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Entrevista Espanhol Inglês    
Ano 7 - N° 333 - 13 de Outubro de 2013
GUARACI DE LIMA SILVEIRA
glimasil@hotmail.com
Juiz de Fora, MG (Brasil)
 

 
Angélica da Costa Maia:  

“A melhoria de tudo passa pela melhoria do ser” 

De nada adianta – diz a confreira mineira – lutarmos somente
pela melhoria das instituições, pois elas não existem sem
as mentes que as constituem
 
 

Angélica da Costa Maia (foto) nasceu em Belo Horizonte-MG e reside atualmente na cidade mineira de Lavras. Verbo fluente, profundo, exalando conhecimentos preciosos da Doutrina Espírita, conta-nos que é espírita desde que nasceu. É membro ativo do Centro Espírita Augusto Silva, de Lavras,  mas  não  exerce  ali nenhum cargo de

direção. A cada momento vivido nas tribunas aonde vai, deixa nos corações a certeza da excelência espírita. É encantadora sua presença simples e sincera, leal à causa de Jesus. Conversamos com ela num daqueles momentos em que nos encontramos nas lidas doutrinárias: 


Vivemos numa grande sociedade planetária. Como nos identificarmos nela?

Em se tratando de nossa manifestação no plano físico, penso que não devemos nos identificar com coisa alguma, a não ser com a tarefa que o Plano Maior nos designou. Afinal, não somos daqui e não permaneceremos por aqui por muito tempo. Daí que toda identificação com os níveis físicos só será motivo de muitas ilusões e atrasos em nossa marcha evolutiva. Mas devo entender também a pergunta como uma identificação no sentido de fraternidade e compromisso. Nesse caso temos que nos identificar com a proposta divina que nos traz o senso de fraternidade universal, sobretudo na aceitação das aparentes diferenças, aprendendo que todos somos uma só consciência no Senhor.   

Compete aos homens do presente uma melhor adequação aos postulados de Jesus. Como atender a essa necessidade, tendo em vista os apelos contrários da mídia atual?

O cristão na atualidade deve se esforçar para que seu padrão mental, consequentemente seu padrão vibratório, seja o mais próximo possível de sua vontade sincera. A mídia retrata a horizontalidade dos pensamentos de uma humanidade que precisa se renovar e também tem sido instrumento para averiguar o nível de discernimento de todos nós que abraçamos a proposta crística, mas que ainda sentimos os apelos de nossos antigos padrões. Fazendo nossa parte, se esvaziarão os espaços utilitaristas que hoje representam, lamentavelmente, o desejo central de nossa humanidade.   

Conflitos versus diálogos. Qual o melhor ponto de intercessão?

O conflito que vivemos nos vários níveis de relacionamento (com nós mesmos, com os outros, com a natureza...) representa a lei da polaridade do Cosmo que nos pede hoje harmonia dos opostos, em todos os sentidos. A síntese dos opostos é o desafio nos tempos atuais. Não podemos mais nos situar nas polaridades como, por exemplo: certo x errado, útil x inútil, lícito x não lícito, etc. O conflito entre as várias forças antagônicas, como proposta da divindade para o crescimento e qualificação da centelha divina, só existe para que haja a síntese de todas as experiências vividas. Por isso devemos ver o conflito como algo positivo que provoca nossas consciências a sintetizar o aprendizado e prosseguir nos novos patamares do Plano Evolutivo. Até que cheguemos a esse entendimento vamos, equivocadamente, imprimindo valores morais provisórios e desenvolvendo a crença das forças antagônicas (bem e mal, qualidades e vícios, defeitos e virtudes). Isso nos impede de entender a Força divina como uma só vertente manifestando-se de todas as formas, conforme o desenvolvimento dos veículos através dos quais Ela se manifesta.  

Poderia aprofundar um pouco mais em sua explicação?

O assunto é um pouco extenso, mas tentarei resumir da seguinte forma: a energia do “santo” é a mesma do “pecador”; só é diferente a direção. Não foi isso que fez Paulo, Pedro, Magdala? O diálogo com a natureza espiritual, com a Força Crística Interna, fez com que esses seres direcionassem a energia e se mostrassem Filhos da Luz. E isso devemos também fazer! 

Dentro das diferenças existentes entre os membros da nossa sociedade atual, qual a melhor opção para um enfrentamento enriquecedor?

As diferenças são fonte de sabedoria, portanto, não deveriam ser motivo de contenda. Se só relacionássemos com os iguais, não teríamos nenhum desafio para mudar de nível vibratório, pelo contrário, teríamos muitos motivos para permanecer como somos. E isso não é bom, pois todo tipo de maturidade não é ponto de chegada, não é término, é sempre caminhada.  

Disto resulta que devemos sempre buscar a cristã convivência fraterna?

Sim. Quanto mais lidarmos com vibrações diferentes mais aprenderemos a ciência da fraternidade universal e da apropriação dos bens eternos. A melhor opção é sempre manter o que temos de bom, sem nos deixar levar pelos apelos das ondas mentais coletivas, sendo, portanto, a manifestação de um nível de consciência mais elevado. E essa é a nossa maior contribuição neste período de aferição dos valores espirituais de nosso grupo planetário.   

Fale-nos sobre os fundamentos de uma cultura de paz.

Tudo que quisermos saber sobre os fundamentos de uma cultura de paz encontraremos nas diretrizes do Sermão da Montanha, consignado nos cap. 5, 6 e 7 do Evangelho segundo Mateus. É compromisso interno e urgente.  

Como estabelecer um pacto pessoal para nossas vitórias espirituais?

O único pacto que devemos fazer, conscientemente, é o de fazer valer a Vontade Superior, a despeito de nossos desejos, ainda que estes sejam sinceros e úteis. Devemo-nos entregar a uma Vontade Superior, integrando, assim, o grupo das mentes que já estão se afinizando com a nova proposta planetária, que não mais comportará os valores do ego, das vontades e interesses pessoais.  

Em sua opinião estamos num tempo de transição planetária ou a nova aurora do mundo regenerador já se faz presente?

Estamos em fase de transição como humanidade, mas muitos já podem respirar o clima da regeneração, pois tudo depende do nível de consciência em que cada um se encontra. Importante é saber que o quinto reino se aproxima: o reino espiritual.   

Qual a melhor dinâmica para equacionarmos Espiritismo x Sociedades atuais?

Espiritismo na sociedade atual deve significar vivência do Evangelho com consequente elevação/sutilização de nossos propósitos de vida.  

No quesito violência contra as minorias, como vê uma atuação positiva dentro das responsabilidades públicas?

A melhoria de tudo passa pela melhoria do ser. De nada adianta lutarmos somente pela melhoria das instituições, pois elas não existem sem as mentes que as constituem. Se não fizermos uma mudança de padrão mental, todos nós, de nada adiantarão nossos esforços por causas, instituições, formas sociais etc. Vamos nos recordar de Paulo de Tarso quando disse que não nos conformássemos com esse mundo, mas que o transformássemos pela renovação de nossa mente.   

E dentro das responsabilidades religiosas, principalmente o Espiritismo?

As religiões deveriam libertar as mentes e trabalhar os novos padrões crísticos da humanidade, mas não fizeram isso. Algumas, inclusive, desenvolveram padrões contrários ao progresso e à libertação das mentes. No caso do Espiritismo, temos que atentar para que não nos falte discernimento quanto à forma e conteúdo da divulgação dos princípios doutrinários, sob pena de nos assemelharmos a outros movimentos que, por mais sérios e instrutivos que sejam, ainda não correspondem ao que nos pede o Mais Alto nestes tempos de transição.   

Qual a principal fundamentação espírita que penetra com mais profundidade e excelência o coração do homem?

Depende muito do nível de consciência de cada um. Temos ainda muita passividade naqueles que seguem os postulados espíritas no sentido de buscarem fórmulas mágicas para resolverem os problemas da vida. Temos que oferecer o conteúdo lógico, racional e consolativo da doutrina espírita, mas não podemos nos esquecer de ofertar a ferramenta básica para o adepto: evangelho e compromisso.  

Em sua opinião, como melhor exercer a liberdade que o livre-arbítrio nos proporciona?

Não estamos mais em momento de ficar fazendo experiências com livre-arbítrio. São muitos evos de experiência nesse contexto. Hoje o que precisamos é exercer o livre- arbítrio no sentido de fazer uma só vontade – a do Pai, e seguir um só caminho – o da luz.   

Recursos suficientes para uma vida melhor, como vê esta proposta?

Essa é a proposta de Jesus. Temos tudo para viver uma vida de mais luz e mais paz. À disposição de todos nós está a abundância de Deus. Seus celeiros estão fartos dos grãos da sabedoria e da verdade. Depende de querermos experimentar essa busca, com sinceridade de propósitos e fazendo o que Maria, irmã de Marta, fez: escolher a melhor parte, a única coisa necessária.  

Em qual quesito o movimento espírita atual precisa aprimorar-se mais?

Ser mais profundo, silencioso, meditativo. Nosso movimento é muito “festeiro” e a mensagem, por mais elevada que seja, às vezes, se perde na agitação e nos excessos de nossos eventos. Aprendemos que um Centro Espírita é escola, hospital, oficina de trabalho e templo. Este último aspecto anda meio esquecido...  

Como é seu trabalho de divulgadora do Evangelho de Jesus à luz da Doutrina Espírita? Quais seus contatos para palestras e outros eventos?

O trabalho que realizamos é de divulgar os princípios espíritas e o Evangelho de Jesus através da palavra (palestras e seminários). Contato: angelicalavras@hotmail.com  

Como é o movimento espírita de Lavras e como funciona a Casa Espírita onde exerce suas atividades doutrinárias?

O movimento espírita de Lavras não é diferente do de outras cidades. Lavras é uma cidade do interior, estudantil, com universidade, o que facilita a divulgação dos princípios doutrinários, dado o público vindo de diversos lugares. Temos uma interação boa e fraterna entre todas as casas espíritas, que têm tarefas em conjunto, o que facilita o intercâmbio e o desenvolvimento de nossa união e fraternidade. A casa espírita que frequento é o Centro Espírita Augusto Silva, fundado em 1920, casa pela qual passou a querida Yvonne do Amaral Pereira, e onde ela escreveu a excelente e inspirada obra “Memórias de Um Suicida”.  

Muito obrigado e, por favor, deixe-nos suas palavras finais.

Agradeço sua gentileza e a oportunidade de participar deste trabalho de divulgação.  Rogo a Deus que nos mantenha unidos na busca iluminativa, pois contando com o amparo de companheiros nossa caminhada é mais feliz e os riscos de nos equivocarmos diminuem. Sejamos, então, um só coração com Jesus!



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita