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Estudando a série André Luiz
Ano 7 - N° 332 - 6 de Outubro de 2013
MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 


E a Vida Continua...

André Luiz

(Parte 17)

Continuamos nesta edição o estudo da obra E a Vida Continua, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1968 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares 

A. Após dois anos de ausência, Evelina e Ernesto visitaram o lar terreno. Como eles vieram até à crosta?

Eles viajaram com uma equipe de companheiros, transportados por um veículo, que os deixou rente à Via Anchieta, a rodovia que liga Santos a São Paulo. Ali o grupo se dispersou e cada excursionista era um anseio itinerante, um mundo vivo de saudades. O regresso fora marcado para o dia seguinte, vinte horas depois. (E a Vida Continua, cap. 18, pp. 137 e 138.)  

B. Que sentimentos experimentou Evelina ao reencontrar seu esposo?

Ao ver Caio acariciando outra mulher, Evelina ensaiou um movimento de recuo. Sentindo revolta e pesar, terríveis calafrios lhe agitaram as fibras da alma e ela desejou afastar-se, para esconder a imensa dor no peito do amigo Ernesto Fantini, que se encontrava próximo da casa, mas não pôde. Sem ser percebida pelos dois namorados, não teve outro remédio senão se acomodar em cadeira próxima, intentando refazer-se, enquanto mil pergun­tas lhe martelavam, então, a mente. (Obra citada, cap. 18, pp. 140 a 142.) 

C. Depois de compreender que havia perdido para outra o amor de Caio, que atitude teve Evelina?

A jovem arrastou-se para fora de sua antiga residência, buscando a companhia de Ernesto Fantini, porque lhe era impossível demorar-se no lar que reconhecia haver perdido para sempre. Assim que se viu na rua, clamou pelo amigo em voz estentórica e, quando Fantini repontou à frente, atirou-se em seus braços, qual criança desarvorada: "Ah! Ernesto, Ernesto!... Não suporto mais!..." O companheiro conduziu-a discretamente para um banco próximo e escutou pacientemente a narração que ela lhe fez, entre soluços, procurando olvidar as próprias apreensões. (Obra citada, cap. 18, pp. 142 a 144.) 

Texto para leitura 

65. O retorno à Crosta terrestre - Evelina e Fantini pareciam crian­ças, de tão contentes, pois chegara o dia em que visitariam o lar ter­reno, após dois anos de ausência. Por isso, às despedidas, o Instrutor Ribas recomendou: "Vocês representam nossa cidade, nossos costumes e princí­pios, portem-se na base do novo entendimento. Se precisarem de auxílio, comuniquem-se conosco pelo fio mental". Ambos viajaram com uma equipe de companheiros, transportados por um veículo que pousou rente à Via An­chieta, rodovia que liga Santos a São Paulo. Ali o grupo se disper­sou e cada excursionista era um anseio itinerante, um mundo vivo de sau­dades. O regresso fora marcado para o dia seguinte, vinte horas depois. Nossos amigos respiraram, maravilhados, o vento brando que os saudava. Felizes, surpresos, custava-lhes crer estivessem na entrada de São Paulo. Era maio, bem à tardinha, e rajadas de frio traziam recordações de tempos idos. Evelina, que trazia a mente e o coração absorvidos pela imagem do esposo, em certo trecho do caminho perfilou-se diante de Fantini, como se buscasse nele um grande espelho, e perguntou como ela se achava. Eviden­temente, sabia que Caio não lhe identificaria a presença, mas queria apresentar-se bem, com as mesmas características de simplicidade e bom gosto com que o marido estimava encontrá-la quando retornava a casa. Er­nesto riu-se ao ouvi-la e elogiou-lhe a perspicácia. Fitou-lhe o penteado e o rosto, pediu reajuste nas dobras do vestido e aprovou os sapatos, à feição de um pai, encorajando a filha para a exibição num baile de debu­tantes. (Cap. 18, pp. 137 e 138) 

66. As apreensões de Fantini e Evelina - Ambos já pisavam o bairro do Ipiranga, onde Evelina esperava rever o seu esposo, quando a alegria deu lugar à inquietação. À medida que se avizinhava do antigo lar, oprimia-se-lhe o peito. E se Caio não estivesse na altura em que ela o situava, amoroso e fiel? A dúvida cravou-se em seu espírito, como estilete envene­nado que lhe varasse as entranhas. "Ernesto – disse a jovem –, você tem alguma intuição, quanto ao que nos espera? Imagine você que, justamente agora, estou amedrontada, tenho as pernas bambas..." Fantini lembrou-lhe as lições que ambos haviam transmitido a Túlio Mancini, dizendo: "Meditemos. Por meses e meses, temos falado a Túlio, você de modo espe­cial, relativamente às coisas da alma... Abnegação, compreensão, sereni­dade, paciência... Ensinamentos dados e recapitulados, ilações e repe­tições..." E perguntou-lhe: "Você não admite que o Instrutor Ribas, com tantas explicações sobre amor e casamento, serviço e espiritualidade, para nós dois, não terá feito o mesmo, a nosso benefício? não acredita que ele, o dedicado amigo, conversando, às vezes de maneira exaustiva, não estaria sendo para nós um professor, enxergando longe?" – "E'... é...", gaguejou Evelina. Era preciso, pois, concluiu Fantini, estarem preparados para mudanças... Evelina mudou de assunto e alegou a necessi­dade de breve descanso, antes de rever Caio. Eles rumaram, então, para o Museu do Ipiranga, onde se acolheram ao pé de fonte amiga, cujas águas pareciam guardar o poder de serenar-lhes os pensamentos. Mas Fantini, como que contagiado pelos temores da companheira, acusou-se, de repente, amuado, receoso igualmente do reencontro que lhe despertava agora maus presságios. Minutos depois, levantaram-se e rumaram para a casa de Caio Serpa. Fantini, sempre atencioso, prometeu assisti-la em seu primeiro contacto com o lar. Se tudo correspondesse à expectativa otimista, viesse até ele, que ficaria aguardando seu aviso nos arredores da casa e, então, a deixaria com Caio até o dia imediato, enquanto se dirigiria para a Vila Mariana, onde contava rever a família. Evelina aceitou de pronto a suges­tão, porque não lhe aprazia ficar a sós, nem lhe prescindia do apoio. (Cap. 18, pp. 139 e 140) 

67. Evelina revê, finalmente, seu esposo - Eram seis horas da tarde quando Evelina, coração aos pulos, aproximou-se do lar. Atravessou o pá­tio de acesso e tateou a porta de entrada que lhe facilitou a passa­gem. A sala era a mesma, com pequenas alterações no mobiliário do seu tempo. No escritório de Caio, os livros estavam em ordem, mas havia ali uma foto de mulher, o que lhe produziu impressões negativas e turvou-lhe o raciocí­nio. Fora substituída, por certo, e sentia a cólera prestes a explodir em crise violenta, quando se recordou das palavras de Ribas: "portem-se na base do novo entendimento". Caminhou, então, até o pequeno jardim de in­verno, onde assistiu a uma cena com que não contava: Caio acariciava a jovem da fotografia, num gesto de ternura que ela, Evelina, conhecia muito bem. Entre revolta e pesar, ensaiou movimento de recuo. Terríveis calafrios lhe agitavam as fibras da alma, qual se estranha lipotimia a subjugasse de todo, anunciando-lhe nova morte.(1) Evelina desejou correr e denun­ciar-se, gritar e afastar-se, para esconder a imensa dor no peito de Fan­tini, mas não pôde. Sem ser percebida pelos dois namorados, não teve ou­tro remédio senão se acomodar em cadeira próxima, intentando refazer-se. Mil pergun­tas lhe martelavam, então, a mente. Quem era a desconhe­cida? por que Caio, que lhe jurara amor eterno nos últimos dias de sua perma­nência no lar, rompera os votos? estaria ele casado, ou brincava com os sentimentos alheios? Evelina ficou surpresa com a indiferença que am­bos revelavam diante dela e pôde verificar, pela primeira vez após sua desen­carnação, que os sentidos físicos se enquadram a limites rigidamente de­terminados, porquanto Caio e a namorada pousavam nela o olhar, mas não a viam. Eve­lina agoniava-se e era com o coração lacerado que via o marido dirigir à outra os mesmos olhares de carinho que lhe haviam pertencido. E não só isso, pois reconhe­ceu o fio de pérolas que lhe fora presente de noivado, oferecido por ele à rival. Chorou, pois, irritada, mas, embora trouxesse os pensamentos conflagrados, não conseguia desfazer-se da sutil vincula­ção com os ensi­namentos da cidade espiritual onde agora residia, perce­bendo-se analisada quanto ao aproveitamento das lições aprendidas com Ri­bas e os instrutores da Vida Maior. (Cap. 18, pp. 140 a 142) 

68. Evelina reconforta-se com a prece - A lembrança de Túlio, a quem tão repe­tidamente ensinara o desapego afetivo, foi inevitável e Evelina admitiu-se em condições de egoísmo e inconformidade talvez muito piores que as dele. Recorreu, assim, à prece, diligenciou humilhar-se, lutou contra si própria, e concluiu que Caio desfrutava o direito de ser feliz como dese­jasse. A calma que se seguiu foi uma consequência dessa nova postura e ela pôde, então, escutar o diálogo que se desdobrava, ativo, rente a ela. A namorada que Caio designava por Vera, após uma cena de ciúme, caiu em pranto, por sentir-se traída por ele com outra mulher. Caio atraiu-a de encontro ao peito e sussurrou-lhe aos ouvidos, depois de beijá-la várias vezes: "Tolinha! A felicidade não é flor que se adube com lágrimas. Anime-se! sou seu e você é minha..." Ela replicou: "Se ao menos estivés­semos casados, se ao menos pudesse usar seu nome, saberia como proceder com essas mulheres que infernizam a nossa vida..." Caio pediu-lhe que es­perasse, porque não apreciava a ideia de possuir uma sogra louca. "Já falei", reiterou Caio. "Meta essa velha no hospício, que ela já aproveitou a vida dela, agora temos de viver a nossa... Hoje, iremos ao Guarujá, quero ver o negócio por mim mesmo". Vera chorava copiosamente e, enquanto Serpa lhe acarinhava os cabelos para consolá-la, Evelina arrastou-se para fora. Tinha sede da presença de Ernesto Fantini, ansiava retomar-lhe a companhia. Impossível demorar-se no lar que reconhecia ha­ver perdido para sempre. Logo que se viu na rua, clamou pelo amigo em voz estentórica e, quando Fantini repontou à frente, atirou-se em seus bra­ços, qual criança desarvorada: "Ah! Ernesto, Ernesto!... Não suporto mais!..." O companheiro conduziu-a discretamente para um banco próximo e escutou paciente­mente a narração que ela lhe fez, entre soluços, procu­rando olvidar as próprias apreensões. (Cap. 18, pp. 142 a 144) (Continua na próxima semana.)

(1) Lipotimia: o mesmo que síncope, delíquio, desmaio.



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita