabelecer os períodos de aprendizagem no corpo, de acordo com os compromissos pretéritos no campo das conquistas e dos prejuízos, adquiridos pelo ser em crescimento. No caso de indivíduos vinculados a tarefas significativas, da mesma forma que a reencarnação exige cuidados e planejamento especiais, a morte e a liberação imediata são conduzidas através de programas mais bem estudados. De acordo com os valores do indivíduo e o efeito que sua vida causa em outras vidas, a morte pode ser antecipada ou postergada, considerando-se os benefícios que disso decorram. Evidentemente, nas outras faixas do processo evolutivo, a morte pode ser precipitada tanto quanto retardada, graças ao desgaste ou prolongamento das forças vitais mantenedoras do corpo físico, como resultado do uso que se permitam as criaturas. No suicídio direto, violento, a morte não liberta a alma; ao contrário, produz o prolongamento das aflições, aumentadas pelas dores morais e pelos fenômenos decorrentes da imantação do Espírito ao corpo, pelas fixações mentais geradoras de sensações novas e rudes, que enlouquecem quase sempre todo aquele que planejou fugir, sendo pela vida surpreendido mais adiante. Em menores proporções, mas não menos dolorosas, dá-se o mesmo nos suicídios indiretos.  (Morte e desencarnação, pp. 78 e 79.) 

44. O homem de bem, morto o corpo, desprende-se logo dos despojos físicos - A desencarnação dá-se também, noutras circunstâncias, mesmo antes da ocorrência da morte física, quando o ser, voltado para a realidade maior, a causal, começa a transferir as aspirações e anelos para esta, vivendo e agindo no mundo sem que se deixe aprisionar aos seus grilhões. Nesse sentido, o sofrimento resignado tem papel relevante, porque faculta a superação dos condicionamentos, transformando sensações grosseiras em emoções menos densas que as cargas das paixões primitivas. Em outros casos, a desencarnação se inicia mesmo durante a vida física, através das atitudes idealistas, missionárias, em que a abnegação, a renúncia, o sacrifício e o amor em dimensões mais amplas sutilizam o peso específico da organização material, transformando as correntes de energia que transitam do ser espiritual para o corpo e vice-versa, agindo nos implementos orgânicos de forma menos densa. Biologicamente, começa-se a morrer desde quando se começa a viver, pois que as transformações celulares se dão incessantemente. A morte deve merecer estudos e reflexões por parte de todos os homens, mergulhados que estão nas correntes da vida, temporariamente amortecidas a lucidez e as recordações pela indumentária carnal. Visto o assunto dessa maneira, entende-se por que, em muitos casos, para morrer e logo desencarnar e libertar-se é necessário ter merecimento. Permanecer num corpo mutilado e dorido, sob os camartelos das aflições morais e físicas, constitui necessidade inadiável, e essa conduta na dor facultará ou não a libertação, conforme seja vivida. Como cada homem tem a vida de que precisa, na Terra, para crescer e ser feliz, cada qual tem a morte a que faz jus, em razão dos atos praticados. O homem de bem, diante dessa proposta, opta evidentemente pela conduta de libertação, graças à qual, tão logo se interrompa a vida orgânica, ele se desprende dos despojos físicos e de suas implicações escravocratas, ensejando-se-lhe a libertação real, no retorno feliz ao lar que o aguarda após a experiência evolutiva ora concluída.  (Morte e desencarnação, pp. 80 e 81.) (Continua no próximo número.)
 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita