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Crônicas e Artigos

Ano 7 - N° 329 - 15 de Setembro de 2013

CHRISTINA NUNES
meridius@superig.com.br
Rio de Janeiro, RJ (Brasil)

 
 



Dos romances espíritas


Enquanto conversava com pessoa próxima sobre o conteúdo do nosso novo livro, Os Anjos Não Vivem Distantes, da autoria do Espírito Iohan, ouvi o comentário que nem é tão incomum:

Ah, mas esse tipo de coisa não acontecia mesmo no século XVIII! As mocinhas eram mais recatadas!... – referindo-se ao teor da história, passado na Inglaterra daquele século findo, onde o Espírito-autor viveu um romance complicado com jovem de família em relação à qual surgiram múltiplos dramas para que conseguisse, a contento, realizar o seu sonho de amor. Mas não avanço nas considerações para não estragar, aos que porventura venham a ler a obra, a surpresa do desenvolvimento do conteúdo.

A pessoa em questão se detinha, ferrenha, numa ideia equivocada de que, justo naqueles tempos, nos quais as sociedades europeias viviam metidas, por sob um verniz falso de moralidade, nos mais escandalosos desvios morais, as jovens não passavam pelo drama, comum a todas as épocas, dos envolvimentos amorosos malogrados por interesses familiares, sociais ou materiais, com os revezes dos casos de gravidez indesejada e suas consequências. Naturalmente, precisamos de uma pesquisa de época, de contexto, na qual confirmaremos diversificados exemplos históricos, seja na existência das rodas de bebês indigentes nas instituições religiosas, ou nos dramas passionais seculares dos casamentos de interesse, ou sedimentados sobre tradições rigorosas de aristocracia ou de estirpe! Mas, para o leitor porventura desinformado destas nuances, resta-lhe se basear em concepções nem sempre exatas, para avaliação de todos estes detalhes. E, assim, vi-me forçada a, outra vez, lembrar à aludida interlocutora:

Não fui eu a autora da história! O Espírito-autor do livro fala de suas próprias vivências! Os esclarecimentos neste sentido, portanto, todos, procedem de sua própria experiência, porque eu, médium, somente as transmito, como mero canal!...

Mas, em várias vezes, de nada adiantam esses esclarecimentos, porque o ouvinte, firmado na sua percepção equivocada, se dirige ao médium como se fora ele o autor do caso que ele quer questionar, e a quem, portanto, julga caberem as críticas e as reclamações! Eventualidade, ademais, comum a quem rodeia médiuns em nível de intimidade familiar ou social, que lhes propicia dirigir suas perplexidades a respeito da obra diretamente ao seu canal, diferente de como ocorre aos demais, que, distanciados pela formalidade do desconhecimento pessoal, talvez que se situem em posição mais privilegiada de diálogo, por causa da ausência do envolvimento maior com o produtor do livro, nem sempre oportuno, no sentido de se conseguir esclarecer melhor a estes, devidamente, qual o papel, de fato, do que intermedia as histórias de autores, mentores ou amigos desencarnados!

O médium, portanto, amigo leitor, no caso do romance psicografado, nada mais faz que receber, em estado de transe parcial ou total, o relato da história oferecida pelo autor real, habitante do lado de lá da vida! Em Kardec, temos o ensinamento de que para este tipo de trabalho a espiritualidade seleciona, natural e preferencialmente, visando às facilidades de fluxo da iniciativa, alguém com bom domínio de vocabulário do idioma pelo qual o livro será veiculado. Nesta especialidade literária espírita, portanto, diferente do que ocorre nas obras doutrinárias, o conteúdo, de teor sempre espiritualista, atende ao recurso didático da novela. Usa as ferramentas artísticas do estilo verbal particular de cada um, e nos transmite as mesmas lições da Doutrina, pelo veículo agradável das histórias humanas de variadas procedências e épocas, sempre inéditas, de vez que para cada indivíduo ocorrem os efeitos das leis de ação e reação, dos vínculos cármicos, e das reencarnações sucessivas de almas aliadas, ou adversas entre si, de forma sempre exclusiva!

Podemos, pois, assistir a um filme no cinema, ou ler uma obra de nossa predileção, de enredo fictício ou verídico. Em ambos, contudo, se de boa lavra, indiscutível que extrairemos lições proveitosas para os nossos próprios percursos: as razões evidentes dos sofrimentos dos que elegem o caminho do mal provocado contra os seus semelhantes; os dramas entre famílias ou em ambientes profissionais, ou o principal: a sublimidade dos vínculos amorosos indestrutíveis, tecidos através das eras! Eis, aí também, nas obras literárias espíritas, o valor real das narrativas que de boa vontade nos oferecem os amigos das dimensões invisíveis – e ao que, preferencialmente, devemos nos ater! 


 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita