Espíritas do Rio Grande do Sul realizam seu 7º Congresso

O importante evento desenvolveu-se na bela e turística cidade de Gramado (RS), nos dias 4, 5 e 6 de outubro
 

O 7º Congresso Espírita do Rio Grande do Sul, promovido pela Federação Espírita do Rio Grande do Sul (FERGS), com o tema O Evangelho no Mundo e nos Corações, foi realizado no período de 4 a 6 de outubro de 2013 na cidade turística de Gramado-RS, nas dependências do Serra Park - Centro de Feiras e Eventos, e contou com a participação de espíritas de vários Estados do Brasil e alguns do exterior.
 

	No dia 4 de outubro ocorreu a abertura do Congresso, com um momento cultural emocionante, graças, notadamente, à apresentação primorosa da Orquestra Jovem do Rio Grande do Sul. Sob a regência do maestro Telmo Jaconi, os jovens músicos encantaram o público que acompanhou vivamente cada apresentação musical. O Grupo Arte e
Luz, de Santa Maria-RS e dirigido por Ângela Assis, igualmente sensibilizou a atenta plateia.

Compôs a mesa de abertura do 7º Congresso Espírita do Rio Grande do Sul a presidente da FERGS, Maria Elisabeth Barbieri; o vice-Prefeito de Gramado, Luiz Antônio Barcovi; o Vice-presidente da Câmara de Vereadores de Gramado, Celso Fioreze; o diretor da Federação Espírita Brasileira Hélio Blume; os três Vice-presidentes, Lea Bos Duarte, Rosi
Possebon e Lorenzo Neves, de Unificação, Doutrinário e Administrativo, respectivamente.

	José Raul Teixeira, convidado especial, também compôs a mesa, sendo efusivamente aplaudido, bem como Divaldo Pereira Franco, que abordou o tema central do congresso, O Evangelho no Mundo e nos Corações. A Banda de Música da Brigada Militar executou o Hino Nacional e o do Rio Grande do Sul. Diversas lideranças do movimento espírita de vários Estados
do Brasil e uma do Uruguai estiveram presentes.

A conferência inicial de Divaldo – Paralelamente ao 7º Congresso, foi desenvolvido o 1º Congressinho Espírita, dedicado a atender as crianças com trabalhos evangélicos, música, jogos didáticos e pintura. Um sucesso!

O Arauto do Evangelho e Embaixador da Paz, Divaldo Franco, iniciou sua abordagem citando Allan Kardec com a sentença: Fé inabalável somente é a que pode enfrentar a razão face a face, em todas as épocas da humanidade. Depois historiou fatos e personagens que antecederam o nascimento de Jesus e a sua luminífera atividade. O Mestre de Nazaré – disse Divaldo – abordou o amor como ninguém dantes houvera falado, revolucionando o pensamento filosófico da humanidade. Foi o começo de uma Era Nova para os homens na Terra.

Os séculos iniciais do Cristianismo nascente foram ricos de ações alicerçadas no amor. “A partir do Século IV o pensamento cristão parece ter soçobrado, envolvido nas paixões humanas”, asseverou o nobre conferencista. A noite medieval se abateu sobre os homens que experimentaram, por quase mil anos, o atraso cultural e o declínio do pensamento cristão. A Inquisição e a impiedade reinaram absolutas no período. Porém, a misericórdia divina apresentou aos homens os inolvidáveis Francisco de Assis, Teresa D’Ávila, João da Cruz e outros para que a humanidade pudesse retomar o caminho cristão das primeiras horas.

Os séculos, seus fatos e personagens foram descortinados pelo lídimo orador, apresentando um panorama favorável para que o ser humano, à luz de exemplos magníficos, pudesse se decidir pela prática do amor como houvera ensinado o Mestre por Excelência.  

Causa da queda moral da sociedade e da violência – Na esteira do tempo o materialismo se apresenta negando Deus e tudo o mais que pudesse ser identificado como sinais divinos.

No calendário dos homens, o Século XIX estava em seus anos iniciais. Aquele que mais tarde seria o codificador da Doutrina Espírita reencarna para a sua grande missão. Allan Kardec, o ínclito codificador, apresenta o Consolador prometido. É a terceira revelação que se apresenta através das mensagens de Espíritos Nobres trazendo de volta as grandes verdades cristãs, levantando o véu que havia sobre outras e relembrando os conceitos exarados pelo Mestre de todos os tempos. E apresentam Jesus para consolar os corações aflitos e desesperançados.

O incansável orador salientou que cada ser humano deve viver realmente o amor, sentimento sublime que brota do íntimo da criatura, em que o devotamento e o sacrifício em favor do próximo são apanágios do bem viver. A queda moral da sociedade humana e a violência das ruas, nos lares e dos palácios podem ser atribuídas à falta do Evangelho no Mundo e nos Corações.

Após narrar comovente história trazida a lume pelo Espírito Humberto de Campos pela pena amorosa e esclarecedora de Francisco Cândido Xavier, Divaldo encerrou sua conferência salientando que, embora haja decorrido um período de vinte séculos, os homens ainda exteriorizam suas paixões, esquecidos da mensagem do amor ensinada e exemplificada pelo Mestre Nazareno. O público, que lotou o Centro de Eventos Serra Park, levantou-se para aplaudir com vigor o Semeador de Estrelas.

O encerramento das atividades de abertura contemplou, ainda, o lançamento do Novo Testamento traduzido por Haroldo Dutra Dias, de Minas Gerais. 

Agora sabemos como Deus criou a vida – No dia 5 de outubro, pela manhã, Divaldo Franco foi entrevistado pela TV-FERGS, respondendo questionamentos sobre o Evangelho de Jesus, suas consequências éticas e morais, acrescentando que o ser humano experimenta dores e aflições por não adotar esses padrões e, desse modo, desviar-se da Lei Divina. A vida, disse o Embaixador da Paz, deve ter um sentido para ser vivida, um significado para a existência, proporcionadora da plenitude. A proposta de Jesus é de que o ser humano autoilumine-se silenciosamente, libertando-se das más inclinações.

A conferência, realizada no primeiro momento da tarde, tratou sobre as Tragédias do Cotidiano, Jesus e Atualidade. Divaldo apresentou, de forma rápida, o pensamento materialista, que exclui Deus das relações humanas, em que o ser humano seria somente o resultado de suas emanações neuronais. Contudo, no ano 2000, o Dr. Francis Collins admitiu ter chegado à conclusão, ao estudar o genoma humano, que o homem foi criado por Deus, ensejando que o então presidente dos Estados Unidos da América, Bill Clinton, proferisse a seguinte sentença: Agora sabemos como Deus criou a vida.

Informações científicas sérias, com base em diversos estudos de vários homens de ciência, recolocaram Deus no campo científico. Allan Kardec, o codificador da Doutrina Espírita, estabeleceu a aliança entre a ciência e a religião. Todo esse conhecimento permite ao homem optar por uma conduta ético/moral, capaz de facultar-lhe alcançar a sua autoiluminação, a sua plenitude.

Divaldo, orador por excelência, narrou então uma história que sensibilizou sobremaneira os corações e mentes de todos os que lhe prestavam atenção.

A totalidade do público presente, cerca de cinco mil, teve seus sentimentos despertos, permitindo que a compaixão, a humildade, a afabilidade e o amor, muito presentes na narrativa, levassem o público às lágrimas.  

A comovente história do pastor Van Paassen – Os dramas do cotidiano assolam a todos, aditou Divaldo, após dedilhar as fibras mais íntimas dos corações presentes.

Os personagens dessa comovente história são o pastor protestante Dr. Pierre Van Paassen, um rapazote de dezesseis anos de nome Ugolin e sua irmã Solange. O pastor Van Paassen, depois da Segunda Guerra Mundial, deixou Londres, onde residia, e marcado pela tragédia da guerra – havia ficado sem sua família, cujos membros, filhos e esposa, morreram em consequência da guerra – foi residir em Paris a fim de ajudar, de alguma forma, a restauração do país destroçado.

O drama de Ugolin está narrado no livro Estes Dias Tumultuosos, do pastor Van Paassen. Amigo leitor, se desejares momentos de emoção e profundo sentimento de compaixão, poderás ler essa belíssima página narrada por Divaldo Franco, também, no livro Divaldo Franco e o Jovem, da Editora LEAL, compilado por Délcio Carlos Carvalho. Recomendamos essa leitura.

“O que o ser humano fez do Evangelho de Jesus?”, indagou Divaldo, que esclareceu: "Jesus pede aos seus fiéis mais afabilidade, porque é hora de o ser humano voltar-se para dentro de si mesmo e esforçar-se para domar suas más inclinações".

O público, tomado de emoção, levantou-se, reverente, aplaudindo o maestro das almas sedentas de amor, carentes de emoções superiores, de conquistas ético/morais, almejando dias ditosos. O 7º Congresso Espírita do Rio Grande do Sul contou com a participação magnífica de expositores de escol. Foram eles: Haroldo Dutra Dias,  Sérgio  Luís   da  Silva  Lopes,	Divaldo com Alberto Almeida, Sérgio Lopes e Haroldo Dutra
Sandra Borba Pereira, Alberto Almeida e André Trigueiro. Abrilhantou o evento, empolgando o público, o compositor e cantor Nando Cordel.

Nota do autor:
 
As fotos que ilustram esta reportagem são de Jorge Moehlecke.