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Estudando a série André Luiz
Ano 7 - N° 331 - 29 de Setembro de 2013
MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 


E a Vida Continua...

André Luiz

(Parte 16)

Continuamos nesta edição o estudo da obra E a Vida Continua, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1968 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares 

A. É possível encontrarmos na vida o chamado amor ideal?

Segundo o Instrutor Ribas, todos nós nos destinamos ao Amor Eterno; contudo, para alcançar o objetivo supremo, cada pessoa possui um caminho próprio: “Para a maioria das criaturas, o encontro do amor ideal assemelha-se, de algum modo, à procura do ouro nas minas ou de diamante nas catas”. “É indispensável peneirar o cascalho ou mergulhar as mãos no barro do mundo, a fim de encontrá-lo.” O que o Instrutor estava querendo dizer é que caminhamos na existência pelas vias da afinidade, de afeição em afeição, até achar aquela afeição inesquecí­vel que se nos levante na vida por chama de amor eterno, entendendo-se o conceito de afeição sem a estreiteza de sexo, uma vez que a ligação esponsa­lícia, embora sublime, é apenas uma das manifestações do amor em si. (E a Vida Continua, cap. 17, pp. 131 e 132.)  

B. A união conjugal interrompida pela morte pode ser reatada no mundo espiritual?

Sim. Quando os cônjuges realmente se amam, a união con­jugal interrompida pela morte pode ser perfeitamente reatada no plano espiritual. E se isso não acontece, aquele que ama sinceramente continua trabalhando, no plano espiritual, pelo outro que não lhe corresponde ao sentimento, apri­morando a obra do amor em outros aspectos, que não o da afetividade es­ponsalícia. (Obra citada, cap. 17, pp. 133 e 134.) 

C. O Instrutor Ribas conhecia algum companheiro que não conseguira consorciar-se no plano espiritual?

Essa pergunta foi feita por Evelina diretamente ao Instrutor Ribas, que assim respondeu: "Eu sou um deles". E, em seguida, acrescentou: "Acontece que o amor conjugal, quando se exprime em bases do amor puro, continua vibrando no mesmo diapasão entre dois mundos, sem que a permuta de energias de um cônjuge para outro venha a sofrer solução de continuidade. Minha esposa e eu sempre fomos profundamente unidos. Bastávamo-nos na Terra um ao outro, em matéria de alimento afetivo. Sobre­vindo a minha desencarnação, percebi logo que ela e eu continuávamos em plena vinculação mútua, qual se fôssemos partes integrantes de um cir­cuito de forças. Na dedicação espiritual dela, colho meios de continuar em meu aprendizado do amor a todos, ocorrendo-lhe o mesmo". (Obra citada, cap. 17, pp. 135 e 136.) 

Texto para leitura 

61. Miniaturização de Túlio - O rapaz, ao ouvir o conselho do Ins­trutor, revidou ácido, irreverente. Ele não pedira, nem aceitava conse­lhos. Hábil psicólogo, Ribas despediu-se e, à noite, esteve com os ami­gos, elogiando o trabalho de Evelina. A empresa de reeducação fora efe­tuada com segurança. Túlio, porém, não reagira construtivamente; mos­trava-se abúlico, embutido nas fantasias que estabelecera em prejuízo próprio. Ribas, então, lhes disse: "Não vejo qualquer interesse para Man­cini na permanência aqui. Forçoso envidarmos esforços para que aceite, voluntariamente, a miniaturização". (1) "Renascer?" – perguntou Evelina, assustada – Será preciso tanto?" Ribas aclarou: "Nosso amigo está mentalmente enfermo, profundamente enfermo, traumatizado, angustiado, fixado... O re­médio será começar de novo... Ainda assim, terá dificuldades e desajustes pela frente". Ernesto e Evelina, enfronhados agora nos imperativos e pro­vas da reencarnação, silenciaram de repente, pensando, pensando... O tempo, contudo, correu e, dez meses sobre a tarefa assistencial de Eve­lina e Ernesto, junto a Túlio, os dois solicitaram entendimento com o Instrutor Ribas, em torno de problemas que lhe escaldavam o pensamento. Aspiravam a rever os parentes no plano físico. Não suportavam as saudades do lar terreno. Ribas acolheu-os com a lhaneza habitual e, após registrar-lhes o pedido, acentuou: "Creio que vocês já estejam em condições satis­fatórias para a execução do empreendimento. Dedicam-se pontualmente ao trabalho, conhecem agora o que seja reencarnação, autodisciplina, burila­mento próprio..." Ato contínuo, evidenciando grande carinho por ambos, indagou: "Algum motivo particular, mais intimamente particular na peti­ção?" Eve­lina adiantou-se e disse, acanhada: "Instrutor, venho experimen­tando desoladoramente a falta de Caio..." E Ernesto, aproveitando o en­sejo, acrescentou: "Esposos que se amam, quando distanciados um do outro, fa­zem-se noivos outra vez... Por que não confessar que também eu ando aflito por abraçar minha velha?" (Cap. 16 e  17, pp. 128 a 131) 

62. Em amor a afinidade é o que conta - Evelina, valendo-se da oca­sião, formulou a Ribas uma consulta. Explicou-lhe, inicialmente, que ha­via percebido, ao tratar de Túlio Mancini, que este não era o homem que desejaria para companheiro. No entanto, para ajudá-lo e tolerá-lo, sentia necessidade de um estímulo. Ela compreendia que o amor a Deus, como suge­rido na hora por Ribas, era o grande estímulo, mas, entre Deus e sua obrigação junto a Túlio, precisava de alguém que lhe escorasse o espí­rito, que se lhe erigisse em apoio, em busca da paz interior. "Esta fome espiritual que me faz pensar dia e noite na reintegração com Caio – in­dagou Evelina – significará que ele, meu esposo, é realmente o meu amor absoluto?" O Instrutor sorriu e filosofou: "Todos nos destinamos ao Amor Eterno, no entanto, para alcançar o objetivo supremo, cada qual de nós possui um caminho próprio. Para a maioria das criaturas, o encontro do amor ideal assemelha-se, de algum modo, à procura do ouro nas minas ou de diamante nas catas. É indispensável peneirar o cascalho ou mergulhar as mãos no barro do mundo, a fim de encontrá-lo. Sempre que amamos profunda­mente a alguém, transformamos esse alguém no espelho de nossos próprios sonhos... Passamos a ver-nos na pessoa que se nos transforma em objeto da afeição. Se essa criatura efetivamente nos reflete a alma, o carinho mú­tuo cresce cada vez mais, assegurando-nos o clima de encorajamento e ale­gria para a viagem nem sempre fácil da evolução". E ajuntou: "Nessa hipó­tese, teremos obtido apoio seguro para a subida do acrisolamento moral... Em caso contrário, a pessoa a que particularmente nos devotamos acaba de­volvendo-nos os próprios reflexos, à maneira de um banco que nos resti­tuísse ou estragasse os investimentos por desistência ou incapacidade de zelar por nossos interesses. Então, surgem para nós aquelas posições es­pirituais que nomeamos por mágoa, desencanto, indiferença, desilusão..." O Instrutor estava querendo dizer que caminhamos na existência pelas vias da afinidade, de afeição em afeição, até achar aquela afeição inesquecí­vel que se nos levante na vida por chama de amor eterno, entendendo-se o conceito de afeição sem a estreiteza de sexo, vez que a ligação esponsa­lícia, embora sublime, é apenas uma das manifestações do amor em si. De­terminada pessoa pode confirmar no cônjuge a presença do seu tipo ideal; entretanto, talvez prossiga, após o casamento, mais intimamente vinculada ao coração materno ou ao espírito paternal e, às vezes, somente encontre o laço de eleição num dos filhos, porque, em matéria de amor, a afinidade é o que conta... (Cap. 17, pp. 131 e 132) 

63. A união movida pelo amor persiste no além-túmulo - Na sequência, o Instrutor aludiu às uniões de suplício, aos casamentos infelizes, es­clarecendo que reencarnação é também recapitulação. "Muitos casais no mundo – asseverou Ribas – se constituem de espíritos que se reencontram para a consecução de afazeres determinados. A princípio, os sentimentos se lhes justapõem, no setor da afinidade, como as crenas de duas rodas que se completam para fazer funcionar o engenho do matrimônio... Depois, percebem que é imperioso burilar outras peças dessa máquina viva, a fim de que ela produza as bênçãos esperadas. Isso exige compreensão, respeito mútuo, trabalho constante, espírito de sacrifício." "Se uma das partes ou ambas as partes se confiam a desentendimento, a obra encetada ou reence­tada vem a cair..." O mentor explicou que, em tais casos, o cônjuge que lesou o ajuste, ou ambos, conforme as raízes da desunião, devem esperar pela obtenção de novas oportunidades no tempo, para a reconstrução do amor que dilapidaram. Quando os cônjuges realmente se amam, a união con­jugal interrompida pela morte pode ser reatada no mundo espiritual. E se isso não acontece, aquele que ama sinceramente continua trabalhando, no plano espiritual, pelo outro que não lhe corresponde ao sentimento, apri­morando a obra do amor em outros aspectos, que não o da afetividade es­ponsalícia. Ernesto perguntou, então, se lhe caberia o direito de eleger nova companheira na vida nova, caso sua esposa não mais o quisesse. "As leis humanas, tanto no plano terrestre quanto aqui – respondeu Ribas –, são princípios suscetíveis de alteração e, na essência, não afetam as Leis Divinas. Na moradia dos homens, não existe obrigatoriedade para o estado de viuvez. Conservam-se órfãos de companhia no lar aqueles corações que o desejam. Rompidos os compromissos do casamento com a morte do corpo, o homem ou a mulher permanecem sozinhos, quando possuem motivos para isso. Natural aconteça aqui o mesmo. O homem ou a mulher desencarna­dos guardam insulamento ou não, conforme os propósitos íntimos que ali­mentem, entendendo-se, porém, que em qualquer posição dispomos de recur­sos para honorificar o trabalho da edificação do amor puro que acabará imperando, de maneira definitiva, em nossas relações uns com os outros." (Cap. 17, pp. 133 e 134) 

64. Reencarnação é como período de escola - Evelina, ávida de maio­res conhecimentos, indagou se Ribas conhecia companheiros que não conse­guiram consorciar-se ali. "Eu sou um deles", respondeu-lhe o Instrutor, que explicou: "Acontece que o amor conjugal, quando se exprime em bases do amor puro, continua vibrando no mesmo diapasão entre dois mundos, sem que a permuta de energias de um cônjuge para outro venha a sofrer solução de continuidade. Minha esposa e eu sempre fomos profundamente unidos. Bastávamo-nos na Terra um ao outro, em matéria de alimento afetivo. Sobre­vindo a minha desencarnação, percebi logo que ela e eu continuávamos em plena vinculação mútua, qual se fôssemos partes integrantes de um cir­cuito de forças. Na dedicação espiritual dela, colho meios de continuar em meu aprendizado do amor a todos, ocorrendo-lhe o mesmo". Ribas escla­receu que, à medida que se lhes desenvolve a noção de responsabilidade, os Espíritos compreendem a reencarnação como período de escola. "Cada existência está supervisionada por deliberações superiores, muitas vezes insondáveis para nós", esclareceu o mentor. Ato contínuo, respondendo a Evelina, acerca do estado em que ela julgava encontrar-se Caio, seu es­poso, asseverou: "Não temos instrumentos para medir a fidelidade daqueles que amamos, e, ainda que seu marido estivesse agoniado, em tremendo desa­juste, por motivo de sua ausência, não saberíamos se a desencarnação lhe traria o remédio adequado". Finda a conversa, os dois amigos saíram com a promessa do Instrutor de que, em breves dias, ela e Ernesto Fantini pode­riam viajar em visita ao ninho doméstico, notícia que os deixou muito fe­lizes e esperançosos. (Cap. 17, pp. 135 e 136)  (Continua na próxima semana.)


(1)
Segundo André Luiz, miniaturização ou restringimento, no Plano Espiritual, significa estágio preparatório para nova reencarnação.



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita