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Estudando a série André Luiz
Ano 7 - N° 340 - 1º de Dezembro de 2013
MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 


E a Vida Continua...

André Luiz

(Parte 25)

Continuamos nesta edição o estudo da obra E a Vida Continua, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1968 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares 

A. É correta a ideia de que nossos irmãos delinquentes são enfermos?

Sim. Esse pensamento, por sinal, foi manifestado por Evelina na resposta que ela deu a seu pai (Desidério), quando ele lhe disse que não acreditava que ela tivesse com relação a Caio Serpa, seu carrasco entre as paredes domésticas, a mesma benevolência que ela pedia que ele tivesse para com seus algozes. Evelina disse-lhe então, depois de explicar que o compromisso assumido por Caio para com Túlio Mancini seria resgatado em momento justo, que todos eles – Caio e Amâncio e todos os nossos irmãos delinquentes – não passavam de enfermos, a quem devemos ajudar. Por que – perguntou Evelina – não manifestar piedade à frente das vítimas da loucura, como fazemos diante dos acidentados? Serão os mutilados de espírito diferentes dos mutilados do corpo? (E a Vida Continua, cap. 24, pp. 205 e 206.)  

B. Deus nos permite abraçar como filhos as mesmas criaturas que não soubemos amar em outras posições afetivas?

Sim. As afeições transviadas podem ser corrigidas no santo instituto da família, através da reencarnação. Deus nos permite abraçar, como filhos, aquelas mesmas criaturas que não soubemos amar em outras posições sentimentais! (Obra citada, cap. 24, pp. 208 e 209.) 

C. O apelo feito por Evelina foi aceito por Desidério?

Não. Mesmo com a promessa da filha de que ele reencontraria Elisa e com ela poderia preparar uma nova existência juntos, Desidério se manteve inflexível: – "Não, não!... – trovejou ele, em crise violenta de desespero – sou um réprobo, não posso fingir!..." (Obra citada, cap. 24, pp. 208 e 209.)

Texto para leitura 

97. Todo dia é ocasião de renovar o destino - "Meu pai – disse-lhe Evelina –, decerto que Deus abençoa esta hora de reencontro, mas somos nós mesmos, o senhor e eu, os promotores, não do impossível, mas de nossa reaproximação, em nome dele mesmo, nosso Criador e Pai de Misericór­dia..." – "Que quer você de mim?!...", perguntou Desidério. – "Venho convidá-lo a estar comigo... Admitiria o senhor que o tempo desaparecesse sem que eu sonhasse com este momento? Atravessei a infância e a juven­tude, namorando seus retratos, casei-me, um dia, na Terra, rogando a sua bênção nas minhas orações e, quando os Desígnios Divinos me retiraram do corpo físico, formei o ideal de reecontrá-lo!..." Desidério mostrou-lhe a sua própria penúria, atribuindo-a aos criminosos que o destruíram, mas Evelina rogou-lhe: "Oh! meu pai, não acuse!... O senhor terá sofrido, mas a dor é sempre bendita perante Deus; o senhor terá suportado provas difí­ceis; no entanto, aprendemos, presentemente, que todo dia é ocasião de renovar e partir para destinos mais altos!..." Prosseguindo, ela disse conhecer toda a verdade a respeito do caso dele e a responsabilidade do padrasto em sua morte. Amâncio Terra, embora tenha cometido falta grave, dedicara-lhe afeição sincera e a respeitara como sua própria filha. Desi­dério lembrou que ele, contudo, a exilara de casa, ainda em tenra idade, mas Evelina não pensava assim. Na verdade, ao enviá-la para a escola, possibilitou-lhe disciplinas que a livraram de tentações em que provavelmente teria sucumbido, e nunca lhe regateou assistência, encorajando-a nos estudos e premiando seus esforços com brindes e carinho. "É verdade  – afirmou Evelina – que meu padrasto nunca substituiu o senhor em meu coração, meu pai, mas sua filha não deve ser ingrata a quem lhe deu tanto!... Nunca lhe vi o mínimo gesto de desconsideração para com minha mãe..." Ao ouvir falar na ex-esposa, Desidério não se conteve: "Ah! não me fale de Brígida, aquela infame!...", ao que a jovem replicou: "Oh! pai de meu coração, por que condenar aquela que nos uniu? que conseguiria fa­zer minha mãe ainda tão moça, a carregar-me nos braços, não fosse o apoio de um companheiro? Aceitando a colaboração de Amâncio, ela não acolhia deliberadamente o desditoso caçador que lhe impusera a desencarnação, mas sim o amigo que o senhor mesmo, um dia, levou para a nossa casa, segundo as confidências de mãezinha, em suas horas de saudade e desolação..." (Cap. 24, pp. 203 a 205) 

98. Nossos irmãos delinquentes são enfermos - Ante a compreensão superior que a filha punha em evidência, Desidério chorava muito, em manifestações de autopiedade, dando a impressão de que se propunha buscar, de qualquer modo, novas razões para ser infeliz. "Você talvez não desconheça  – disse Desidério – que me acho aqui, ao pé da família de outro inimigo que não posso exculpar, Ernesto Fantini, o traidor que intentou matar-me, dando a seu padrasto o figurino pelo qual me aniquilou... Esta mulher ca­daverizada, mas viva em minhas mãos, foi a esposa dele, pela qual, consu­mido de ciúmes, pretendeu ele assassinar-me, nada fazendo com isso, senão aproximar-me dela, já que o comportamento de Brígida me bania do lar... Pense no doloroso destino de seu pai!... Expulso de minha casa, depois da morte do corpo, à face da influência de um perseguidor, tive de asilar-me em casa de outro, porque no pensamento da companheira, hoje morta para o mundo, encontrava o meu sustento!..." – "Quem penetrará os desígnios de Deus, meu pai? – redarguiu Evelina – não estaremos todos numa rede de testemunhos de amor, em vista de faltas e compromissos nas existências passadas? Peço à Providência Divina abençoe nossa irmã Elisa e a recom­pense pelo bem que nos tem feito... Quanto a Ernesto Fantini, a quem o senhor se refere, é forçoso lhe diga que ele tem sido para sua filha um devotado amigo na Vida Espiritual... Muito antes de saber-me vinculada ao seu coração, rodeava-me de cuidados, restaurando-me as energias. Em todos os lances da estrada nova, vem sendo para mim um apoio, um irmão..." De­sidério, entendendo que Evelina tinha adquirido a visão dos anjos para enxergar benfeitores naqueles canalhas, afirmou-lhe ser apenas um homem, simplesmente um homem infeliz, e não acreditava que ela tivesse a mesma benevolência para Caio Serpa, seu carrasco entre as paredes domésticas. Evelina fez-se então mais compassiva: "Caio foi para mim um guia gene­roso, auxiliando-me a entender a vida com mais segurança... Nos dias da mocidade, propiciou-me sonhos de ventura que me ajudaram a viver... Com ele imaginei o paraíso na Terra... E, se na condição de esposo esperou de mim a felicidade que não lhe pude dar, será isso motivo para que venhamos a condená-lo?" A jovem lembrou-lhe que o compromisso assumido por Caio para com Túlio Mancini seria resgatado em momento justo e que todos eles, os irmãos delinquentes, não passavam de enfermos, a quem devemos ajudar. Por que não manifestar piedade à frente das vítimas da loucura, como fa­zemos diante dos acidentados? Serão os mutilados de espírito diferentes dos mutilados do corpo? (Cap. 24, pp. 205 e 206) 

99. Deus nos criou para o amor sem lindes - Como seu pai dizia não saber perdoar, nem podia compreender como devemos abraçar os que nos espancam, Evelina perguntou: "Não deseja caminhar adiante? ser livre e fe­liz?" – "Oh! sim!..." – "Então, olvide todo mal", aconselhou a filha. "Nunca refletiu no poder do tempo? O tempo nos auxilia a descobrir a fonte do amor que nos lava todas as culpas..." Desidério informou que para os Espíritos de sua espécie o relógio é máquina de enlouquecer, por­que seu padecimento para defender três ovelhas (Elisa, Evelina e Vera) de três lobos (Amâncio, Ernesto e Caio) era contínuo. A referência a Vera, amante de Caio, ensejou que Evelina lhe rogasse piedade: "O senhor se julga perfeitamente são de espírito, quando, na realidade, como acontece ainda comigo, precisa de assistência e reajuste. Eu também, meu pai, de princípio, admiti-me espoliada pela vida!... Aceitava mãezinha e meu pa­drasto, em muitas ocasiões, por adversários que me haviam desterrado pro­positadamente de casa, para que eu não lhes estorvasse a felicidade, mas na estância de recuperação a que me conduziram, por misericórdia de Deus, passei a abraçá-los por nossos reais amigos, de quem recebi todo o amparo que me foi possível assimilar..." A jovem relatou-lhe também as mágoas que sentiu ao ver Caio encadeado a Vera Celina, acrescentando ter-se ree­quilibrado, com ajuda dos instrutores espirituais, ao concluir que Caio e Vera eram seus irmãos da alma, tão necessitados de carinho como nós mes­mos. "O Todo-Misericordioso semeou flores e bênçãos em todos os sítios da estrada a perlustrar... Compreender é buscar a frente, auxiliar os ou­tros será garantir-nos!", aduziu Evelina. "O amor não falha e Deus nos criou para o amor sem lindes!..." (Cap. 24, pp. 206 a 208) 

100. Nossos pensamentos de ternura um dia serão puros - Ante as pala­vras da filha, Desidério chorava, impossibilitado de emitir qualquer ob­servação. Evelina pediu-lhe, então, tivesse compreensão tanto para Er­nesto como para Vera Celina. "Por que não deveremos, de nosso lado, con­ferir a Caio o direito de dar-se a Vera, conquistando a felicidade que lhe não pude proporcionar, nem mesmo quando me achava no mundo físico?" O genitor perguntou se semelhante renúncia não equivaleria a um suicídio moral. "Não, meu pai", respondeu a filha, peremptória. "O amor verdadeiro eleva-se de nível... Hoje entendo que as afeições transviadas podem ser corrigidas no santo instituto da família, através da reencarnação... Deus nos permite abraçar, como filhos, aquelas mesmas criaturas que não soube­mos amar em outras posições sentimentais!... Os nossos pensamentos de ternura, uns para os outros, um dia serão livres e puros, quais as fontes cristalinas que se irmanam no chão empedrado do Planeta ou como as irra­diações dos astros, que se enlaçam sem perder grandeza e originalidade, nas imensas vias do Céu..." Em seguida, após longa pausa, Evelina apelou ao coração magoado de seu pai terreno: "Se nuvens de mágoas lhe anuviam ainda o coração, lance-as fora e sigamos para a frente, aspirando à paz!... Por agora, deixe que a nossa Elisa se distancie de quaisquer lem­branças desagradáveis! Liberte-a e verá que a mulher escolhida lhe per­tencerá com mais força!... Ajude-a para a ascensão a novos caminhos e ela voltará ao seu encontro!... Não enclausure na masmorra de carne putrescível aquela que lhe merece a mais sagrada dedicação! Elisa ser-lhe-á grata e, de nossa parte, prometemos solenemente ao senhor, perante a Infinita Misericórdia de Deus, que a reverá, em nossa própria moradia, onde se prepararão ambos, com o nosso carinho, para uma nova existência juntos, novamente juntos e mais felizes!... Aceite meus rogos, pai querido!..."  – "Não, não!... – trovejou ele, em crise violenta de desespero – sou um réprobo, não posso fingir!..." (Cap. 24, pp. 208 e 209) (Continua na próxima semana.)

 


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita