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Estudando a série André Luiz
Ano 7 - N° 336 - 3 de Novembro de 2013
MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 


E a Vida Continua...

André Luiz

(Parte 21)

Continuamos nesta edição o estudo da obra E a Vida Continua, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1968 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares 

A. De volta à cidade espiritual, que ideias Evelina e Fantini apresentaram ao instrutor Ribas?

Na volta, ambos reconheciam-se melhorados e quase refeitos, tanto assim que em viagem debateram temas fundamentais da existência, quais sejam o amor, a reencarnação, o lar, o imperativo do sofrimento... Reinstalados na cidade espiritual, continuaram sonhando o futuro. O renascimento de Túlio como filho de Caio e Vera era uma possibilidade que passaram a discutir. E Evelina pensava também em quanto a reencarnação seria útil para Desidério, seu pai. A verdade é que ambos prometiam a si mesmos ajudar os familiares que fica­ram, suplicando a Deus lhes prolongasse a existência no mundo físico, no interesse da família e deles mesmos. E foram essas as ideias que apresentaram ao instrutor Ribas, que admitiu para Evelina ser perfeitamente justo mentalizar as reencarnações de Túlio Mancini e Desidério para futuro próximo, o que exigiria, porém, planejamento meticuloso. (E a Vida Continua, cap. 21, pp. 170 e 171.)  

B. No tocante à reencarnação de Desidério, qual foi a ideia de Evelina?

A ideia foi adoção. Evelina imaginou como seria bom que Desidério, de volta à carne, fosse adotado por Brígida e Amâncio. Para isso, ela foi até a casa paterna, onde vivera até casar-se, passando a envolver sua mãe com esse pensamento. Evelina lhe dizia: "Auxilie, Mãezinha, auxilie meu pai para que volte à vida terrestre!... Quem sabe? A senhora e meu pai Amâncio vi­vem quase sós nesta casa!... Um menino! um filho do coração!..." A mãe não a via, mas deixou-se empolgar pela ideia de que ela e o esposo estavam envelhecendo sem deixar qualquer descendente e que uma criança perfilhada por eles seria talvez um apoio para o futuro. Movida pelo entusiasmo da filha, Brígida sondou o esposo a respeito da ideia de terem um filho. Amâncio disse que não compartilhava do seu otimismo, mas não se opunha aos seus desejos, exigindo apenas que o menino para ali fosse ao nascer, sem que os pais os incomodassem. (Obra citada, cap. 21, pp. 174 a 176.) 

C. Evelina quis, em seguida, visitar Desidério. Ela conseguiu permissão para isso?

Não. Ribas explicou-lhe que a condição de Desidério, naquele mo­mento, não aconselhava tal medida. "Aquele rebelde e nobre coração que lhe serviu de pai possui qualidades notáveis que serão desentranhadas em momento oportuno", disse-lhe o instrutor. "Convém, filha, não venhamos a estragar as oportunidades. Paciência..." Desidério deveria reencontrá-la em momento de mais alta compreensão. Evelina compreendeu a observação de Ribas, e aquiesceu, ciente de que, quando as circunstâncias o permitissem, ela poderia e deveria efeti­vamente rever o pai terrestre. (Obra citada, cap. 22, pp. 177 e 178.)

Texto para leitura 

81. De volta à cidade espiritual - No horário fixado para a volta, o veículo recolheu Ernesto, Evelina e os demais para o retorno. A jovem ar­dia em desejos de rever o pai, mas o amigo julgou prudente não fazê-lo sem maior preparação. Reconheciam-se então melhorados, quase refeitos, tanto assim que em viagem debateram temas fundamentais da existência, quais sejam o amor, a reencarnação, o lar, o imperativo do sofrimento... Reinstalados na cidade espiritual, continuaram sonhando o futuro. Juntos conversavam. Juntos planeavam. O renascimento de Túlio como filho de Caio e Vera era uma possibilidade que passaram a discutir. E Evelina pensava também em quanto a reencarnação seria útil para Desidério, seu pai. A verdade é que ambos prometiam a si mesmos ajudar os familiares que fica­ram, suplicando a Deus lhes prolongasse a existência no mundo físico, no interesse da família e deles mesmos. Dez dias depois, quando se conside­ravam plenamente refeitos, solicitaram audiência com Ribas, de modo a ex­por-lhe as ideias novas e comentar os acontecimentos havidos. O mentor acolheu-os com a atenção habitual e lhes disse: "Meus caros, quando as súplicas de nosso Fantini chegaram até nós, não somente promovemos o so­corro preciso como também solicitamos anotações de todos os eventos fami­liares de que se veem partícipes. Sabemos agora, em documentação ade­quada, tudo aquilo de que se informaram. Quanto aos nossos deveres de or­dem moral, já nos entendemos aqui suficientemente em dilatadas entrevis­tas". Ernesto perguntou-lhe se era justo continuar agindo em favor da fa­mília terrena. Ribas respondeu-lhe que sim: "Obrigação, meu amigo, isto é nossa obrigação, os que conhecem precisam auxiliar os que ignoram e não apenas auxiliar simplesmente, mas auxiliar com muito amor". Em seguida, admitiu para Evelina ser perfeitamente justo mentalizar as reencarnações de Túlio Mancini e Desidério, para futuro próximo, o que exigiria, porém, planejamento meticuloso. "A evolução é a nossa lenta caminhada de retorno para Deus", asseverou o mentor. "Os que mais amem vão à frente, traçando caminhos aos seus irmãos." (Cap. 21, pp. pp. 170 e 171) 

82. Na casa materna - Ribas prometera enviar um emissário a São Paulo para conhecer as condições gerais dos familiares de ambos, marcando para a noite seguinte novo encontro em que se discutiriam os passos a seguir. No dia imediato, em condução regular da cidade espiritual para o mundo físico, Evelina e Ernesto, devidamente autorizados pelo mentor, foram re­ver o lar de Brígida e Amâncio. A emoção de Evelina, ao transpor os um­brais da antiga casa, foi muito intensa, sobretudo quando reviu a mãe, numa varanda lateral, em que ela e Amâncio costumavam descansar, após as refeições. A jovem ajoelhou-se, então, diante da genitora e, depondo a cabeça em seus joelhos, chorou convulsivamente, como o fazia nas contra­riedades e caprichos da infância. Dona Brígida não lhe registou a pre­sença, em sentido direto; entretanto, parou o olhar cismarento no arvo­redo próximo, sentindo, de súbito, intraduzíveis saudades da filha. Re­presaram-se-lhe lágrimas que não chegavam a cair... "Que vontade de rever minha querida Evelina!...", pensou ela, e Evelina, que lhe captava os pensamentos, respondeu: "Mamãe! Mãezinha, eu estou aqui!..." Enquanto isso, Ernesto observava Amâncio, examinando nele os estragos do tempo e surpreendendo-se pela delicadeza com que o antigo amigo tratava a esposa. (Cap. 21, pp. 171 a 173) 

83. Os pais de Evelina decidem adotar um menino - Dona Brígida disse ao esposo estar sentindo, naquele momento, imensas saudades de Evelina e admitiu a crença de que existe outra vida, na qual se encontrarão os que muito se amaram neste mundo. "Os filósofos dizem isso – observou Amâncio –, mas os homens práticos afirmam, e com razão, que nada se conhece dos finados, além da certidão de óbito..." Nesse momento, Ernesto tateou-lhe a cabeça com uma das mãos, identificando-lhe cravadas na memória as cenas vivas do assassínio de Desidério, profundamente bloqueadas nos escaninhos da mente; no entanto, algo lhe dizia no íntimo que não lhe era lícito convocar o espírito do companheiro a qualquer estado negativo, quando tudo lhe fazia crer que Amâncio se transformara num esteio de trabalho respeitável para famílias numerosas, como administrador estimado e digno que era. Além disso, por que haveria de acusá-lo, se ele, Ernesto, não exterminou Desidério apenas por falta de pontaria? Tais pensamentos per­passavam pela cabeça de Ernesto, quando escutou Evelina a se queixar, em pranto, para o coração materno: "Oh! Mãezinha, sei agora que meu pai erra nas sombras da alma!... Transformou-se num Espírito empedernido no ódio... Que poderemos fazer nós duas para ajudá-lo?" Dona Brígida nada registou em sentido direto, senão doloroso e vago impulso de retorno ao passado, mas a filha insistiu: "Auxilie, Mãezinha, auxilie meu pai para que volte à vida terrestre!... Quem sabe? A senhora e meu pai Amâncio vi­vem quase sós nesta casa!... Um menino! um filho do coração!..." Nesse trecho da súplica de Evelina, a genitora deixou-se empolgar pela ideia de que estavam envelhecendo sem deixar qualquer descendente e que uma criança perfilhada por eles seria talvez um apoio para o futuro. Movida pelo entusiasmo da filha, que lhe assimilava os pensamentos de adesão à sua proposta, Brígida sondou o esposo a respeito da ideia de terem um filho. "Ora, Brígida, era o que faltava! Você não acha esquisito – disse ele – terminarmos a vida fazendo mamadeira para criança?" Ela alvitrou, porém, que ambos poderiam ter ainda dilatado tempo de vida na Terra e um bravo rapaz que ajudasse a administrar a fazenda, dando continuidade à organização, seria maravilhoso... Amâncio asseverou que não compartilhava do seu otimismo, mas não se opunha aos seus desejos, exigindo apenas que o menino para ali fosse ao nascer, sem que os pais os incomodassem. Dona Brígida ficou felicíssima e Amâncio, vendo o júbilo da companheira, sen­tiu misteriosa ventura acariciando-lhe as entranhas do ser... É que Eve­lina, avançando para ele, osculava-lhe os cabelos, ao mesmo tempo em que lhe estendia a destra sobre o tórax, como se lhe afagasse o coração. (Cap. 21, pp. 174 a 176) 

84. Ribas pede que Evelina não reveja o pai - Na hora combinada, rea­lizou-se a reunião com Ribas, ocasião em que Evelina lhe fez sucinto re­latório sobre a visita a seus pais. Examinou-se, então, a situação de Tú­lio Mancini, que evidenciava realmente reduzido progresso. Era preciso que Evelina permanecesse a sós junto do rapaz, para favorecer-lhe, quanto possível, a renovação mental, ao passo que Ernesto se encaminharia diariamente ao plano físico, de maneira a colaborar a benefício de Desi­dério e Elisa. Evelina manifestou ao mentor o desejo de visitar seu pai e abraçá-lo, mas Ribas explicou que a condição de Desidério, naquele mo­mento, não aconselhava tal medida. "Aquele rebelde e nobre coração que lhe serviu de pai possui qualidades notáveis que serão desentranhadas em momento oportuno", disse-lhe o instrutor. "Convém, filha, não venhamos a estragar as oportunidades. Paciência..." Desidério deveria reencontrá-la em momento de mais alta compreensão. Antes disso, Fantini desenvolveria com ele o mesmo trabalho que ela faria com Túlio, empenhando-se em des­pertá-lo para as alegrias da Espiritualidade Maior, ao mesmo tempo em que, nesse mister, aprenderiam ambos a readquirir o respeito e o afeto mútuos. Evelina compreendeu a observação de Ribas, e aquiesceu, ciente de que, quando as circunstâncias o permitissem, ela poderia e deveria efeti­vamente rever o pai terrestre.  (Cap. 22, pp. 177 e 178) (Continua na próxima semana.)



 


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