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Crônicas e Artigos

Ano 7 - N° 330 - 22 de Setembro de 2013

WELLINGTON BALBO
wellington_balbo@hotmail.com
Bauru, SP (Brasil)

 
 

 

Manifestação raciocinada...


Todas as manifestações populares são legítimas desde que sejam pacíficas, respeitosas, e visem ao bem coletivo, ao invés do benefício individual.

O que está ocorrendo em nosso país nas últimas semanas, ou seja, as manifestações populares de norte a sul, que se iniciaram por causa do aumento da tarifa do transporte público e se estenderam com petitórios às outras áreas sociais, são válidas, não obstante aos absurdos cometidos por alguns que caminham fora do eixo e enveredam para o vandalismo.

Todavia, nenhuma manifestação pode ir adiante sem ensejar reflexão e ter um objetivo bem definido. Manifestar-se apenas por manifestar-se não é algo muito produtivo.

Nenhuma manifestação pode ter uma causa vaga!

No entanto, quando se tem objetivos bem traçados e se sabe aonde quer chegar, as chances de sucesso são bem maiores. Daí a importância de toda e qualquer manifestação ser raciocinada, analisada e bem trabalhada por seus coordenadores.

O codificador da Doutrina Espírita, Allan Kardec, fincou as bases do Espiritismo na fé raciocinada, baseada na lógica e apoiada pela razão.

O espírita sabe as razões pelas quais tem a certeza da reencarnação, da comunicabilidade dos Espíritos, da lei de causa e efeito e demais códigos que regulam o universo. Isso é a fé raciocinada, a fé que sabe, que pensa, reflete e quebra as amarras do fanatismo.

Fazendo um paralelo entre a fé raciocinada e as manifestações do povo em nosso país, compreende-se que é preciso existir uma manifestação raciocinada.

Claro, necessito de saber as razões pelas quais estou comprando esta bandeira e batalhando por ela. Não adianta ficar com um ideal vago e ir ao embalo dos outros, reproduzindo ideias alheias sem refletir.

O Espiritismo ensina que é preciso pensar, analisar, ponderar... Portanto, precisamos pensar para que não sejamos indivíduos de fácil manipulação.

Vejo as pessoas pedindo verbas para a saúde e a educação. Ótimo! São duas áreas precárias em nosso país.

Vejo as pessoas falando do não à corrupção. Ótimo! A corrupção é um câncer social.

Todavia, será que ao levantarmos a bandeira da honestidade estamos sendo honestos também? Será que fazemos a nossa parte? Será que declaramos todos os impostos, não lesamos os cofres públicos, respeitamos as leis, não somos adeptos do “jeitinho brasileiro”?

A manifestação é válida, mas o debate não pode ser vago. O desafio do Brasil vai muito além de combater a corrupção ou arrumar saúde e educação. Temos carência de bons administradores. Muito do dinheiro público vai pelos ralos por conta da má gestão, da falta de políticas administrativas coerentes, dos gastos excessivos, da falta de prioridades, do sucateamento de alguns setores... Eis por que tomei o exemplo de Kardec no quesito raciocínio para abordar o presente tema. É imperioso ir além do comum que brada por verbas para a saúde, educação, e faz coro contra a corrupção. Esses são os temas da superfície e por isso os mais visíveis. Mas é preciso ir além.

É necessário compreender que sem bons gestores e uma administração eficaz ficaremos patinando e não resolveremos nossos problemas. Ademais, é preciso ir mais além ainda e observar que toda mudança da sociedade é gradual e obedece àquilo que o Espiritismo ensina: reforma íntima. Sem a renovação moral do individual, o coletivo não engrenará. Portanto, boas  são as manifestações pacíficas, respeitosas, e que visam ao bem coletivo, porém, sem o raciocínio elas tendem a minguar e passar a não realizar os seus objetivos. Assim como a fé, as manifestações também devem ser inteligentes e, claro, raciocinadas, caso contrário não cumprirão o papel de modificar o panorama social.
 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita