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Um minuto com Chico Xavier

Ano 7 - N° 331 - 29 de Setembro de 2013

JOSÉ ANTÔNIO VIEIRA DE PAULA
depaulajoseantonio@gmail.com
Cambé, Paraná (Brasil)
 

 

Todos sabem das lutas financeiras que Chico sempre travou em sua vida, e que, mesmo nas dificuldades, nunca aceitou para si o fruto das edições dos livros escritos pelos Espíritos por seu intermédio.

Deixaremos aqui um testemunho pessoal do próprio médium, quando este escrevia periodicamente para seu grande amigo e presidente da Federação Espírita Brasileira, Wantuil de Freitas. O trecho da carta registrado abaixo foi escrito no dia 30 de janeiro de 1947, portanto Chico contava apenas 36 anos. Na missiva em questão, ele fala da desencarnação de Frederico Figner, que também fora dirigente da mesma instituição.

Vejamos o relato do próprio médium quando ainda morava em Pedro Leopoldo, Minas Gerais:

“A partida de nosso inesquecível amigo Figner encheu-me de grandes saudades. Ele foi um companheiro admirável. Convivi com ele, epistolarmente, durante dezessete anos consecutivos. Dele recebi as maiores provas de abnegação que um amigo pode dar a outro. E a separação dele, no plano visível, consterna-me a alma. Deus o fortaleça no reino da paz e lhe restaure as forças para que, em breve, volte ao ministério de auxílio à Humanidade sofredora. Tive conhecimento, através das senhoras filhas dele, do legado de cem mil cruzeiros que ele me deixou em Obrigações de Guerra que se encontram à minha disposição aí no Rio. Ele sempre cuidou de minhas necessidades paternalmente, preocupando-se excessivamente por minha causa. Sabia ele que, nos últimos anos, minha luta material se intensificou muito e, no último semestre, escreveu-me, reiterando suas expressões de zelo. Entretanto, meu caro Wantuil, a melhor homenagem que posso prestar ao nosso inolvidável amigo é renunciar ao referido legado, em favor da nova organização que a Federação vem fazendo, com a instalação de novas oficinas para o livro espírita. Nesse sentido, escrevi hoje às senhoras filhas do nosso venerável companheiro que partiu, pedindo a elas entrarem em entendimento contigo, para que recebas, tu mesmo, esse patrimônio, transferindo-o para crédito da Casa de Ismael, em face da dívida a que a FEB se impôs pela aquisição das novas oficinas.

De fato, minhas lutas materiais aumentaram muito. Confesso-te que tem sido difícil manter-me em PL (Pedro Leopoldo), em face da fileira de irmãos que me procuram diariamente. Sou obrigado a fornecer alimento de 20 a 50 pessoas novas por semana, de três anos para cá, sem falar de grande número de doentes, cegos e leprosos, de passagem por aqui, à minha procura, aos quais preciso socorrer. Isso me compele a gastar duas a três vezes, por mês, a importância do meu salário mensal. Nosso Figner sabia disso e preocupava-se muito. E aqui te conto estas coisas para comentarmos a situação. E, para tranquilizar-te, revelo-te também que nada me falta e que não há sacrifício nenhum de minha parte, porque, providencialmente, Jesus me aproximou do nosso amigo Sr. Manoel Jorge Gaio que tem me auxiliado a sustentar a luta. Se os deveres aumentaram para mim, aumentou Jesus a sua proteção, porque o Sr. Gaio me provê do que preciso; sua senhora, D. Marietta Gaio, chama-me ‘filho’, ajudando-me também com a ternura e abnegação. Além disso, tenho o amor e o cuidado de todos vocês, os companheiros da Federação. E, como só preciso do necessário, creio que os cem mil cruzeiros de nosso querido amigo ficarão muito bem empregados nas oficinas novas da FEB. Perdoa-me haver-te falado tanto de mim, mas precisava explicar-te a situação e espero que me aproves. Rogo-te para que estes assuntos fiquem reservados entre os nossos círculos mais íntimos. Evitar qualquer publicidade, em torno do que ocorre, é uma caridade que vocês farão. (...)” 

Fonte: "Testemunhos de Chico Xavier", de Suely Caldas Schubert.



 


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