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Crônicas e Artigos

Ano 7 - N° 335 - 27 de Outubro de 2013

CHRISTINA NUNES
cfqsda@yahoo.com.br
Rio de Janeiro, RJ (Brasil)

 
 



Acorda!...


Tempos agitados! Entrei numa fase eletrizante, na qual um imenso pacote de prioridades e preocupações cotidianas com as quais não contava minaram, ou amenizaram, inesperada e lamentavelmente, o meu "fio-terra" dimensional, com o pessoal de lá, da morada verdadeira para a qual mais cedo ou mais todos acabaremos voltando.

Somaram-se dois meses de mudança abrupta no contexto profissional a uma pequena cirurgia de pele, cujo exame de praxe, solicitado por todo médico nestes procedimentos, lançou-me em estado de ansiedade quase impossível de conter sem dar mostra para os que me cercavam - afinal, o dia a dia deve prosseguir, e ninguém nada tem a ver com os meus desafios pessoais, assoberbados que já são com os seus próprios!

Então, livros psicografados em andamento ficaram para lá, estanques, por causa da tomada fora do plugue! Quando aos mentores me dirigia, era somente para lhes testemunhar desorientação e perplexidade! De acréscimo, chegou o primeiro aniversário do meu filho mais velho - logo o dos seus vinte e um anos! - no qual não poderia estar presente para comemorar, em decorrência de ele estudar em outro estado do Brasil! E alguns contratempos do cotidiano, em conjunção com o quadro incômodo, contribuíram para fechar meu tempo de vez, ao ponto preocupante em que, voluntariamente, decidi "dar um tempo" para mim mesma - para recobrar o prumo, e a ordem dos pensamentos e da serenidade de espírito!

Talvez intuitivamente, em favor disso, ouvi o conselho sempre oportuno do meu professor de violino, e agendei com uma amiga um concerto para ontem, acontecendo em igreja da zona sul do Rio de Janeiro, cujo repertório barroco, com peças de Bach, Haendel e Vivaldi, me compeliu a me recusar decididamente a perder o evento, a revelia de qualquer estado de ânimo enfezado que já de há tempos viesse me acometendo!

O dia de ontem, portanto, principiou misterioso. Havia dito a mim mesma, peremptória, dado o grau de canseira da última semana, que me recusaria a acordar cedo demais, a menos que nalguma circunstância extrema. Destravei, assim, o bendito despertador do celular na sexta-feira; me atirei sobre o travesseiro fofo e... desmaiei!

Na manhã de ontem, cedo, umas batidas gentis e esquisitas na porta do meu quarto me fizeram abrir os olhos, zonza. Teimei durante um momento em mantê-los fechados, mas as batidas eram insistentes. Despertei definitivamente, por julgar que era minha filha, a chamar por mim por alguma necessidade. Ergui-me com dificuldade na cama, e olhei, prestando atenção. As batidas pararam. Levantei-me, intrigada, e abri a porta... nada havia do lado de fora! Minha filha ainda dormia tranquilamente, e a casa estava mergulhada no mais rigoroso silêncio. Olhei o celular: sete e quarenta da manhã!...

Meio irritada, mas já por conta surpresa do que acontecia, e adivinhando o que se escondia por detrás daquilo, por conta de outros fatos semelhantes já vividos, voltei, teimosa, para a cama, e fechei os olhos. Mas, quem disse que dormi de novo? Inegavelmente, alguma voz martelava na cabeça, talvez meio irônica: "vamos, acorde! Levante! É uma boa hora de despertar e um ótimo dia lhe espera! Perca este medo de viver, já lhe garanti que esta fase vai passar!"

Iohan! –  Concluí, ainda dividida entre o aborrecimento e a satisfação, a se me insinuar no estado de espírito ultimamente sempre desanimado. É inconfundível o seu estilo de sempre dar o ar da graça de modo contundente, e, geralmente, quando já me cansei de pedir socorro e apelar para ele, para Caio e demais mentores com uma saraivada de questionamentos sem nexo! Eles me ignoram solenemente, para meu quase desespero, como se a me dizer que nada se resolve assim. Mas, passado o tempo devido, Iohan, cujo estilo de interagir sempre foi permeado de efeitos físicos e ironia irresistível, infalivelmente aparece e me arranca da letargia! Auxilia-me a resgatar o equilíbrio espiritual, e eu consigo retomar o fio da meada como se deve, prosseguindo no aprendizado atual na materialidade!

Enfim compreendendo a mensagem nítida, indiscutível, após enrolar um pouco me levantei, mais bem disposta, e me entreguei às primeiras atividades do dia. Olhei pela janela, e vi um maravilhoso dia ensolarado, antecipando o começo da primavera. "É, está mesmo com cara de que vai ser bom!" - Refletia, tomando meu café. Voltei, involuntariamente, o pensamento para o resultado do exame pelo qual vinha me consumindo em temores ultimamente quando, de repente, me cai uma mensagem no celular. O resultado do exame! Corri imediatamente ao computador, e julguei entreouvir a voz inconfundível de minutos antes me reforçando, ainda em tom divertido: "Eu já te disse para relaxar, é apenas uma ceratose na pele"! Todavia, agitada demais para me deter naquilo, abri às pressas a internet para conferir o resultado que a secretária do laboratório me avisara ter enviado para o meu e-mail. Diagnóstico benigno, confirmado pelo meu médico pouco depois! E, era uma ceratose!

Desta hora em diante foi uma festa só! À tarde, fui ao belíssimo concerto da Orquestra Sinfônica da Petrobrás, na Igreja de São Paulo Apóstolo, e lá encontrei, na melhor atmosfera espiritual imaginável , a amiga do trabalho, com quem combinei o comparecimento ao evento, e o meu professor de violino! Durante cerca de duas horas, nos deliciamos, e me transportei por antecipação às dimensões do invisível com o concerto para dois violinos em ré menor, imbatível dentre as composições mais etéreas, idílicas, de Bach! Findo o evento, reencontrei em cafeteria próxima, do nada, duas amigas que não via há um ano, uma das quais também estudante de violino! Nova celebração, durante a qual trocamos impressões convictas de que nada daquilo acontecia por acaso, combinando, dali, novos planos para reencontros e estudos de música conjuntos!

Para arremate, e da forma mais surpreendente, relato que, dentre outros mistérios havidos neste dia de luz, mas para cuja descrição o espaço deste artigo é pouco, entrevi a certa altura, no ambiente do espetáculo, alguém que identifiquei como uma materialização risonha, súbita, inconfundível, de Caio Quinto, meu mentor desencarnado!

Ele sumiu tão rápido quanto apareceu! Mas hoje de manhã me saudava, ao meu despertar, com o mesmo sorriso cristalino com que me cumprimentou ontem: Enfim acordada? Seja bem-vinda de volta ao seu lar verdadeiro, então, querida! E aprenda, de uma vez por todas, que não há como lhe respondermos a contento quando você mesma nos volta as costas. Lembre-se sempre: em matéria de contato entre dimensões, revolta e pessimismo sempre serão a porta fechada ao reencarnado, cuja chave, porém, somente você mesma possuí!...


 



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita