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Estudando a série André Luiz
Ano 7 - N° 337 - 10 de Novembro de 2013
MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 


E a Vida Continua...

André Luiz

(Parte 22)

Continuamos nesta edição o estudo da obra E a Vida Continua, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1968 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares 

A. Ernesto Fantini não gostou de saber que Caio se havia apossado dos bens que ele adquirira em sua derradeira existência. Que lhe foi dito a respeito disso pelo instrutor Ribas? 

Notando a surpresa e a decepção de Fantini, visto que Caio – namorado de sua filha – valera-se de um ardil para se apossar dos bens, o instrutor Ribas lhe disse: “Aceite a realidade, meu amigo. Todas as suas propriedades no campo físico, mediante a desencarna­ção, passaram ao domínio de outras vontades e ao controle de outras mãos. A vida reclama o que nos empresta, dando-nos em troca, seja onde seja, o que fazemos dela, junto dos outros..." A lição é expressiva. Os bens que detemos não nos pertencem e podem, portanto, mudar de mãos, sem que nada possamos fazer. O apego aos bens materiais é, em face disso, algo que devemos combater seriamente em nós mesmos. (E a Vida Continua, cap. 22, pp. 181 e 182.)  

B. Ribas disse, a respeito do assunto, que Caio, ao agir como estava agindo, enganava a si mesmo. Que é que ele quis dizer?

Primeiro, apossando-se indevidamente dos bens deixados à família por Fantini, Caio assumia largas dívidas pe­rante as Divinas Leis. Além disso, segundo Ribas, ele deveria experimentar, instintivamente, a fome de ação para enriquecer-se cada vez mais. Apaixonar-se-á pelo dinheiro e, em vez de aproveitar as alegrias da vida simples, andará distante da verda­deira felicidade, escravizado que ficará, por muito tempo, à ambição de ganhar e ganhar, amontoar e amontoar. E isso tudo, no fim, será rever­tido em benefício dos familiares de Fantini, principalmente de Elisa, a quem ele presentemente impelia à desencarnação prematura, porquanto ela, prestes a desencarnar naqueles dias, deveria reencarnar dentro de cinco a seis anos, na condição de filha de Caio e Vera. (Obra citada, cap. 22, pp. 181 e 182.) 

C. Segundo Ribas, o plano ora arquitetado deveria estender-se por 30 anos. A quem estaria reservada a tarefa de execução, supervisão e acompanhamento, para que tudo ocorresse como planejado?

O plano previa a volta de Elisa e Túlio como filhos de Caio e Vera, bem como o retorno de Desidério como filho adotivo de Amâncio e Brígida. Em seguida, no momento oportuno, Elisa e Desidério se reencontrariam para firmar matrimônio. Admirado com os projetos esboçados, Fantini indagou de Ribas quem se responsabilizaria pela sua execução. "Vocês já ouviram falar em guias espirituais?" – perguntou o instru­tor a Fantini e Evelina. Como ambos ficassem em silêncio, informou: "Pois é... Vocês dois se­rão os encarregados do serviço em perspectiva, com todas as tarefas-saté­lites que lhe forem consequentes. Esforçar-se-ão para que Serpa e Vera se consorciem; para que Elisa se recupere após a desencarnação, no menor prazo possível; para que Desidério volte ao renascimento físico, nas con­dições desejáveis, e auxiliarão, ainda, a Elisa, no retorno à Terra, com o dever de amparar-lhes o berço e a meninice, além de que estarão colabo­rando não só para que a futura genitora de Desidério conquiste recursos adequados para acolhê-lo no claustro materno, como também para que o nosso amigo, a reencarnar, venha a sentir-se convenientemente instalado, na posição de filho adotivo..." Dito isto, Ribas acrescentou com bom-hu­mor: "Trabalho para trinta anos, meus amigos! Para início de ajuste, con­siderem-se vinculados à nossa cidade, em serviço, no mínimo de trinta anos pela frente!..." (Obra citada, cap. 22, pp. 185 a 187.)

Texto para leitura

85. Elisa é internada - Ribas informou, em seguida, que Caio e Vera haviam retornado à casa de Vila Mariana, em São Paulo, mas Elisa fora in­ternada, seis dias antes, numa clínica de saúde mental. É que, instada por Caio, a filha assumiu responsabilidades e a doente não pôde resistir. As notícias recebidas, no entanto, destacavam enorme gravidade nos prog­nósticos quanto à situação orgânica de Elisa, que piorara muito em rela­ção ao pro­cesso obsessivo de que era vítima, advindo-lhe uma trombose ce­rebral pro­gressiva, a indicar desencarnação próxima. Na verdade, ela so­frera tal distúrbio após terrível desgosto. "Que desgosto?", indagou Er­nesto, e Ri­bas informou: "Averiguamos que Serpa, de algumas semanas para cá, pres­sionou Vera para que se retirasse da genitora a faculdade de di­rigir os próprios negócios. Advogado de muitas relações, muniu-se de in­fluências diversas e, assim que convenceu a futura sogra a hospitalizar-se para tratamento, que assegurou não passaria de dois a três dias, ob­teve com as certidões devidas o despacho da autoridade competente, favo­rável aos seus propósitos, que apresentou aos amigos, em todas as provi­dências, como sendo propósitos da jovem a quem promete desposar". Elisa, ao reconhecer na casa de saúde a impossibilidade de mobilizar seus recur­sos econômicos, sofreu um grande choque, porquanto, embora obsidiada, se encontra perfei­tamente lúcida. Caio tornara-se, com isso, procurador da enferma e da filha, com poderes legais para manejar-lhes todos os bens. O mentor acrescentou ainda que os terrenos que a família possuía em Santos já ha­viam sido vendidos, conforme decisão de Caio, que embolsou no negó­cio al­guns milhões, a título de corretagem. Ernesto e Evelina ficaram decepcio­nados com a nova maldade de Caio, mas Ribas recomendou evitassem pensa­mentos de crueldade, pois era indispensável envolver Caio e Vera em ondas de simpatia. "Vocês não devem esquecer que os dois, na equipe doméstica – ajuntou o mentor –, são amigos providenciais. Se vocês opera­rem com segurança, no apoio afetivo de que Caio não prescinde, ele espo­sará Vera e será o pai de Mancini na existência próxima." (Cap. 22, pp. 179 a 181) 

86. Ninguém ilude a lei de Deus - O mentor esclareceu que, caso isso se confirmasse, Caio resgataria o débito para com Túlio, visto que, ha­vendo-lhe matado o corpo físico, era obrigado a restituir-lhe esse mesmo patrimônio, segundo os princípios de causa e efeito. Além disso, tranqui­lizaria Evelina, ao se encarregar no mundo da reeducação de um Espírito cujo destrambelho emotivo tanto trabalho vem custando à jovem. Ernesto titubeou, mas Ribas cortou-lhe o raciocínio, dizendo: "Sei, Fantini, o que você pensa. Você, apegado ainda à família consanguínea que o Senhor lhe emprestou na Terra, reconhece que Serpa começou a apoderar-se daquilo que foi sua razoável fortuna. Você, indiscutivelmente, não se deve ilu­dir. Assim como já negociou os lotes que lhe pertenciam em Santos, dis­porá talvez de todo o material que você aprecia ainda como sendo os seus apartamentos de aluguel em São Paulo, a sua residência de Guarujá, as suas apólices, as suas joias, os seus depósitos bancários e até mesmo o seu pequeno mundo doméstico de Vila Mariana... Aceite a realidade, meu amigo. Todas as suas propriedades no campo físico, mediante a desencarna­ção, passaram ao domínio de outras vontades e ao controle de outras mãos. A vida reclama o que nos empresta, dando-nos em troca, seja onde seja, o que fazemos dela, junto dos outros..." O instrutor lembrou-lhe, porém, que agindo assim Caio enganava a si mesmo, assumindo largas dívidas pe­rante as Divinas Leis: "Retendo os patrimônios materiais de Elisa e Vera, experimentará, instintivamente, a fome de ação para enriquecer-se cada vez mais. Apaixonar-se-á pelo dinheiro e tão cedo se sentirá saciado. Ao in­vés de aproveitar as alegrias da vida simples, andará distante da verda­deira felicidade, escravizado que ficará, por muito tempo, à ambição de ganhar e ganhar, amontoar e amontoar... E isso tudo, no fim, será rever­tido em benefício... Sabe de quem?" – "Estimaria saber...", respondeu Ernesto. "Dos seus familiares, meu caro, e principalmente de Elisa, a quem ele presentemente impele à desencarnação prematura com apontamentos insensatos, sequioso de lhe governar as vantagens econômicas em regime de ilusória impunidade." O mentor explicou então que Elisa, cuja desencarna­ção ocorreria naqueles dias, deveria reencarnar dentro de cinco a seis anos, na condição de filha de Caio e Vera, logo após a reencarnação de Túlio Mancini, que lhes seria o primogênito... (Cap. 22, pp. 181 e 182) 

87. Os méritos de Amâncio Terra - De acordo com a explicação de Ri­bas, dentro de trinta anos, quando Caio deveria retornar à Vida Espiri­tual, devolveria ele à sogra espoliada – então sua filha – e a Vera Ce­lina, sua viúva, todos os patrimônios de que se apropriava, restituindo-os positivamente aumentados, acrescidos de grandes rendimentos, ao mesmo tempo em que terá trabalhado o bastante para legar a Túlio, na nova exis­tência, uma situação material invejável... Evelina e Ernesto estavam es­tupefatos com a segurança das Leis de Deus! Caio Serpa não devia, por­tanto, ser considerado larápio ou delinquente, mas aliado, amigo, de quem dependeria o futuro de Vera, Elisa e Túlio. Evelina perguntou, então, a Ribas acerca de Desidério, seu pai, para quem ela estava sonhando o re­gresso ao berço terreno. O mentor confirmou que isso já constava do es­quema em curso. "Seu apelo foi muito feliz e, com semelhante medida, Amâncio Terra, seu padrasto, receberá o socorro merecido", asseverou Ri­bas. "Em verdade, ele exterminou o corpo de Desidério, seu pai, alucinado na paixão que lhe enceguecia o espírito, e apossou-se-lhe da casa e dos recursos... É um homem ateu e evidentemente criminoso, mas profundamente humano e caritativo. Recolheu os bens de seu pai; no entanto, ao dilatá-los, com administração judiciosa e profícua, fez-se o esteio econômico para mais de duzentos Espíritos reencarnados, os seus servidores e ren­deiros, com os descendentes respectivos..." A todos Amâncio protegia ha­via mais de vinte anos; nunca abandonou os que enfermassem; nunca despre­zou os caídos em prova; nunca deixou crianças ao desamparo... Ele, de fato, assassinou Desidério e responderá por essa falta, nos tribunais da vida, mas dedicou-se a Brígida, a quem procurava satisfazer os menores desejos, na posição de marido honesto e fiel... Tantas preces subiam do mundo, a favor dele, pelas consolações e alegrias que espalhava, que che­gou a merecer mais amplas atenções dos Maiores da Espiritualidade. Desi­dério tornaria, assim, ao convívio do homem que ainda odiava, mas, ao ver-lhe as qualidades nobres, amá-lo-ia enternecidamente, como a um pai verdadeiro, de quem receberia abnegação e ternura, apoio e bons exemplos. Amâncio possuía apenas mais dez anos de permanência no corpo físico, de acordo com os dados em poder de Ribas; contudo, para um homem com os ser­viços por ele prestados, não seria difícil obter junto aos Poderes Supe­riores moratória de quinze a vinte anos a mais, prolongando-se-lhe o tempo na corrente existência. (Cap. 22, pp. 183 a 185) 

88. Um programa meticuloso - "Nosso esquema – informou Ribas – in­clui um acontecimento importante... Nos dias que virão, seremos chamados a aproximar os lares de Serpa e Amâncio, porquanto Desidério e Elisa, re­encarnados, realizarão venturoso matrimônio em plena juventude... Envidaremos esforço máximo, para que Desidério se despeça de nós, em breve tempo, na direção da vida física..." Evelina chorava e Ernesto refletia, empolgados ambos ante a lógica do plano estabelecido. Evelina perguntou, então, qual seria o destino de dona Brígida, sua mãe. "Sua mãezinha – aclarou o mentor – acompanhará os destinos de Amâncio... Seu pai despo­sou-a, mas não a amava... Tanto assim que, nas anotações e relatórios de que dispomos, você ainda estava no berço terrestre e ele já gravitava para outros campos sentimentais." Ernesto, admirado com os projetos esbo­çados, indagou de Ribas quem se responsabilizaria pela sua execução. "Vocês já ouviram falar em guias espirituais?", perguntou-lhes o instru­tor. Como ambos ficassem em silêncio, informou: "Pois é... Vocês dois se­rão os encarregados do serviço em perspectiva, com todas as tarefas-saté­lites que lhe forem consequentes. Esforçar-se-ão para que Serpa e Vera se consorciem; para que Elisa se recupere após a desencarnação, no menor prazo possível; para que Desidério volte ao renascimento físico, nas con­dições desejáveis, e auxiliarão, ainda, a Elisa, no retorno à Terra, com o dever de amparar-lhes o berço e a meninice, além de que estarão colabo­rando não só para que a futura genitora de Desidério conquiste recursos adequados para acolhê-lo no claustro materno, como também para que o nosso amigo, a reencarnar, venha a sentir-se convenientemente instalado, na posição de filho adotivo..." Dito isto, Ribas acrescentou com bom-hu­mor: "Trabalho para trinta anos, meus amigos! Para início de ajuste, con­siderem-se vinculados à nossa cidade, em serviço, no mínimo de trinta anos pela frente!..." Ernesto contemplou Evelina, tomado de profundo en­ternecimento. Ela o fitava e sintonizava-se-lhe com a onda de ideias e emoções. Estavam ambos com a paz de consciência e a sós um com o outro, na empresa que os chamava. Entreolharam-se e compreenderam-se. E ao modo de aliados que se reencontram para veneráveis misteres, no campo da vida, se prometeram sem palavras irmanar os corações, transferindo um para o outro os sagrados tesouros afetivos que se lhes devolviam da Terra, convencidos de que precisavam da escora recíproca para a longa jornada que se lhes descerrava aos anseios de redenção. (Cap. 22, pp. 185 a 187) (Continua na próxima semana.)



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita