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Crônicas e Artigos

Ano 7 - N° 335 - 27 de Outubro de 2013

ALTAMIRANDO CARNEIRO
alta_carneiro@uol.com.br
São Paulo, SP (Brasil)
   

 
 



As regras do bom viver
 


Na Parábola dos Talentos, Jesus compara o Reino dos Céus a um homem que, ausentando-se do país, entrega a um de seus servos cinco talentos; a outro, dois talentos e a outro, um talento. Quando voltou, o que havia recebido cinco talentos devolveu-lhe dez; o que recebeu dois talentos devolveu-lhe quatro; e o que recebeu um talento nada pôde devolver além do talento recebido, que ele havia enterrado, com medo de perdê-lo.

À primeira vista, pode parecer que um talento não valia muita coisa. Engano. No livro As Parábolas (Edições FEESP), José de Souza e Almeida registra que “nos tempos da pregação de Jesus, um talento de prata equivalia a 6.000 dracmas (moeda grega) ou a 6.000 denários (moeda romana), ambas também de prata. Conforme se lê em Mateus 20:2, um denário correspondia ao salário de um dia de trabalho. Com uma dracma podia-se comprar uma ovelha; e com cinco dracmas, um boi. Consequentemente, vê-se que as quantias entregues aos servos não eram pequenas; o que menos recebeu (o servo que recebeu apenas um talento) poderia ter adquirido um rebanho de  6.000 ovelhas, ou de 1.200 bois.

Nessa parábola, Jesus mostra que, por menos que sejam nossas aptidões, elas são importantes dentro da sociedade, onde o homem, que não nasceu para viver isolado, sempre tem o que passar para o semelhante: o mais forte ampara o mais fraco; o que sabe mais ensina ao que sabe menos e assim por diante. Todos somos importantes, como o Mestre nos dá a entender, quando nos disse, no Sermão do Monte (sábios ensinamentos registrados nos capítulos 5, 6 e 7 do Evangelho de Mateus), que nós somos o sal da terra e a luz do mundo.

O sal é importante, pois sem ele nossa comida não teria gosto. E tem uma característica interessante: é incorruptível. Se o misturarmos a outra substância, o seu gosto é o que sobressai. Assim também deve ser a nossa maneira de proceder. O verdadeiro cristão não deve corromper-se por nada. Em todas as suas ações devem sobressair a honestidade, a lisura, a sinceridade, a firmeza de bons propósitos.

Somos a luz do mundo, porque temos uma luz dentro de nós: a luz dos conhecimentos espíritas, que devemos levar aos nossos semelhantes e não guardá-la somente para nós. Uma atitude simples é seguirmos o conselho de Irmã Rosália (Espírito), na comunicação registrada no item 9 do capítulo XIII – Que a mão esquerda não saiba o que faz a direita – de O Evangelho segundo o Espiritismo, sobre a caridade moral, que consiste em suportarmo-nos uns aos outros, que é o que menos se faz neste mundo inferior, onde estamos momentaneamente encarnados.

Esse  é o maior desafio que temos, no nosso dia a dia. Suportarem-se uns aos outros é, para alguns, um exercício difícil, pois as pessoas são diferentes umas das outras,  uma  vez que cada uma delas é um Espírito com vivências diferentes.

A reencarnação nos fornece a chave para compreendermos essas diferenças. Como  nos diz Léon Denis, no capítulo XXIV – A disciplina do pensamento e a reforma do caráter – da obra O problema do ser, do destino e da dor (FEB), “em todas as nossas relações sociais, em nossas relações com os nossos semelhantes, é preciso nos lembremos constantemente disto:  os homens são viajantes em marcha, ocupando pontos diversos na escala da evolução pela qual subimos. Por conseguinte, nada devemos esperar deles, que não esteja em relação com seu grau de adiantamento”.

E no capítulo seguinte – O amor – Denis nos conclama: “Amemos, pois, com todo o poder do nosso coração; amemos até ao sacrifício, como Joana D’Arc amou a França, como o Cristo amou a Humanidade, e todos aqueles que nos rodeiam receberão nossa influência, sentir-se-ão nascer para nova vida”.

Amemo-nos, pois. Espalhemos a nossa luz, como o advogado espírita que, quando é procurado para fazer uma separação, pede ao casal para sentar-se à sua frente, no seu escritório, e faz uma preleção de aproximadamente dez minutos sobre a importância da união perante os filhos, a família, a sociedade, etc. Enfim, ele dá uma verdadeira aula, utilizando o que aprendeu dos ensinamentos espíritas. Quando termina a preleção,  pergunta ao casal: “Vocês querem realmente se separar?”, ao que a esposa pergunta: “O que você acha, bem?” E o esposo: “Vamos colocar em prática, durante uma semana, tudo o que o doutor nos recomendou. Se não der certo, a gente se separa. Se der certo, a gente continua junto”. Segundo o profissional, os casais não retornam, o que mostra que os conhecimentos espíritas que ele transmite surtem efeito.

Ainda no Sermão do Monte, Jesus nos fala sobre aquele que, colocando em prática os seus ensinamentos, é semelhante ao homem prudente, que construiu a sua casa sobre a rocha; e desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e esta não caiu, porque estava edificada sobre a rocha, ao contrário daquele que, sendo surdo aos ensinamentos, é semelhante ao homem insensato, que construiu a sua casa sobre a areia; e desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e ela caiu, e foi grande a sua queda.

O Evangelho segundo o Espiritismo nos mostra no capítulo XVII – Sede perfeitos – o exemplo do homem de bem, que coloca em prática, no seu verdadeiro sentido, a lei de amor, justiça e caridade. “Se interroga a sua consciência sobre os próprios atos, pergunta se não violou essa lei, se não cometeu o mal, se fez todo o bem que podia, se não deixou escapar voluntariamente uma ocasião de ser útil, se ninguém tem do que se queixar dele, enfim, se fez aos outros  tudo aquilo que queria que os outros fizessem por ele”.
 



 


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