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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 7 - N° 338 - 17 de Novembro de 2013
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Temas da Vida e da Morte

Manoel Philomeno de Miranda 

(Parte 9)

Continuamos a apresentar o estudo metódico e sequencial do livro Temas da Vida e da Morte, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco.

Questões preliminares

A. Pode-se dizer que o abuso das paixões é o agente dos males que nos infelicitam?

Sim. O abuso das paixões – e não seu uso correto, que leva aos ideais do amor e ao arrebatamento pelas causas nobres – é o agente dos flagelos e males que se voltam contra o próprio homem e o infelicitam. A dor é, porém, o aguilhão que o propele para a frente, e é através dela que ele aprende a valorizar as oportunidades de sua existência corporal e desperta para o bem, a que se entrega, após a exaustão que o sofrimento lhe impõe. Como o mal não é uma realidade, mas um efeito transitório, que pode ser alterado a partir do momento que se lhe modifique a causa, ele transforma-se num futuro bem, porque vacina a vítima, que compreende melhor, a partir daí, a finalidade da vida na Terra e se empenha por alcançá-la no mais breve prazo. (Temas da Vida e da Morte - Flagelos e males, pp. 62 e 63.)

B. É suficiente ao ser humano não praticar o mal?

Não é suficiente, mas é um primeiro passo, que poderá facultar outros mais audaciosos, até que a atração do bem passa a envolver a pessoa. Desse modo, evitar o mal que em nós mesmos reside e, mediante o livre-arbítrio, conquistar espaço para as ações meritórias, empenhando-nos por vivenciá-las a partir de então – eis o caminho a trilhar. Sentindo-se impelido ao mal, em virtude dos remanescentes do primitivismo que nele jaz, todo homem deve e pode evitar praticá-lo, educando a vontade e canalizando as forças morais para o bem, que nele igualmente se encontra em gérmen, graças à sua origem divina. (Obra citada - Flagelos e males, pp. 64 e 65.)

C. Que fatores levam o homem a temer a morte?

São vários os fatores que levam o homem a ter medo da morte: a) o instinto de conservação da vida, que lhe constitui força preventiva contra a intemperança, a precipitação e o suicídio; b) a predominância da natureza animal, que nos Espíritos inferiores comanda as aspirações, tendências e necessidades; c) o temporário esquecimento da vida espiritual de onde procede; d) o conteúdo religioso das doutrinas ortodoxas, que oferecem uma visão distorcida e prejudicial do que sucede após a ruptura dos laços materiais; e) o receio de aniquilamento da vida, por falta de informações corretas a respeito do futuro da alma e daquilo que lhe está destinado. (Obra citada - Temor da morte, pp. 67 e 68.)

Texto para leitura

33. Os flagelos naturais constituem corretivos morais - Em face do impositivo da evolução, o homem enfrenta os flagelos que fazem parte da vida. Os flagelos chamados naturais surpreendem-no, embora ele não os possa evitar, mesmo tendo meios de os prevenir e remediar alguns de seus efeitos. Os flagelos irrompem de quando em quando, desafiando-lhe a capacidade intelectual, ao mesmo tempo em que lhe estimula os valores que deve aplicar para os conjurar e impedir. Constituem-lhe, assim, corretivos morais, mecanismos de expiação dos males perpetrados, recursos da Vida para impulsioná-lo ao progresso sem retentivas com a retaguarda. Muitos deles já podem ser previstos e têm seus efeitos perniciosos diminuídos, em razão das conquistas que a Humanidade vem alcançando. Outros – que constituíam impedimentos aos avanços e à saúde – têm sido minorados e até vencidos, com a fertilização de regiões desérticas, o saneamento de áreas contaminadas, a correção de acidentes geográficos, a prevenção contra epidemias que dizimavam multidões, e, graças ao Espiritismo, a terapia preventiva em relação aos processos obsessivos que dominavam grupos e coletividades... Apesar disso, há os flagelos que o homem busca através dos vícios, sobrepondo as paixões torpes aos sentimentos de elevação, vindo a padecer males que poderiam ser evitados com um mínimo de esforço. O egoísmo, que não cede lugar às aspirações altruístas, comanda a sua ambição desmedida, levando-o a excessos que o comprometem. Agressivo por instinto, não abdica da violência que gera atritos domésticos e de classes,  levando as nações às guerras, cada vez mais danosas e de efeitos imprevisíveis, aumentando a sanha de desforços, que se tornam causas de novos enfrentamentos, como se da vida somente lhe interessasse o poder para a destruição...  (Flagelos e males, pp. 61 e 62.) 

34. O abuso das paixões é o agente dos males que nos infelicitam -  A inteligência do homem, nesses momentos, fica obnubilada e os vapores do ódio intoxicam a razão, bloqueando os sentimentos. O homem, desgovernado, tomba, então, no flagelo por ele mesmo criado, quando, no entanto, está fadado à glória do bem e ao remanso da paz. Isso ocorre por efeito da sua imantação animal, desse predomínio da matéria sobre o Espírito, do enleamento das paixões perturbadoras que cultiva, atrasando-lhe a marcha que deveria prosseguir sem interrupção ou retardamento. Está, porém, no desejo dele mesmo evitar os males em que se enreda, caso se disponha a seguir o Estatuto divino, cujas leis são de fácil acesso e de perfeita assimilação no seu dia-a-dia. Rebelando-se contra a ordem, afasta o bem e, ausente este, enxameia o mal. Assim age, por pretender privilégios e prerrogativas que lhe exaltem o orgulho, fazendo-o posicionar-se acima do seu próximo, a quem passa a explorar e ferir, distante de qualquer respeito e dignidade pela vida e pelas demais criaturas. Na raiz desse comportamento extravagante e insensato encontra-se o atavismo ancestral, cujas imposições materiais, tendo primazia, dominam por completo a paisagem emocional. O abuso das paixões – e não o uso correto que leva aos ideais do amor e ao arrebatamento pelas causas nobres – é o agente dos flagelos e males que se voltam contra o próprio homem e o infelicitam. A dor é, porém, o aguilhão que o propele para a frente, e é através dela que ele aprende a valorizar as oportunidades de sua existência corporal e desperta para o bem, a que se entrega, após a exaustão que o sofrimento lhe impõe. Como o mal não é uma realidade, mas um efeito transitório, que pode ser alterado a partir do momento que se lhe modifique a causa, ele transforma-se num futuro bem, porque vacina a vítima, que compreende melhor, a partir daí, a finalidade da vida na Terra e se empenha por alcançá-la no mais breve prazo. Não tem importância em que classe social ou posição cultural estagie a pessoa, visto que a característica nele prevalecente é a de ordem moral, responsável pelo tipo de aspiração a que se entrega e da conduta que mantém.  (Flagelos e males, pp. 62 e 63.) 

35. Não praticar o mal é o primeiro passo - Lord Byron, por exemplo, poderia ter-se utilizado dos recursos de que dispunha, para enobrecer-se e felicitar a vida das pessoas. Considerado belo e de corpo perfeito, culto e inteligente, assumiu comportamento excêntrico e individualista, sensual e vulgar, com uma genialidade asselvajada que ora pertencia às suas personagens e noutros momentos parecia refletir seu próprio ser. Carlos Steinmetz, por sua vez, com algumas deformidades físicas, mas belo nos ideais de solidariedade humana, refugiando-se na América para escapar às perseguições políticas, contribuiu de maneira extraordinária para o progresso das ciências elétricas, chegando a patentear duzentas invenções e escrever diversos trabalhos científicos que promoveram o progresso tecnológico da Humanidade. De acordo com a direção que dê a seus passos, surgem para o homem os comportamentos que lhe assinalam a marcha. Tudo é, porém, decorrência de seu mundo mental, característica de seu estágio evolutivo. Gerando hábitos, a eles se submete, porquanto ninguém há que viva sem esses condicionamentos. Quem não os tem bons, não fica deles isento, passando a tê-los maus. O ideal será, então, iniciar-se nas experiências da vida por uma forma neutra, ou seja, não praticar o mal,  o que sabemos não ser suficiente. Mas é um primeiro passo, que facultará outros mais audaciosos, até que a atração do bem passa  a  envolver o indivíduo,  levando-o ao comprometimento com as ações superiores. Desse modo, evitar o mal, que em nós mesmos reside, e, mediante o livre-arbítrio, conquistar espaço para as ações meritórias, empenhando-nos por vivenciá-las a partir de então – eis o caminho a trilhar. Sentindo-se impelido ao mal, em virtude dos remanescentes do primitivismo que nele jaz, todo homem deve e pode evitar praticá-lo, educando a vontade e canalizando as forças morais para o bem, que nele igualmente se encontra em gérmen, graças à sua origem divina. Originário do mundo espiritual, para ali retornará um dia, fadado ao bem vitorioso que conseguirá ao fim das pelejas travadas. (Flagelos e males, pp. 64 e 65.) 

36. Inúmeros fatores levam o homem a temer a morte - O temor da morte resulta de vários fatores inerentes à natureza humana e à sua existência corporal. Entre eles destacam-se: a) o instinto de conservação da vida, que lhe constitui força preventiva contra a intemperança, a precipitação e o suicídio, que são, no entanto, desconsiderados nos momentos de superlativo desgosto, revolta ou desespero; b) a predominância da natureza animal, que nos Espíritos inferiores comanda as suas aspirações, tendências e necessidades; c) o temporário olvido da vida espiritual de onde procede; d) o conteúdo religioso das doutrinas ortodoxas, que oferecem uma visão distorcida e prejudicial do que sucede após a ruptura dos laços materiais; e) o receio de aniquilamento da vida, por falta de informações corretas a respeito do futuro da alma e daquilo que lhe está destinado. Programado o corpo para servir de instrumento para o progresso do Espírito, através de cujo cometimento desenvolve todas as aptidões e valores que nele jazem latentes, o instinto de conservação é-lhe um instrumento de alto valor, para que seja preservada a vida, até as últimas resistências. Por isso, o Espírito se imanta ao corpo e receia perdê-lo, em razão do atavismo ancestral que lhe bloqueia o discernimento a respeito daquilo cujos dados de avaliação não logram impressionar-lhe os sentidos. O predomínio da natureza animal desenvolve-lhe o egoísmo e exacerba-lhe a paixão violenta, acentuando a sensualidade que se expande engendrando programas de novos gozos, que terminam por exaurir-lhe as energias mantenedoras dos equipamentos de sustentação orgânica. Assim é que um leve aceno de prolongamento da vida física ao moribundo fá-lo sorrir e aspirar pela sua ocorrência, em injustificável apego aos despojos que lhe não permitem mais largos logros, embora lhe concedam a permanência física. A reencarnação promove o transitório esquecimento do passado, que é providencial, mas esse esquecimento constitui também motivo de receio da morte, em razão da falta de elementos que estruturem a confiança na sobrevivência, com o retorno ao mundo espiritual. (Temor da morte, pp. 67 e 68.) (Continua no próximo número.)


 


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