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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 7 - N° 329 - 15 de Setembro de 2013
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Painéis da Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda 

(Parte 29 e final)

Concluímos nesta oportunidade o estudo metódico e sequencial do livro Painéis da Obsessão, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco.

Questões preliminares

A. Em que condições Felipe, ao reencarnar, acabou como filho adotivo de Argos e Áurea?

O casal Argos e Áurea sentia a necessidade de ter alguém sob sua responsabilidade mais direta, numa reminiscência feliz do compromisso que assumiram com Felipe. Assim, logo que o antigo hussita retornou ao corpo, Irmã Angélica inspirou Áurea a buscá-lo. Renascido em condições de precariedade moral, econômica e social, Felipe fora encaminhado a um Lar coletivo. Frágil e enfermo, com as marcas da própria dor refletidas no corpo, necessitado de apoio e afeto, sensibilizou a futura mãezinha, embora ali estivessem outras crianças com melhor aparência. O instinto e a afinidade psíquica entre os dois, aliados à inspiração da Benfeitora, foram suficientes para que a decisão fosse tomada e Felipe retornasse aos sentimentos daqueles a quem amara e odiara, para o recomeço da abençoada escola terrena, sob as diretrizes ditosas da fé espírita que lhe seria ministrada, como terapia e método de conduta para granjear a felicidade, esquecer o passado e construir o futuro.  (Painéis da Obsessão, cap. 32, pp. 262 a 264.)

B. Felipe, reencarnado agora com o nome de Rafael, foi bem aceito pelos pais adotivos?

No princípio, a dificuldade de aceitá-lo foi muito grande. Argos estranhava o menino Rafael e isso ocorria também com Áurea, embora com menor intensidade. Na adoção, como é compreensível, o processo de aceitação é sempre mais demorado. Mesmo havendo afinidade espiritual, o recém-chegado é um estranho, que deverá conquistar os seus anfitriões afetivos, nascendo, então, pela convivência a ternura, o amor, o interesse carinhoso, mas isso demanda tempo. (Obra citada, cap. 32, pp. 262 a 264.)

C. Uma frase marcante assinalou a mensagem final proferida pela Irmã Angélica para os antigos adversários que então, em sua presença, prometiam mudança. Que frase é essa?

“Somos filhos da luz. Vivamos todos, portanto, em claridade eterna." Ditas essas palavras, Irmã Angélica tomou Felipe pelas mãos e o aproximou de Argos e Áurea, que o abraçaram, comovidamente. Maurício foi trazido ao pequeno círculo e a Mensageira aditou: "Filho, aproveite esta ditosa oportunidade hoje, sem reticências, sem receios, sem dubiedades. Avance com a verdade e ficará liberto". A emoção dominava a todos, quando o órgão, dedilhado com mestria, passou a esparzir uma melodia inesquecível. E Irmã Angélica, finalizando aquele capítulo da vida de tantos companheiros, orou ao Mestre incomparável, rogando a Ele a inspiração e o auxílio aos bandeirantes de outras experiências malogradas que se dispunham ao trabalho de sua própria renovação. (Obra citada, cap. 32, pp. 268 a 270.)

Texto para leitura

126. Felipe é adotado por Argos e Áurea - Esses fatos não significavam que Áurea estivesse sem a conveniente ajuda dos Mentores, que jamais nos deixam a sós. É que, em face dos seus compromissos, que deveria ressarcir, necessitava das oportunidades reparadoras que se apresentavam dessa forma. A ingestão dos fluidos perniciosos produzia-lhe distúrbios alérgicos, de par com estados emocionais desagradáveis que a colocavam em situação penosa, deixando-a registar ocorrências sem fundamento, que lhe produziam instabilidade e insegurança. Não obstante, granjeava amigos e simpatias, que a envolviam em vibrações de alento, gerando ondas concêntricas de defesa em torno de si, sustentando-a na luta renhida. Os dias sucediam-se sem outros acontecimentos significativos, sob o amparo constante de D. Anaide, até que o casal resolveu adotar uma criança, em cujo gesto esperavam realizar-se intimamente por um amor mais específico, na responsabilidade mais imediata. Apesar de serem os tutores emocionais de outras crianças na Comunidade, sentiam a imperiosa necessidade de o colocarem sob uma condição legal e legítima, numa reminiscência feliz do compromisso assumido com Felipe. Desse modo, logo que o antigo hussita retornou ao corpo, Irmã Angélica inspirou Áurea a buscá-lo. Renascido em condições de precariedade moral, econômica e social, Felipe fora encaminhado a um Lar coletivo. Frágil e enfermo, com as marcas da própria dor refletidas no corpo, necessitado de apoio e afeto, sensibilizou a futura mãezinha, embora ali estivessem outras crianças com melhor aparência. O instinto e a afinidade psíquica entre os dois, aliados à inspiração da Benfeitora, foram suficientes para que a decisão fosse tomada e Felipe retornasse aos sentimentos daqueles a quem amara e odiara, para o recomeço da abençoada escola terrena, sob as diretrizes ditosas da fé espírita que lhe seria ministrada, como terapia e método de conduta para granjear a felicidade, esquecer o passado e construir o futuro. Não é fácil, certamente, amar em profundidade a um filho que não é nascido da carne. Quando renasce um Espírito, em seu lar todo um equipamento emocional está preparado, predisposto, em franca receptividade. Na adoção, como é compreensível, o processo é mais demorado. Mesmo havendo afinidade espiritual, o recém-chegado é um estranho, que deverá conquistar os seus anfitriões afetivos, nascendo, então, pela convivência a ternura, o amor, o interesse carinhoso. Desse modo, como era previsível, Argos estranhava o menino Rafael, sentindo dificuldade de aceitá-lo, o que ocorria também com Áurea, embora com menor intensidade. (Cap. 32, pp. 262 a 264)

127. Felipe, Argos e os demais se reencontram - Na noite da chegada do filho adotivo, realizou-se importante reunião no Parque Espiritual dirigido pelo Irmão Héber, no qual compareceram os envolvidos no processo Argos-Áurea, a fim de se traçarem os programas finais que lhes norteariam a vida doravante. Trazidos por cooperadores diversos, ali estavam Maurício, Venceslau, Carlos, Antônio Fernandes, Richard, Argos, Áurea e Felipe. O pequeno Rafael (Felipe reencarnado) estava carinhosamente agasalhado no regaço da Mentora. A reunião foi aberta com uma suave melodia, executada num órgão por antiga musicista desencarnada. Tratava-se da delicada "ária na quarta corda", de Bach, que fez com que o ambiente vibrasse intensamente. A sala oval tinha capacidade para algumas dezenas de pessoas. Do teto, de substância alvinitente, pendia um antigo lampadário, como se fosse de cristal, de onde uma diáfana claridade irradiava por todo o auditório. Cessada a música, a Mentora pediu que fossem despertados os companheiros encarnados, o que ocorreu através de passes especiais, que lhes facultariam a lucidez e a participação no evento. Nova melodia balsâmica soou do instrumento bem tocado e viu-se que as notas harmônicas produziam vibrações que se transformavam, no ar rarefeito, em luzes cambiantes, que compunham um espetáculo de peregrina beleza. Cessados os últimos acordes, Héber proferiu comovida oração a Jesus, suplicando-lhe o amparo para a reunião e o apoio para todos quantos ali se encontravam. Rafael, que recebia especial atenção da Benfeitora, reassumiu a aparência anterior ao corpo, lenido por lucidez relativa, que o auxiliaria no arquivamento daquelas ocorrências, para recordá-las no momento próprio, no futuro. Ato contínuo, a abnegada discípula do Cristo dirigiu a todos comovente mensagem. (Cap. 32, pp. 264 a 266)

128. "Apoiem-se na oração e no trabalho" - "Filhos queridos – falou Irmã Angélica –, aqui estamos reunidos para encerrar um doloroso capítulo de suas vidas, ao tempo em que se abrem novas oportunidades favoráveis para o porvir. Ao ontem de sombras e de ódios sucede-se o amanhã de luz; ao passado de sofrimentos e malquerenças sobrepõe-se o futuro de ternura e realizações edificantes. Tudo agora são promessas, que lhes cumpre transformar em felizes realizações. As suas preces e as intercessões dos seus abnegados Guias encontraram ressonância e aval da Misericórdia Divina. Surge um dia superior e diferente que deve ser vivido em clima de amor sob a tutela do bem, a ser incorporado ao dia-a-dia de cada um em particular e de todos em geral. Dificilmente repetir-se-á esta ímpar concessão superior. Portanto, aproveitem-na. Arquivem em suas memórias, com carinho, todos estes momentos, a fim de que eles sejam recordados, quando dos testemunhos, nas horas em que a deserção se apresentar como única solução para os dias de sofrimento... Não ficarão indenes à luta nem viverão em regime de exceção nas batalhas de crescimento para Deus. Virão, como é natural, os mais difíceis períodos, a partir de então, porquanto, agora, já se encontram armados com os recursos necessários para que sejam enfrentadas as dificuldades maiores. Não se recusem ao serviço do Cristo pelo bem de vocês próprios. Todos sabem das tarefas que devem executar. O Livro da Vida, no qual estão os feitos e as orientações do Crucificado sem culpa, deverá constituir-lhes o roteiro, conforme as elevadas interpretações de Allan Kardec, o Embaixador que foi enviado para restaurar-lhe a autenticidade e pureza... Vivenciem o amor e o serviço de elevação pessoal, passo primeiro para a libertação geral. Não temam nunca, seja em que situação estejam elaborando. O medo é inimigo da paz. Estabeleçam metas próximas de realização, até alcançarem, passo a passo, a grande meta, que é a felicidade. Evitem o fermento da maledicência, em seus cometimentos redentores. O mal que lhes façam, não mereça comentários, a fim de que não resultem, por sua vez, em males maiores. Apoiem-se na oração e no trabalho. A paisagem mental luarizada pela prece e o sentimento vinculado ao dever, no serviço, podem ser sitiados pelas forças da obsessão, mas nunca tombarão nas mãos dos pertinazes perseguidores. Ajudem-se em todas as situações. Quando os companheiros não se auxiliam reciprocamente no clã íntimo, é certo que não poderão participar da solidariedade que abrange o programa de todas as criaturas humanas. A sua força reside na sua fraqueza. Onde esteja o ponto vulnerável, aí estará a brecha perigosa para a implosão destrutiva das realizações. A volúpia do sexo, do dinheiro, do prazer e os sequazes da vaidade, do orgulho, da violência, ao lado do amor-próprio e da insensatez, devem merecer mais amplos recursos de cuidados e precauções para combatê-los." ( Cap. 32, pp. 266 a 268)

129. "Somos filhos da luz" - "Tenham – prosseguiu a Benfeitora – cautela com a lascívia e a concupiscência sempre em voga! Muitas almas doentes lhes pedirão apoio, na sua demência e desvario, em nome de uma ternura e de um afeto que são desequilíbrios. Resguardem-se no pudor e no comedimento, evitando, por outra forma, de estimular, de inspirar e de sustentar as paixões dissolventes que grassam e vencem muitos que lhes tombam nas malhas. Estão chamados ao bom combate, ao labutar do bem operante contra o mal desagregador que ainda predomina nas criaturas. O pão do espírito será recebido na libertadora Doutrina que abraçam e que deve ser conduzida com dignidade e sacrifício. Somos filhos da luz. Vivamos todos, portanto, em claridade eterna." No silêncio que se seguiu, Irmã Angélica tomou Felipe pelas mãos e o aproximou de Argos e Áurea, que o abraçaram, comovidamente. Maurício foi trazido ao pequeno círculo e a Mensageira aditou: "Filho, aproveite esta ditosa oportunidade hoje, sem reticências, sem receios, sem dubiedades. Avance com a verdade e ficará liberto". A emoção dominava a todos, quando o órgão, dedilhado com mestria, passou a esparzir uma melodia inesquecível. E Irmã Angélica, finalizando aquele capítulo da vida de tantos companheiros, orou ao Mestre incomparável, rogando a Ele a inspiração e o auxílio aos bandeirantes de outras experiências malogradas que se dispunham ao trabalho de sua própria renovação. (Cap. 32, pp. 268 a 270)

 

 Fim


 


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