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Crônicas e Artigos

Ano 7 - N° 331 - 29 de Setembro de 2013

JANE MARTINS VILELA
jane.m.v.imortal@gmail.com
Cambé, PR (Brasil)   

 
 



Fagulhas de esperança

“Contemplai, pois, durante a noite, na hora do repouso e da prece, essa abóbada azulada, e entre as inumeráveis esferas que brilham sobre as vossas cabeças, procurai as que levam a Deus, e pedi que um mundo regenerador vos abra o seu seio, após a expiação na Terra.”  – Santo Agostinho (O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. III, item 18.) 


Nosso olhar há muito pousa sobre  as crianças reencarnadas, na expectativa de vermos um comportamento que nos evidencie a proximidade da tão falada regeneração do nosso planeta Terra. Temos visto, sim, inteligências enormes, mas como sabemos que o amor segue à frente, são comportamentos amorosos que procuramos. O comportamento revela o Espírito desde a mais tenra idade e é trabalho para os pais a educação dos sentimentos. Alguns já nascem com bons sentimentos, outros revelam profundo aprendizado a ser conquistado.

Allan Kardec comenta, no capítulo VIII do Evangelho supracitado, no item 3, que o Espírito da criança pode ser muito antigo, e que ele traz ao renascer na vida corpórea as imperfeições de que não se livrou nas existências precedentes. Diz ele que somente um Espírito que chegou à perfeição poderia dar-nos o modelo da verdadeira pureza. Nesse caso, aqui na Terra, somente nosso amado mestre Jesus.

Na questão 379 de O Livro dos Espíritos, ele pergunta se o Espírito que anima o corpo de uma criança é tão desenvolvido como o de um adulto e os Espíritos respondem que pode ser mais, se mais progrediu; não são senão os órgãos imperfeitos que o impedem de se manifestar. Ele age de acordo com o instrumento, com a ajuda do qual pode se manifestar.

Na questão 385 do mesmo livro, com referência às mudanças de caráter, observadas principalmente ao sair da adolescência, os Espíritos dizem a Kardec:

- não conheceis os segredos que escondem as crianças em sua inocência, não sabeis o que são, o que foram e o que serão.

- mesmo para uma criança naturalmente má, cobrem-se-lhe as faltas com a não consciência de seus atos.

- os Espíritos entram na vida corporal para se aperfeiçoar, se melhorar; a fraqueza da pouca idade os torna flexíveis, acessíveis aos conselhos da experiência e daqueles que os devem fazer progredir. É quando se pode reformar seu caráter e reprimir-lhes as más inclinações; tal é o dever que Deus confiou aos pais, missão sagrada pela qual deverão responder.

Sabemos que há pais que exercem bem sua missão, educam seus filhos, e há pais que promovem um verdadeiro abandono da educação. Há aqueles que muito amam e outros que promovem maus tratos, ignorância do amor.

Somente teremos um mundo melhor amanhã se nos melhorarmos e se nossas crianças aprenderem a  amar e ter educação para, por sua vez, saberem educar a outros.Um dia a lei do Cristo regerá os homens e todos se tratarão com a bondade e o amor que gostam de receber. Há Espíritos que brilham na Terra, já sabendo viver o amor e serem exemplos para muitos, e outros que ainda não o conseguem, mas um dia conseguirão. Repetimos que o comportamento revela o Espírito. As atitudes corretas e o amor indicam em que grau da escala espírita, contida em O Livro dos Espíritos se encontra determinado ser. Não basta inteligência apenas; essa é uma asa de liberdade para ascensão para a luz, mas é a asa do amor a que segue à frente, conforme comenta Emmanuel, através da psicografia de Chico Xavier.

Uma mãe esclarecida, que educa bem seus filhos, tendo um com 20 anos e outro com seis anos, ambos excelentes, nos contou toda feliz a “lição”que seu filho mais jovem lhe deu.  Esse menino, a quem chamaremos Vicente, tem sido alvo de nossa observação há algum tempo. Ele é cativante, comunicativo, amoroso, alegre, envolve a todos com sua presença. Já chegamos a pensar que ele é um dos que vão fazer a diferença, para um mundo melhor amanhã. A mãe, num grupo que comentava sobre as dificuldades de educação e mau comportamento das crianças, devido ao descaso dos pais, disse, alegre: - O Vicente me aprontou uma, vejam que menino! Eu quis me afundar no chão com a colocação dele!

Ao se perguntar o que ele fez, ela relatou a história:

- Ele estava na minha cama, pediu para dormir comigo e eu deixei, pois o pai teria turno de trabalho à noite e não viria dormir em casa. Depois da prece, que fizemos juntos, antes de dormir, ele soltou um profundo suspiro e disse: eu só queria poder brincar em paz, na hora do recreio! Aí eu perguntei: o que está havendo, Vicente? Algum problema na escola? Ele respondeu: sabe o que é, mãe?  Eu estudo numa sala onde somos cinco meninos e nove meninas. No recreio, o nosso grupo de cinco, nos reunimos para brincar e as meninas não deixam. Quando elas veem que vamos brincar, elas se juntam em grupos de duas ou três e correm atrás de todos nós, nos prendem, pois elas são maiores do que nós e mais fortes, nos levam para o portão e nos prendem lá, não deixam a gente sair. Ficamos presos até a hora do recreio acabar.

- Digam a elas que vocês não estão gostando disso e peçam para elas pararem, disse eu.

- Não adianta mãe, ele continuou, já pedimos e pedimos e elas não atendem.

- Então, meu filho, disse eu, o remédio é vocês também fazerem isso com elas. Peguem uma de cada vez, uma por dia em três de vocês, imprensem no portão e não deixem sair. Aí elas verão que isso incomoda e vão deixar vocês em paz. 

Foi aí que eu quis me afundar no chão, de vergonha do que falei, com a resposta dele:

- Mas, mãe, você acha que se combate violência com violência? Não dá certo. Violência não se vence com violência. Tem que ser de outro jeito.

E o que você sugere? - perguntei.

- Primeiro, nós vamos, o nosso grupo, falar com a diretora da escola. Se ela não resolver, aí nós vamos convidar as meninas para fazerem parte do nosso grupo!

Grande lição de uma criança para alguns adultos que ainda teimam em ser violentos! Maturidade espiritual numa criança de seis anos, que nessa ocasião foi o mestre da própria mãe!

Essa história nos faz pensar que realmente estamos com muitos Espíritos melhores reencarnados na Terra e nos dá esperanças para um futuro mais amoroso e manso, sem agressões.

“Bem aventurados os mansos, pois eles possuirão a Terra”, disse Jesus. Tenhamos esperanças e continuemos a plantar sementes de amor onde passarmos. Um dia, elas frutificarão. Um dia seremos felizes e olharemos as estrelas da abóbada azulada pensando num planeta de regeneração e estaremos, enfim, num deles!

 


 


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