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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 7 - N° 339 - 24 de Novembro de 2013
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Temas da Vida e da Morte

Manoel Philomeno de Miranda 

(Parte 10)

Continuamos a apresentar o estudo metódico e sequencial do livro Temas da Vida e da Morte, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco.

Questões preliminares

A. É verdade que o homem deve pensar na morte conforme pensa na vida?

Sim. O homem necessita ter em conta que cada dia que passa no calendário terrestre, adicionando-lhe tempo à existência física, é-lhe um a menos, a aproximá-lo do portal da morte. Substituir o medo pela expectativa de como será a vida mais tarde, substituir a incerteza pela conscientização do prosseguimento espiritual, deve ser um programa bem elaborado para ser vivido com tranquilidade, no dia a dia do seu peregrinar evolutivo. A vida espiritual perderá assim para ele seu caráter hipotético, para tornar-se uma realidade, na qual penetra desde antes da morte, através dos fenômenos mediúnicos que lhe propiciam essa convicção, especialmente com o intercâmbio dos sempre vivos, que o vêm emular na preparação da equipagem para o inevitável processo de retorno. (Temas da Vida e da Morte - Temor da morte, pp. 70 e 71.) 

B. As horas que precedem a desencarnação são importantes para o Espírito que se prepara para seguir à Espiritualidade?  

Sim. Elas revestem-se de muita significação para o ser em preparativos para a viagem à verdadeira pátria. O afrouxamento dos laços perispirituais e o consequente desfazimento deles ocorrem entre sensações e emoções complexas que variam de criatura para criatura, conforme o grau evolutivo que cada qual haja logrado. Desse modo, deve transcorrer em clima de paz ambiente o processo liberativo, para que, no instante em que cessem as pulsações orgânicas, nenhum choque vibratório atinja o recém-desencarnado. (Obra citada - Ante moribundos, pp. 73 e 74.) 

C. Muitos Espíritos que passam pelo processo da desencarnação não se dão conta do que lhes aconteceu?  

Sim. Grande número deles, subjugados pelos vícios ou pela materialidade de sua existência, não se dão conta do que lhes aconteceu e, mesmo quando são levados à reflexão post mortem, negam-se a aceitar a contingência, apegando-se às impressões e aos gozos nos quais se compraziam, embora estes se lhes apresentem, agora, de forma afligente e angustiante. Essa perturbação se alonga pelo tempo em que as ilusões cultivadas predominam, impedindo-lhes o despertar da consciência longamente anestesiada pelos vapores tóxicos da carne. (Obra citada - Ante moribundos, pp. 74 e 75.) 

Texto para leitura 

37. A ideia da sobrevivência do Espírito é inata em todos nós - O estabelecimento de prêmios e punições de sabor material, para a vida post mortem, tornou-a detestável, não só pelo medo de uma justiça absurda e impiedosa, como pela indiferença a uma felicidade estanque, monótona e perpétua, que tem lugar num céu onde o amor não dispõe de recursos para socorrer os caídos, nem a piedade vige em relação aos infelizes. O engodo dos sentidos, por fim, anestesia a razão e a leva a concluir que a morte deles representa a destruição da vida, arrolando o cérebro como autor do pensamento e elevando os órgãos à condição de causa da existência do ser. Assim, a desinformação e as concepções erradas sobre a vida futura são responsáveis pelo temor da morte, que leva muitos indivíduos a estados neuróticos lamentáveis, como a comportamentos alucinados, nos quais buscam o esquecimento, fugindo da sua contingência enganosa. É, todavia, inata em todos os seres a ideia da sobrevivência do Espírito à morte do corpo físico. A intuição do futuro sempre esteve presente em todos os povos, desde os mais primitivos, estabelecendo, de algum modo, um código ético de comportamento, que previne o homem e o prepara para o encontro com a consciência após o traspasse. Nos indivíduos imediatistas, aferrados aos prazeres físicos, o medo da morte é maior, em face das sensações que os escravizam à matéria, fazendo-os recear a perda dos gozos em que se comprazem. À medida, porém, que se aclaram os enigmas em torno da realidade post mortem, em que os fatos demonstram o seu prosseguimento, oferecendo uma visão correta sobre a sua continuação, o temor cede lugar à confiança e as dúvidas são substituídas pela certeza da perenidade do ser, que se sente estimulado a preparar, desde então, esse futuro, no qual a felicidade possui uma dinâmica que fomenta o progresso incessante, em decorrência do esforço empreendido por quem deseja alcançá-lo. Essa convicção leva o homem a uma mudança de metas, que passa a conquistar, esforçando-se pelo trabalho no presente com os olhos postos no futuro. A saudade dos afetos que o precederam na viagem de volta não mais o dilacera, porque tem certeza de que irá reencontrá-los. (Temor da morte, pp. 68 e 69.) 

38. O homem deve pensar na morte, como pensa na vida - Essa certeza faz com que novos estímulos tomem corpo, executando um programa de promoção para credenciá-lo à convivência ditosa. Graças a esta emulação, todos os esforços são aplicados com direcionamento positivo, ensejando coragem para a luta e ânimo para vencer o cansaço ou quaisquer outras dificuldades que intentem obstaculizar-lhe a marcha. O conhecimento dos objetivos mediatos da vida e a identificação dos valores que jazem no Espírito, mediante a concentração no ser real, fazem que a perda do envoltório físico não signifique quase nada em relação à sobrevivência doadora de todas as bênçãos a que se pode aspirar. Enquanto perdura o fenômeno orgânico, as impressões da vida espiritual são fugazes, incompletas. Na razão, porém, em que diminuem os impositivos da matéria sobre a alma, ampliam-se-lhe as percepções do mundo causal, dando origem a um secreto desejo de despojar-se do fardo que pesa, às vezes, com altas cargas de miséria e de dor. Aqueles que tudo depositam na vida física temem perdê-la, aferrando-se com desespero às suas exigências em prejuízo da libertação, que se lhes torna penosa e demorada. O exercício mental e o natural desapego das ilusões favorecem a confiança na sobrevivência, anulando o injustificável medo da morte. Para isso, é preciso o amadurecimento íntimo que decorre da vivência equilibrada e do conhecimento que o estudo e a experiência propiciam, ou resulta do sofrimento, o grande e oportuno fiador dos que se encontram encarcerados e anelam pela libertação. O homem deve pensar na morte conforme pensa na vida. Cada dia que passa no calendário terrestre, adicionando-lhe tempo à existência física, é-lhe um a menos, a aproximá-lo do portal da morte. Substituir o medo pela expectativa de como será a vida mais tarde, substituir a incerteza pela conscientização do prosseguimento espiritual, deve ser um programa bem elaborado para ser vivido com tranquilidade, no dia a dia do seu peregrinar evolutivo. A vida espiritual perde assim para ele o seu caráter hipotético, para tornar-se uma realidade, na qual penetra desde antes da morte, através dos fenômenos mediúnicos que lhe propiciam essa convicção, especialmente com o intercâmbio dos sempre vivos, que o vêm emular na preparação da equipagem para o inevitável processo de retorno. (Temor da morte, pp. 70 e 71.) 

39. Um calidoscópio mágico desfila-nos todos os fatos da existência ora finda - Quando o homem compreender, em toda a sua magnitude, o fenômeno da morte e o consequente despertar do Espírito, poderá contribuir de maneira eficiente para o desprendimento dos moribundos no seu leito de agonia. O comportamento materialista, que o propele a uma existência de imediatismos, faz que, diante da morte dos seres queridos, se entregue ao desespero, ou à blasfêmia, ou ao inconformismo, atirando perigosos dardos de ira naquele que necessita de paz, no momento grave em que se lhe encerra o ciclo biológico, no qual realizou empreendimento de magna importância para o seu curso de evolução. Os minutos ou horas que precedem a desencarnação se revestem de muita significação para o ser em preparativos para seguir à Espiritualidade. O afrouxamento dos laços perispirituais e o consequente desfazimento deles ocorrem entre sensações e emoções complexas que variam de criatura para criatura, conforme o grau  evolutivo que cada qual haja logrado. Desse modo, deve transcorrer em clima de paz ambiente o processo liberativo, para que, no instante em que cessem as pulsações orgânicas, nenhum choque vibratório atinja o recém-desencarnado. Em face do desajuste comportamental do cotidiano, muitos familiares e amigos criam uma psicosfera agressiva, na qual os petardos mentais alcançam o convalescente em estado de sono, perturbando-lhe o repouso que precede ao despertamento. Nas horas seguintes, porque permanecem as conjunturas tumultuosas, o Espírito se aturde ante as cenas chocantes que depara, quase sempre tombando em desequilíbrios equivalentes e injustificáveis. Logo que se dá a ocorrência da desencarnação, o Espírito acompanha, em calidoscópio mágico, todos os fatos da existência que acabou de viver, podendo, em breve espaço de tempo, aquilatar a respeito da conduta que se permitiu, com a automática avaliação de todos os seus atos. Só então passa a lamentar os erros como a abençoar os sacrifícios e as dores, as realizações nobres e as lutas travadas em prol dos ideais dignificantes, bem como as renúncias ocultas, a abnegação e os silêncios que beneficiaram outrem, como efeito do amor e da caridade a que se afeiçoou. (Ante moribundos, pp. 73 e 74.) 

40. O ambiente de harmonia contribui para tornar ameno o momento da morte - Certamente, nem todos os desencarnados podem repassar a vida há pouco concluída, considerando-se que grande número deles, subjugados pelos vícios ou pela materialidade de sua existência, não se dão conta do que lhes aconteceu  e, mesmo quando são levados à reflexão post mortem, negam-se a aceitar a contingência, apegando-se às impressões e aos gozos nos quais se compraziam, embora estes se lhes apresentem, agora, de forma afligente e angustiante. Essa perturbação se alonga pelo tempo em que as ilusões cultivadas predominam, impedindo-lhes o despertar da consciência longamente anestesiada pelos vapores tóxicos da carne... O ambiente de harmonia, saturado de vibrações benéficas, contribui efetivamente para tornar ameno e compensador o momento da morte, mesmo para os que não souberam utilizar corretamente os tesouros da vida, facultando que sobre eles os afetos espirituais possam exercer ação benéfica e até impeditiva da loucura ou dos pesadelos cruéis que a muitos assaltam... O momento da reencarnação é sempre aguardado com entusiasmo e festa no coração, o que constitui bênção para o ser que chega e principia a nova caminhada na Terra. Encarcerando-se temporariamente no corpo, para o cumprimento do programa de iluminação, quando chega a hora da libertação seria de esperar que todos os que compartilharam da experiência proveitosa e o próprio triunfador se alegrassem, cantando hosanas de felicidade e agradecendo as dádivas recebidas, que irão contribuir para a plenitude buscada. Em caso de insucesso da jornada, melhores razões há para criar-se um clima psíquico e emocional de amor, que proporcione uma revisão tranquila dos atos e já uma outra programação para o porvir, em regime de confiança em Deus, na esperança de melhores oportunidades futuras.  (Ante moribundos, pp. 74 e 75.) (Continua no próximo número.)
 

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita