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Brasil
Ano 7 - N° 336 - 3 de Novembro de 2013
PAULO SALERNO
pgfsalerno@gmail.com
Porto Alegre, RS (Brasil)
 





Um público numeroso participa do Encontro Fraterno com Divaldo Franco

 

Com o tema central Vida em Plenitude, realizou-se mais um tradicional Encontro Fraterno com Divaldo Franco, que se iniciou no dia 10 de outubro, às 20h, no Salão de Convenções Bonfim do Hotel Iberostar Bahia, na Rodovia BA 099, Km 56, na Praia do Forte-BA.

Estiveram presentes na abertura oitocentos e vinte e três pessoas que assistiram à apresentação musical com o cantor Sandro Machado, de Salvador-BA, interpretando canções do repertório italiano.
 

Recepcionando os presentes, Divaldo Franco, o Embaixador da Paz, desejou que todos, ao término do evento, se encontrassem ricos de paz, com alegria de viver, realizando um encontro com o Cristo interno, para ter vida em plenitude. O Encontro Fraterno, disse, possui um caráter psicoterapêutico, proporcionador do autoconhecimento, da autoiluminação. Desejou que a alegria caracterizasse a convivência fraterna, proporcionando a formação de novas amizades.

Na oportunidade foi lançado o livro Sexo e Consciência, uma compilação de Luiz Fernando Lopes. A obra é o resultado de quinze anos de pesquisas nas conferências e seminários realizadas por Divaldo Franco nos últimos quarenta anos. Pernambucano, o organizador da obra é farmacêutico, educador e professor universitário, com Mestrado em Psicologia pela Universidade de São Paulo (USP), trabalhando em pesquisa e ensino nas áreas de Saúde Mental, Psicologia, Saúde da Família e Educação.

Luiz Fernando Lopes, na apresentação da obra, diz: Este trabalho proporciona novos referenciais para uma análise profunda no plano psicológico e existencial, favorecendo o despertar da dimensão amorosa que repousa na intimidade do Espírito, aguardando o nosso momento de decisão para eclodir com sabedoria e consciência no imenso painel evolutivo do ser.

Ambientando o momento para o estudo de O Evangelho segundo o Espiritismo que viria a seguir, foi apresentado, em PowerPoint, o texto Você não está deprimido, está distraído, de Facundo Cabral, cantor argentino, Mensageiro Mundial da Paz. Em seguida, Divaldo leu o texto sobre a necessidade da encarnação, uma mensagem de São Luís contida no capítulo IV – Ninguém poderá ver o reino de Deus se não nascer de novo.

Chegada dos participantes

Divaldo rodeado de amigos

Maquete da Mansão do Caminho

Durante os autógrafos

Encerramento do evento

Visando enriquecer o entendimento do texto evangélico, Divaldo chamou oito pessoas para apresentarem o seu entendimento e compreensão a respeito da necessidade da encarnação. Todos, muito judiciosos, propiciaram aos presentes enriquecedores comentários. Contribuindo para que cada um saísse desse encontro inicial fortalecido e em busca da autoiluminação, o Semeador de Estrelas conduziu os presentes a uma visualização terapêutica enriquecedora, finalizando a seguir a programação inicial. 

Magistral aula sobre Vida em Plenitude – A boa música possui o encantador e sublime poder de elevar os sentimentos, propiciando enlevo e harmonia. Foi esse momento musical que antecedeu as atividades do dia 11, preparando os presentes para a magistral aula sobre Vida em Plenitude, apresentada por Divaldo Franco. Na introdução foi apresentada, com recurso de multimídia, a dança das mil mãos, protagonizada por artistas surdas-mudas. O nobre Semeador de Estrelas salientou que se elas podem realizar espetáculo de tal beleza, o que não poderá fazer a criatura humana sendo possuidora de sentidos físicos equilibrados.

Utilizando-se dos conceitos de Carl Gustav Jung e de outros estudiosos do comportamento humano, da antropologia e da neurociência, Divaldo apresentou a tese da criação do Universo e dos seres que habitam a Terra. Permitiu que, ao acompanhar com atenção, pudesse o ouvinte imaginar-se percorrendo cada fase da criação, desde os seres unicelulares até o estágio em que se encontra o ser humano na atualidade. Depois, adentrou-se pelos quocientes de inteligência, emocional e espiritual, apresentando o resultado do trabalho realizado por renomados pesquisadores como Danah Zohar, Daniel Goleman, Michael Persinger, Alfred Binet, Theodore Simon, Emilio Mira y Lopes, entre outros. Amemos a vida mesmo com desafios. Deus nos ama. Não estamos na Terra para sofrer, estamos na Terra para atingir a meta de nossa sublimação, enfrentando todos os desafios. Assim se expressou o infatigável e amorável orador que encanta as multidões.

No período da tarde Divaldo ministrou uma magnífica aula de Física, abrangendo o período que vai desde 23 séculos antes de a publicação de O Livro dos Espíritos, com o atomismo grego, até os dias atuais com a partícula atômica denominada Bóson de Higgs. Nessa excursão pelos meandros das conquistas científicas, foram trabalhados os conceitos e teses de diversos estudiosos que procuravam ora demonstrar a existência da matéria densa, ora a existência da energia, a participação de Deus no Universo, ou sua negação.

Divaldo destacou que na obra divina primeiro se estabelece a função, para só depois surgir o órgão que facultará a função se expressar na matéria. Coube ao insigne codificador da Doutrina Espírita, Allan Kardec, realizar a aliança entre a ciência e a religião. Eminentes geneticistas, psicólogos, psiquiatras e outros apresentaram grandes contribuições para que o ser humano pudesse compreender melhor a sua natureza divina. Deus já não é mais uma figura abstrata, muito menos antropomórfica, como muitos concluíram equivocadamente um dia.  

A lição dada por Mohamed – O Justo – À noite, o momento musical foi protagonizado por Enrique Baldovino, exímio conhecedor e intérprete dos clássicos que, ao piano, arrancou calorosos aplausos. Um novo vídeo institucional da Mansão do Caminho foi apresentado. Com grande plasticidade, as atividades desenvolvidas foram sendo expostas com beleza e simplicidade, ficando evidente a grandiosidade do trabalho, do amor que lá são desenvolvidos.

Para encerrar a atividade noturna, Divaldo narrou uma história do repertório árabe. É a história de Mohamed – O Justo, um muçulmano, possuidor de um sentido apurado de justiça, amor e caridade. Em determinada ocasião – disse Divaldo – o monarca meditava, ao tempo em que passeava em seus jardins, quando teve sua atenção despertada por uma balbúrdia. Acercou-se e viu uma mulher em andrajos. Estava sentada sobre o chão e chorava. Com ela havia algumas maçãs que havia recolhido do chão. O Grão-Vizir – uma espécie de ministro – acusava-a. Pelo crime de furto e de ter invadido os domínios do monarca, ela deveria ter as mãos decepadas e ser apedrejada até a morte. Por ser um monarca justo e primar pelo cumprimento da lei, Mohamed ordenou que a sentença fosse cumprida ali mesmo, no local do crime. Como não era o local apropriado para a execução da sentença de lapidação, não havia pedras para tal. Mohamed – O Justo decidiu que cada um que ali se encontrava retirasse as pedras preciosas com que estavam ornamentados e as lançassem sobre a acusada. Surpreendida e aturdida, a sentenciada escutou Mohamed ordenar-lhe que recolhesse as pedras e as trocasse por alimentos e cuidados para seus filhos, porque a sentença havia sido cumprida.

A narrativa dessa história, aqui sintetizada, foi para afiançar que essa é a filosofia da Mansão do Caminho, ou seja, fora da caridade não há possibilidade de salvação. Estimulando a cada um fazer um pouco mais pelos desafortunados, Divaldo sugeriu que a criatura humana se torne um raio luminoso na escuridão da noite de miséria e iniquidade. Desejou que o suave aroma do Evangelho tocasse os sentimentos em favor do próximo, pois que amanhece a Era Nova, e os expoentes do passado, de todas as áreas, já estão de retorno para contribuírem na formação de uma era de mais beleza, de fraternidade, de paz e de amor. O público, estimulado em seus sentimentos, agradeceu ao Arauto da Paz e do Evangelho, com calorosa salva de palmas. 

Você perdoaria Karl Silberbauer? – Seguindo a programação, Divaldo Franco discorreu no dia 12 de outubro sobre o tema Psicologia do Perdão. Com vigor, grande disposição e acendrado amor e devotamento ao próximo, o Paulo de Tarso da Atualidade apresentou o trabalho desenvolvido por Simon Wiesenthal, um sobrevivente de campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial. Após passar cerca de quatro anos de sua vida nesses campos, dedicou sua vida a localizar, identificar e levar à justiça criminosos nazistas. Estando ainda prisioneiro, uma enfermeira alemã foi chamá-lo para atender a um pedido de um enfermo no hospital que abrigava os soldados alemães feridos. Era Karl Silberbauer, oficial da Gestapo, já em seus últimos dias, que implorou o perdão de Simon. Karl Silberbauer esteve presente no massacre de uma cidadezinha e foi um dos oficiais que exterminou a família de Simon. Karl, já nos estertores da morte física, estando coberto por gases e exalando odores pútridos, implorou ser perdoado por Simon, que não respondeu. Esse episódio está em o livro Sun Flowers, de Simon Wiesenthal.

O nobre conferencista indagou: Você perdoaria Karl Silberbauer? Outras histórias rechearam a magnífica conferência, oferecendo uma panorâmica sobre o perdão e o não perdão. Quando o ser humano ama desfruta de saúde. A Dra. Robin Casarjian recomenda que se a pessoa não for capaz de perdoar, pelo menos desculpe.

Inúmeros casos de perdão foram narrados pelo mestre da oratória, desde os mais recuados no tempo até os mais recentes, voltando a perguntar ao público: Você é assim, permite-se perdoar? O perdão, disse, é uma mensagem que ensina a transcender o mal. A psicologia do perdão leva o homem a não retaliar, a se depurar para lograr a plenitude da vida, que será alcançada pelo exercício das mensagens crísticas, principalmente as exaradas no Sermão da Montanha.

Apoiando-se nos estudos de Philippe Pinel, Emil Kraepelin e outros, Divaldo falou sobre os transtornos psiquiátricos com leveza, em uma abordagem agradável, pois que o tema é, por si só, bastante depressivo. Uma aula ministrada com toques de humor contagiante, enaltecedores dos bons sentimentos, do equilíbrio e do amor. Foram momentos riquíssimos.

Chamando a atenção para o tema que iria desenvolver, o conferencista despertou o interesse do público narrando uma pequena história que envolvia um grupo de amigos. Dentre eles, somente um era espírita, os demais materialistas, que propuseram ao espírita, premiando-o, um desafio: permanecer das 22h às 24h na porta de um cemitério, sob algumas condições. O desfecho foi inusitado.

Seguiu-se, dessa forma, a abordagem de reflexões sobre o perdão. Essas reflexões estão baseadas nos estudos realizados pela Dra. Robin Casarjian, psicoterapeuta, coordenadora de seminários sobre técnicas e psicologia do perdão. 

“A beleza, diz Divaldo, salvará o mundo” Eis algumas das reflexões trabalhadas pela Dra. Casarjian, entre outras, e comentadas por Divaldo:

Perdão é uma opção: a de não carregar raiva e rancor pelo resto da vida.

Perdoar não significa negar suas emoções, senão não será verdadeiro.

Respeite seu tempo, caso ainda não esteja preparado ao perdão, mas estabeleça prazos.

A raiva é uma emoção que pede reconhecimento, respeito e ajuda. Perdoar é dar a ela, além de tudo isso, sua porção de amor.

Para perdoar, procure avaliar as atitudes, e não julgar a pessoa.

Perdoar é sinal de autoamor, porque nos liberta do veneno do ressentimento e das amarras do passado.

O perdão nos permite ver o outro além das máscaras, além das suas limitações e momentos difíceis, e enxergar sua existência divina.

O período noturno iniciou-se com uma bela apresentação musical ao piano executada por Enrique e Guilherme Baldovino, remetendo o público a patamares mais elevados de harmonia, paz e sensibilidade. Citando o pensador russo Fiódor Dostoiévski, Divaldo destacou uma de suas expressões, a beleza salvará o mundo. Exemplificando essa afirmativa, Divaldo apresentou uma narrativa sobre as janelas da tristeza e da felicidade. Uma oposta a outra. Quando a criatura humana se encontra em uma delas, há sempre a possibilidade de passar a ver o mundo através da janela oposta. Importa que, quando esteja na janela da alegria, possa a criatura sair para ajudar o seu semelhante.

Depois adentrou-se pela comovente história acontecida durante a Segunda Guerra Mundial, notadamente no Campo de Concentração de Majdanek, na cidade de Lublin, na Polônia. História que se encontra narrada em o livro Os Pantanais da Alma, do psicólogo e escritor norte-americano Dr. James Hollis, que recebeu a visita de uma ex-prisioneira de Majdanek. Era o sentimento de culpa a atormentar, ainda, a infeliz prisioneira.

Segundo a mentora Joanna de Ângelis, a criatura humana não deve se sentir culpada, mas responsável, inclusive pela reabilitação. Sentir-se culpado é carregar cargas emocionais de grande significado que invariavelmente asfixiam o ser. Salientou Divaldo Franco, o Peregrino de Jesus, que o indivíduo maduro psicologicamente é aquele que assume a responsabilidade pelos seus atos.

Finalizando mais uma atividade desse grandioso encontro terapêutico, Divaldo conduziu os presentes em uma visualização terapêutica, com a finalidade de propiciar um encontro com o perdão. 

A dinâmica do muro do perdão – Saudando a bela manhã de domingo, dia 13 de outubro, homenageando e em gratidão ao Criador, os jovens Priscila e Waldir Beira interpretaram cinco melodias que encantaram sobremaneira, preparando o ambiente, as mentes e corações para as atividades na plenitude da paz, iniciando-se, dessa maneira, o encerramento do Encontro Fraterno 2013 com Divaldo Franco.

O orador por excelência, magistral com sempre, e profundamente tocado pela emoção de um final de um trabalho grandioso, um encontro de almas amigas e fraternais, agradeceu a participação dos presentes, da equipe de voluntários da Mansão do Caminho que durante os últimos dez meses envidaram grandes esforços para que esse tradicional evento alcançasse a magnitude testemunhada por cada presente.

Cavalheiro, como sói acontecer, o Arauto do Evangelho e da Paz rogou a compreensão de qualquer senão ou contratempo ocorrido. Entre as atividades programadas estava uma de grande significado, o perdão, estágio necessário para que o ser humano possa possuir vida em plenitude. A dinâmica apresentada foi disponibilizar um quadro mural, denominado carinhosamente de muro do perdão, onde aqueles que desejassem afixariam o seu pedido de perdão, ou uma frase que mais lhe tocasse referente ao ato de perdoar.

Na manhã primaveril de Salvador-BA, Divaldo selecionou cinco pedidos para discorrer a respeito de cada um deles. Na medida em que foram lidos, Divaldo destacou a coragem, o ato de diluir o sentimento de culpa, incentivando o esforço em fazer sempre melhor, para si mesmo e para o próximo. As mensagens-pedidos, por importantes e emblemáticas, a todos emocionaram, propiciando que cada um pudesse aquilatar e retirar ensinamentos.

Uma seleção de perguntas foi realizada, e sendo representativo das demais, Divaldo teve a oportunidade de aprofundar pontos específicos e mesmo reafirmar conceitos apresentados durante o evento. Encaminhando para o encerramento desse ágape, Priscila Beira mais uma vez voltou ao palco. Agora para interpretar a bela canção Jerusalém de Ouro. Todos de mãos dadas e demonstrando gratidão e fraternidade, o Encontro Fraterno com Divaldo Franco 2013 foi encerrado magistralmente.


Nota do autor:
 
As fotos que ilustram esta reportagem são de Jorge Moehlecke.




 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita