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Crônicas e Artigos

Ano 7 - N° 340 - 1º de Dezembro de 2013

ANDRÉ LUIZ ALVES JR.
locutorandreluiz@hotmail.com
Curitiba, PR (Brasil)

 
 

O Espiritismo e a
metempsicose

 
Outro dia, me atentei a ouvir a explanação de um sacerdote católico com relação a imortalidade da alma. Para fazer-se entender, o representante da igreja romana citou diversas religiões, elencando o que cada uma delas defendia. Ao mencionar o Espiritismo, explicou que a doutrina codificada por Allan Kardec se fundamenta na reencarnação. Até aí tudo bem; entretanto, ele foi mais além e afirmou que a reencarnação deriva da primitiva teoria de metempsicose. O que não é verdade.

A teoria da metempsicose (do grego: meta: Alem de : em + psiquê: alma), surgiu nas civilizações antigas (Egito, Grécia e Roma) e fora bastante difundida por alguns dos grandes filósofos da humanidade, como Pitágoras e Platão. De uma maneira geral ess expressão representa a transmigração da alma. O Espírito troca de corpo a cada vez que este perece, podendo inclusive ocupar um corpo físico de um animal ou um vegetal. Essa teoria ainda hoje é sustentada por algumas religiões (Budismo e Hinduísmo).

Já a reencarnação (do latim in carnare: fazer-se carne), apesar de partir do mesmo princípio, possui outro significado. Reencarnar é dizer que a alma pode retornar em outro corpo carnal, sem qualquer semelhança com o antigo. A grande diferença entre esses conceitos é que a metempsicose defende a possibilidade do retorno da alma em outras condições que não seja a humana e para a reencarnação isto não é plausível.

Allan Kardec trata do assunto em o "Livro dos Espíritos":
 

611. A comunhão de origem dos seres vivos no princípio inteligente não é a consagração da doutrina da metempsicose?

- Duas coisas podem ter a mesma origem e não se assemelharem em nada mais tarde. Quem reconheceria a árvore, suas folhas, suas flores e seus frutos no germe informe que se contém na semente de onde saíram? No momento em que o princípio inteligente atinge o grau necessário para ser Espírito e entrar no período de humanidade, não tem mais relação com o seu estado primitivo e não é mais a alma dos animais, como a árvore não é a semente. No homem, somente existe do animal o corpo, as paixões que nascem da influência do corpo e os instintos de conservação inerente à matéria. Não se pode dizer, portanto, que tal homem é a encarnação do Espírito de tal animal e, por conseguinte, a metempsicose, tal como a entendem, não é exata.

 

612. O Espírito que animou o corpo de um homem poderia encarnar-se num animal?

- Isso seria retrogradar, e o Espírito não retrograda. O rio não remonta à nascente. (Ver item 118.)

 

613. Por mais errônea que seja a ideia ligada à metempsicose, não seria ela o resultado do sentimento intuitivo das diferentes existências do homem?

- Reconhecemos esse sentimento intuitivo nessa crença como em muitas outras; mas, como a maior parte dessas ideias intuitivas, o homem a desnaturou.  

Ainda segundo o Espiritismo, Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas. A partir dele, primeiramente, e de outros dois princípios (espírito e matéria), forma-se tudo que constitui o universo. É o que conhecemos como trindade universal (Deus, Espírito e Matéria).

Entre a matéria e o espírito encontra-se o fluido cósmico universal, que anima os reinos existentes (mineral, vegetal e animal); à medida em que esse fluido se desenvolve, o princípio inteligente (espírito) se estabelece. "O fluido cósmico universal é a matéria elementar primitiva, cujas modificações e transformações constituem a inumerável variedade dos corpos da Natureza." (A Gênese, cap. XIV, itens 2 a 6.)

Toda a criação de Deus está submetida à marcha do progresso, podendo permanecer estacionada por um período transitório, entretanto, jamais retrocede. Por esse motivo, a teoria de metempsicose não se encaixa nos princípios do Espiritismo. Retornar a um corpo animal ou vegetal seria retroagir a condições primárias de evolução.


 

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita